REVISÃO DA LITERATURA

 

Scrambler Therapy no Controle da dor Oncológica Crônica: Revisão Integrativa

Scrambler Therapy for the Management of Chronic Oncologic Pain: Integrative Review

Scrambler Therapy para el Manejo del Dolor Oncológico: Revisión Integrativa

 

doi: https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2022v68n1.1656

 

Laura Ferreira de Rezende1; Vanessa Fonseca Vilas Boas2; Regiane Luz Carvalho3; Juliana Lenzi4

 

1,2,3Centro Universitário das Faculdades Associadas de Ensino (Unifae), Curso de Fisioterapia. São João da Boa Vista (SP), Brasil. E-mail: rezendelaura@hotmail.com; vanessa.boas@prof.fae.br; regiane.carvalho@prof.fae.br. Orcid iD: https://orcid.org/0000-0002-3714-1558; Orcid iD: https://orcid.org/0000-0002-0675-4781; Orcid iD: https://orcid.org/0000-0003-2948-8903

 

4Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Campinas (SP), Brasil. E-mail: julenzi97@gmail.com. Orcid iD: https://orcid.org/0000-0002-9454-0440

 

Endereço para correspondência: Laura Ferreira de Rezende. Largo Engenheiro Paulo de Almeida Sandeville, 15 – Vila Westin. São João da Boa Vista (SP), Brasil. CEP 13870-377. E-mail: rezendelaura@hotmail.com

 

 

RESUMO

Introdução: A Scrambler therapy é uma nova e não invasiva modalidade de eletroanalgesia com a intenção de organizar a má adaptação dos sinais elétricos de nervos periféricos. Objetivo: Avaliar o benefício clínico da Scrambler therapy no controle de intensidade da dor em pacientes oncológicos. Método: Revisão da literatura conforme a metodologia Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) nas bases de dados eletrônicas LILACS, PEDro, SciELO e PubMed. Foram combinados aleatoriamente os descritores: “Scrambler therapy”, “cancer”, “pain”, assim como o uso dos operadores booleanos AND e OR, em português, inglês e espanhol, sem limite de tempo. Resultados: Foram incluídos 15 estudos que, após avaliação crítica, demonstraram benefício clínico na redução na intensidade da dor. A Scrambler therapy é baseada em cinco neurônios artificiais controlados por um algoritmo otimizado para fornecer segurança e eficácia. O hardware recebe informações do algoritmo que cria as sequências de caracteres "não-dor" e as processa, transformando-as em fluxos potenciais de ação sintéticos (isto é, criados pela tecnologia) funcionalmente compatíveis com os potenciais endógenos. Conclusão: Os resultados positivos encontrados nos estudos preliminares com a Scrambler therapy indicam benefícios no controle da dor oncológica.

Palavras-chave: neoplasias; estimulação elétrica nervosa transcutânea; manejo da dor; dor do câncer/terapia; dor crônica.

 

 

ABSTRACT

Introduction: Scrambler therapy is a novel, non-invasive pain modifying technique that utilizes transcutaneous electrical stimulation of pain fibers with the intent of re-organizing maladaptive signaling pathways. Objective: Evaluate the benefits of Scrambler therapy to manage the intensity of pain in oncologic patients. Method: Integrative literature review based on Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) in the electronic databases LILACS, PEDro, SciELO and PubMed. The descriptors “Scrambler therapy”, “cancer”, “pain” were randomly combined in addition to the Boolean operators AND, OR in Portuguese, English and Spanish with no time limitation. Results: For this review, 15 articles were found relevant. The Scrambler therapy machine is based on 5 artificial neurons controlled by an optimized algorithm to provide safety and effectiveness. The hardware receives information from the algorithm that creates the strings of “non-pain,” and processes them by transforming into potential flows of synthetic action (i.e. created by technology) functionally compatible with endogenous flows. Pain scrambler therapy had a potential to decrease pain in cancer patients. Conclusion: The positive findings from preliminary studies with Scrambler therapy endorses the benefits this device provides to manage oncologic pain.

