ARTIGO ORIGINAL

 

Mapeamento de Programas de Residência Multiprofissional em Oncologia para Fisioterapeutas no Brasil

Mapping of Multiprofessional Residency Programs in Oncology for Physiotherapists in Brazil

Mapeo de Programas de Residencia Multiprofesional en Oncología para Fisioterapeutas en el Brasil

 

 

doi: https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2023v69n2.3731

 

Vitória Teixeira da Cruz1; Diego de Sousa Dantas2

 

1Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE), Programa de Residência Multiprofissional em Saúde. Fortaleza (CE), Brasil. E-mail: resmultivitcruz2021@gmail.com. Orcid iD: https://orcid.org/0000-0002-7043-0271

2Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Departamento de Fisioterapia. Recife (PE), Brasil. E-mail: diegodantas1@gmail.com. Orcid iD: https://orcid.org/0000-0002-1966-3352

 

Endereço para correspondência: Vitória Teixeira da Cruz. Estrada para o Catre, 77. Eco Park, Bloco E, 702 – Emaús. Parnamirim (RN), Brasil. CEP 59148-520. E-mail: resmultivitcruz2021@gmail.com

 

 

RESUMO

Introdução: A fisioterapia oncológica é responsável por reabilitar e restaurar as funções cinético-funcionais do paciente com câncer. Os programas de residência multiprofissional na atenção ao câncer são considerados especializações padrão-ouro. Objetivo: Mapear os programas de residência multiprofissional na atenção ao câncer para fisioterapeutas no Brasil. Método: Estudo exploratório do tipo descritivo. Foram realizadas uma busca manual e a análise de editais disponíveis na Internet de programas de residência multiprofissional ofertados pelo Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Saúde para fisioterapeutas com início em 2022. Foi criada uma planilha em Excel com informações sobre: Região e Estado, instituição promotora, título do programa e número de vagas para fisioterapeutas, submetidas à análise descritiva, por meio de frequências absolutas e relativas. Resultados: Foram encontrados 35 programas de residência multiprofissional na atenção ao câncer, com 84 vagas nacionais disponíveis para fisioterapeutas. O maior número de vagas foi ofertado para cancerologia (67,85%), seguido por cuidados paliativos (11,90%), oncopediatria (8,33%), onco-hematologia (5,95%), oncologia e cuidados paliativos (2,38%), idoso e cuidados paliativos (2,38%), e terapia intensiva oncológica (1,21%). Conclusão: Os resultados do presente estudo evidenciaram a presença de programas de residência multiprofissional na atenção ao câncer com vagas para fisioterapeutas em todas as Regiões do Brasil, distribuídas, em sua maioria, na Região Sudeste, e, em menor quantidade, nas Regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste do país.

Palavras-chave: especialidade de fisioterapia/educação; capacitação de recursos humanos em saúde; programas de pós-graduação em saúde; ensino; oncologia.

 

 

ABSTRACT

Introduction: Oncology physiotherapy is responsible for rehabilitating and restoring the kinetic and functional functions of cancer patients. Multiprofessional residency programs in cancer care are considered gold standard specializations. Objective: To map multidisciplinary residency programs in cancer care with slots for physiotherapists in Brazil. Method: Exploratory, descriptive study. A manual search and analysis of public notices available on the Internet for multiprofessional residency programs offered by the Ministry of Education in partnership with the Ministry of Health with slots for physiotherapists starting in 2022 was performed. An Excel spreadsheet was created with data of Region and State, sponsoring institution, program title and number of slots for physiotherapists and submitted to descriptive analysis, using absolute and relative frequencies. Results: There were 35 multidisciplinary residency programs in cancer care found, with 84 national slots available for physiotherapists. The largest number was offered for cancerology (67.85%), followed by palliative care (11.90%), onco-pediatrician (8.33%), onco-hematology (5.95%), oncology and palliative care (2.38%), older adults and palliative care (2.38%), and oncological intensive care (1.21%). Conclusion: The results of the present study revealed that multidisciplinary residency cancer programs exist with slots for physiotherapists in all regions of Brazil, mostly in the Southeast region, and to a lesser extent in the North, Midwest and Northeast regions.

Key words: physical therapy specialty/education; health human resource training; health postgraduate programs; teaching; oncology.