Key words: neoplasms; transcutaneous electric nerve stimulation; pain management; cancer pain/therapy; chronic pain.

 

 

RESUMEN 

Introducción: Scrambler therapy es una modalidad nueva y no invasiva de electroanalgesia con la intención de organizar la pobre adaptación de las señales eléctricas de los nervios periféricos. Objetivo: Estudiar si la Scrambler therapy influye en la intensidad del dolor en pacientes con cáncer. Método: Revisión integradora de la Literatura según la Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), mediante búsqueda realizada en las bases de datos LILACS, PEDro, SciELO y PubMed, utilizando las palabras clave “terapia Scrambler”, “cáncer”, “dolor”, así como el uso de los operadores booleanos AND y OR, en portugués, inglés y español, sin límite de tiempo. Resultados: Se incluyeron 15 artículos relevantes para la revisión, que muestran una reducción en la intensidad del dolor. La Scrambler therapy se basa en cinco neuronas artificiales controladas por un algoritmo optimizado para proporcionar seguridad y eficacia. El hardware recibe información del algoritmo que crea las cadenas de “no dolor” y las procesa transformándolas en flujos de potenciales de acción sintéticos (es decir, creados por la tecnología) funcionalmente compatibles con los endógenos. Conclusión: Los resultados positivos encontrados en los estudios preliminares con la Scrambler therapy indican beneficios en el control del dolor por cáncer.

Palabras clave: neoplasias; estimulación eléctrica transcutánea del nervio; manejo del dolor; dolor en cáncer/terapia; dolor crónico.

 

 

INTRODUÇÃO

A dor crônica é um grande desafio para os profissionais de saúde. A queixa de dor crônica já é considerada um dos maiores problemas de saúde pública. Além de difícil controle, apresenta uma alta prevalência, assim como um alto-custo no tratamento. Foi verificada uma taxa de acometimento em aproximadamente 100 milhões de pessoas nos Estados Unidos, sendo responsável por um gasto de US$ 635 bilhões anuais. Na Europa, em 19% da população adulta, o correspondente a 140 milhões de pessoas, a queixa de dor crônica já é considerada o maior problema de saúde pública do continente. Mais de 70% dos pacientes com câncer têm dor e, em mais de 50% dos casos, são inadequadamente tratados1.

 

Atualmente, o algoritmo do tratamento da dor e da neuropatia periférica em pacientes oncológicos está em constante fluxo. A Scrambler therapy é uma nova tecnologia de eletroanalgesia baseada no uso de neurônios artificiais. A teoria de funcionamento difere completamente da teoria das comportas. O mecanismo de ação é a transmissão de um estímulo de “não-dor” produzido artificialmente e transmitido por meio de fibras C2.

 

Ao contrário de uma corrente elétrica nervosa transcutânea (TENS), que ativa o sistema nervoso por intermédio da quantidade de impulsos elétricos transmitidos pelas fibras alfa e beta com o objetivo de inibir a dor, na Scrambler therapy, o elemento qualitativo do impulso elétrico é fundamental. Esses elementos são informações neurofisiológicas codificadas, não bastando apenas inibir a dor, mas transformar a informação de dor em informação de “não-dor”3.

 

A informação é o ponto central do controle da plasticidade do sistema de dor, tanto na gênese da cronicidade (induzido pela informação endógena da dor repetida ao longo do tempo), quanto na sua regressão (induzida pela informação artificial de não dor repetida ao longo do tempo). A proposta é não inibir a transmissão da dor, que, por si só, é transitória, mas transformar a informação de dor em “não-dor”. A expectativa teórica é o imediato e completo efeito analgésico, retornando à resposta fisiológica normal após um ou mais ciclos de tratamento2.

 

O objetivo da Scrambler therapy é a redução da complexidade do sinal elétrico da dor por meio da inteligência artificial. O equipamento da Scrambler therapy é composto por cinco neurônios artificiais otimizados por algoritmos para garantir a eficácia e a segurança. Um neurônio típico recebe, processa e transmite a informação. Um neurônio artificial produzido pela Scrambler therapy tem essas mesmas funções, só que controladas por hardware e software sintetizados para o controle da dor4.

 

A informação é sintetizada pela Scrambler therapy a partir de 16 diferentes tipos de potenciais de ação com variações geométricas, gerando 256 combinações, bem similares às endógenas, que produzem diferentes percepções dependendo da modulação escolhida. O algoritmo muda dinamicamente o tipo de informação de “não-dor” na tentativa de alcançar a imediata e completa analgesia, causando a modulação do sistema álgico com altos níveis de segurança e eficácia a longo prazo2.

 

Dentro desse contexto, este estudo teve como objetivo avaliar se a Scrambler therapy influencia a intensidade da dor em pacientes oncológicos.

 

 

MÉTODO

Revisão integrativa a partir de levantamento bibliográfico de artigos científicos originais publicados sobre a Scrambler therapy em pacientes oncológicos, na base de dados LILACS, PEDro, SciELO e PubMed. Foram combinados aleatoriamente os descritores: “Scrambler therapy”, “cancer”, “pain” em português, inglês e espanhol. Foram incluídos todos os artigos que utilizaram a Scrambler therapy em pacientes oncológicos, independente do desenho de estudo. Como estratégia de busca, foi utilizado o operador booleano AND entre os descritores supracitados. Os artigos foram analisados pelo título e pelo resumo para obtenção de estudos pertinentes e relevantes para o trabalho, portanto, como critérios de inclusão para a revisão, foram selecionados apenas os artigos originais que respondiam à pergunta norteadora deste estudo: a Scrambler therapy influencia o controle da dor oncológica crônica? Artigos de revisão foram excluídos. A busca dos artigos foi realizada em dezembro de 2020. Todos os artigos originais encontrados foram incluídos. Não foi determinada uma data de corte em razão da baixa quantidade de estudos disponíveis sobre o tema.

 

 

RESULTADOS

Foram encontrados 78 artigos científicos originais. Após a exclusão por duplicidade e avaliação pelos dois revisores, foram considerados elegíveis 15 artigos relacionados ao tema proposto (Figura 1).

 

Figura 1. Fluxograma da busca de artigos nas bases de dados eletrônicas

 

 

Tabela 1. Descrição dos estudos encontrados

Autor

Amostra

Tempo de intervenção

Resultado

Marineo3

11 pacientes oncológicos em cuidados paliativos

1 vez ao dia, por 45 minutos, por 10 dias

Redução do uso de opioides pela melhora da dor (p<0,0001)

Lee5

1 paciente com linfedema secundário ao câncer de mama

1 vez ao dia, por 45 minutos, por 10 dias

Redução de 6 pontos na EVA, sem aumento do volume do membro

Smith et al.6

3 pacientes com síndrome da dor pós-mastectomia

1vez ao dia, por 45 minutos, por 10 dias

Redução significativa da dor na EVA nos 3 casos

Tomasello et al.7

9 adolescentes com câncer e NPIQ

1 vez ao dia, por 45 minutos, por 10 dias

Redução significativa da dor. Alguns pacientes precisaram de sessões adicionais

Notaro et al.8

25 pacientes oncológicos paliativos (metástases ósseas e viscerais)

1 vez ao dia, por 30-40 minutos, por 10 dias

Todos os pacientes melhoraram mais do que 50% (8,4 para 2,9). Tempo de controle da dor 7,7 (5,3) semanas. Tempo de sono 4,4 ± 1,2 para 7,5 ± 1,1

Pachman et al.9

37 pacientes com câncer e NPIQ

1 vez ao dia, por 30 minutos, por 10 dias

Houve redução de 53% no score da dor; 44% na redução da hiperestesia e 37% na redução da dormência. O benefício permaneceu após 10 semanas

Kashyap et al.10

20 pacientes oncológicos com dor óssea ou NPIQ maior do que 4 na EVA

Melhora da dor em todos os dias de aplicação e após 2 semanas de follow-up (p<0,001)

Loprinzi et al.11

Ensaio clínico randomizado com 25 pacientes com NPIQ em cada grupo (Scrambler x TENS)

1 vez ao dia, por 30 minutos, por 10 dias

Melhora significativa da dor

Park et al.12

1 adolescente com NPIQ por leucemia

1 vez ao dia, por 40 minutos, por 4 dias

Desaparecimento da dor após redução significativa após as aplicações. Manutenção da analgesia após 4 semanas

Lee et al.13

20 pacientes oncológicos com dor óssea ou NPIQ ou dor neuropática pós-operatória

Redução do uso de opioides pela melhora significativa da dor

Coyne et al.14

39 pacientes com NPIQ com EVA >5

1 vez ao dia, por 45 minutos, por 10 dias

Redução significativa da dor (p<0,0006)

Ricci et al.15

Estudo prospectivo com 73 pacientes com dor crônica refratária ao tratamento (40 com diversos tipos de câncer e 33 controles)

1 vez ao dia, por 45 minutos, por 10 dias

Após 10 dias de tratamento, houve redução de 74% da dor (p<0,0001). 81% dos pacientes relataram manutenção da analgesia pós 2 semanas (p<0,0001)

Kashyap et al.16

40 pacientes com dor crônica por câncer torácico, e de cabeça e pescoço, em uso de morfina e tramal

1 vez ao dia, por 40 minutos, por 10 dias

Houve diminuição da dor após o 3º dia (p<0,0001). Houve diminuição do uso de morfina após o 7º dia (p<0,05)

Smith et al.17

16 pacientes com NPIQ que fizeram uso de taxanes, derivados da platina e bortezomibe

1 vez ao dia, por 60 minutos, por 14 dias

Redução significativa da dor (p<0,0001)

Childs et al.18

50 pacientes com NPIQ

1 vez ao dia, por 60 minutos, por 14 dias

Melhora de mais de 60% da dor em mais de 50% dos pacientes

Legendas: EVA = Escala visual analógica; NPIQ = Neuropatia periférica induzida pela quimioterapia; TENS = Corrente elétrica nervosa transcutânea.

 

 

DISCUSSÃO

O uso da Scrambler therapy diminui significativamente a intensidade da dor em pacientes oncológicos, inclusive alcançando a redução de uso de opioides e de morfina. Importante ressaltar que não foi observado efeito colateral nos estudos realizados. Nenhum artigo com acompanhamento de pacientes foi descartado. E nenhum deles apresentou eventos adversos, mostrando que a técnica é 100% eficiente.

 

A Scrambler therapy é aprovada pelo Food and Drug Administration (FDA)2. Está indicada para lesões nervosas estáveis que provoquem dor crônica. Uma de suas vantagens é a não acomodação do estímulo elétrico. A Scrambler therapy provoca uma sensação bem tolerável, chegando a ser agradável, como uma massagem, sensação esta atribuída ao estímulo tátil das fibras C2.

 

Para que os resultados sejam alcançados é fundamental que haja integridade nervosa. O posicionamento dos eletrodos deve ser cuidadosamente realizado e guiado pelo feedback do paciente. É importante que não haja alterações e/ou interrupções ao longo do trajeto do nervo, capazes de prejudicar a conversão da informação artificial em estímulo de “não-dor”. O uso de drogas analgésicas pode confundir a percepção da dor e guiar incorretamente a colocação dos eletrodos. Já o uso de drogas anticonvulsivantes inibe o funcionamento da Scrambler therapy e o de relaxantes musculares diminui seu efeito2. Dois estudos acompanharam o uso de medicação e observaram a redução do uso da morfina e de opioides, mas o uso de drogas que possam inibir o efeito da Scrambler therapy não foi controlado.

 

Estudos com a Scrambler therapy em pacientes não oncológicos com dor crônica também podem ser encontrados. Todos evidenciam resultados satisfatórios no controle da dor19-23. O uso da Scrambler therapy pode contribuir para o controle da dor oncológica. É uma terapia nova, ainda não comercializada no Brasil, mas com efeitos benéficos apontados por vários ensaios clínicos randomizados. Há um padrão do uso da Scrambler therapy, sendo de uso diário, entre 30 e 60 minutos, por dez a 14 dias. O seu uso está indicado para pacientes com neuropatia periférica induzida pela quimioterapia e na redução do uso de analgésicos para o controle da dor crônica, mas estudos com seguimento mais longo precisam ser realizados.

 

O presente artigo está lançando luz a um novo recurso, ainda pouco conhecido, com a sua publicação em língua portuguesa, para que os profissionais de saúde possam se apropriar desse conhecimento, ao contrário de outros equipamentos eletrofísicos, quando é possível determinar a frequência, o tempo de duração de pulso e a intensidade. Com a utilização da Scrambler therapy, o hardware recebe a informação de “não-dor” que o algoritmo criou e a transforma em potencial de ação artificial, funcionalmente compatível com o sistema endógeno, tendo como resultado um sinal calibrado para sincronizar com os receptores superficiais das fibras C, que vão passar a propagar o sinal elétrico artificial2. Essa é uma mudança de perspectiva sobre como são usados os agentes eletrofísicos no controle da dor em pacientes oncológicos.

 

Estudos com acompanhamento clínico na população brasileira e com seguimento mais longos são necessários, assim como a possibilidade de autorização em território brasileiro do uso da Scrambler therapy. Para tanto, é preciso que os profissionais de saúde conheçam a Scrambler therapy, propósito deste artigo de revisão.

 

 

CONCLUSÃO

Apesar da necessidade de realização de ensaios clínicos randomizados controlados, a Scrambler therapy parece ser um recurso muito promissor no controle da dor em pacientes oncológicos. A utilização da inteligência artificial para eletroanalgesia apresenta-se como uma inovação tecnológica a ser considerada pelos profissionais da saúde. A ausência do equipamento no Brasil, o alto custo no exterior e a necessidade de capacitação dos profissionais são empecilhos para que o seu uso seja disseminado.

 

 

CONTRIBUIÇÕES

Todos os autores contribuíram na concepção e/ou no planejamento do estudo; na obtenção, análise e interpretação dos dados; na redação e revisão crítica; e aprovaram a versão final a ser publicada.

 

 

DECLARAÇÃO DE CONFLITO DE INTERESSES

Nada a declarar.

 

 

FONTES DE FINANCIAMENTO

Não há.

 

 

REFERÊNCIAS

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3. Marineo G. Untreatable pain resulting from abdominal cancer: new hope from biophysics? JOP. 2003;4(1):1-10. PMID: 12555009.

4. Sabato AF, Marineo G, Gatti A. Scrambler therapy. Minerva Anestesiol. 2005;71(7-8):479-82. PMID: 16012423.

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6. Smith T, Cheville AL, Loprinzi CL, et al. Scrambler therapy for the treatment of chronic post-mastectomy pain (cPMP). Cureus. 2017;9(6):e1378. doi: https://doi.org/10.7759/cureus.1378

7. Tomasello C, Pinto RM, Mennini C, et al. Scrambler therapy efficacy and safety for neuropathic pain correlated with chemotherapy-induced peripheral neuropathy in adolescents: a preliminary study. Pediatr Blood Cancer. 2018;65(7):e27064. doi: https://doi.org/10.1002/pbc.27064

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9. Pachman DR, Weisbrod BL, Seisler DK, et al. Pilot evaluation of Scrambler therapy for the treatment of chemotherapy-induced peripheral neuropathy. Support Care Cancer. 2015;23(4):943-51. doi: https://doi.org/10.1007/s00520-014-2424-8

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18. Childs DS, Le-Rademacher JG, McMurray R, et al. Randomized trial of Scrambler therapy for chemotherapy-induced peripheral neuropathy: crossover analysis. J Pain Symptom Manage. 2021;61(6):1247-53. doi: https://doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2020.11.025

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Recebido em 16/3/2021

Aprovado em 8/6/2021

 

 

Editor-associado: Fernando Lopes Tavares de Lima. Orcid iD: https://orcid.org/ 0000-0002-8618-7608

Editora-científica: Anke Bergmann. Orcid iD: https://orcid.org/0000-0002-1972-8777

 

 

 

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