 

 

RESUMEN

Introducción: La fisioterapia oncológica se encarga de rehabilitar y restaurar las funciones cinéticas y funcionales de los pacientes oncológicos. Los programas de residencia multiprofesional en el cuidado del cáncer se consideran especializaciones estándar de oro. Objetivo: Mapear programas de residencia multidisciplinarios en atención del cáncer para fisioterapeutas en el Brasil. Método: Estudio exploratorio, descriptivo. Ha sido realizada una búsqueda y el análisis manual de las convocatorias públicas disponibles en Internet de los programas de residencia multiprofesional que ofrece el Ministerio de Educación en alianza con el Ministerio de Salud para fisioterapeutas con inicio en el año 2022. Se elaboró una planilla Excel con informaciones sobre Región y Estado, institución promotora, título del programa y número de vacantes para fisioterapeutas, sometidas a análisis descriptivo, utilizando frecuencias absolutas y relativas. Resultados: Se encontraron 35 programas de residencia multidisciplinarios para la atención del cáncer, con 84 vacantes nacionales disponibles para fisioterapeutas. El mayor número de vacantes se ofreció para cancerología (67,85%), seguido por cuidados paliativos (11,90%), oncopediatría (8,33%), oncohematología (5,95%), oncología y cuidados paliativos (2,38%), personas mayores y cuidados paliativos (2,38%), y cuidados intensivos oncológicos (1,21%). Conclusión: Los resultados del presente estudio mostraron la presencia de programas multidisciplinarios de residencia para la atención oncológica con vacantes para fisioterapeutas en todas las regiones de Brasil, mayoritariamente distribuidas en la región Sudeste, y en menor medida en las regiones Norte, Centro-Oeste y Nordeste del país.

Palabras clave: especialidad de fisioterapia/educación; capacitación de recursos humanos en salud; programas de posgrado en salud; enseñanza; oncología médica.

 

 

INTRODUÇÃO

O câncer é atualmente a segunda causa de morte por doença no mundo. Até 2040, as projeções ultrapassarão 28 milhões de novos casos. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, a estimativa é de 704 mil novos casos de câncer para cada ano do triênio 2023-2025. Ainda de acordo com o INCA, com exceção do câncer de pele não melanoma, os mais incidentes no país são os cânceres de mama e próstata, com incidência de 10,5% e 10,2%, respectivamente. O aumento da incidência dos casos de câncer deve-se, principalmente, ao envelhecimento populacional e à exposição aos vários fatores de risco, sendo os principais o sedentarismo e o tabagismo1.

 

Apesar do elevado número de diagnósticos de câncer, os novos tratamentos antineoplásicos têm contribuído para o aumento da sobrevida livre da doença. Tais tratamentos oncológicos, porém, trazem também efeitos colaterais ao paciente, principalmente fadiga excessiva, indisposição, alterações de humor, redução na qualidade de vida e diminuição da funcionalidade. Todas essas repercussões merecem atenção especial entre os profissionais de saúde que atuam na atenção aos pacientes oncológicos, em virtude da necessidade de manejo das sequelas agudas e tardias dos tratamentos oncológicos, sejam sequelas físicas ou psicossociais2,3.

 

Buscando, então, minimizar os problemas físicos e funcionais do paciente com câncer, a atividade física tem sido fortemente recomendada como ferramenta efetiva na melhora da qualidade de vida, funcionalidade e redução da fadiga4. Todos os indivíduos em tratamento oncológico podem beneficiar-se de um programa de reabilitação física, pois o exercício físico consegue atenuar os efeitos colaterais do tratamento oncológico, bem como reduzir as chances de um novo câncer5.

 

A fisioterapia oncológica surge dentro desse contexto de elevado número de pacientes diagnosticados com câncer necessitando de cuidado humanizado e integral, com o objetivo de reabilitar e restaurar a integridade cinético-funcional do indivíduo6. A especialidade foi regulamentada pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Coffito) em 2009, que reconheceu a atuação do fisioterapeuta com especialização em fisioterapia oncológica em todos níveis de atenção à saúde, com ênfase nas ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação do paciente com câncer. Dessa maneira, o fisioterapeuta especialista em fisioterapia oncológica apresenta-se como um profissional apto para oferecer uma assistência que corresponda às demandas específicas dos indivíduos com disfunções decorrentes da doença oncológica7.

 

Entretanto, apesar de a reabilitação fisioterapêutica ser de extrema importância para o paciente com câncer, prevenindo e/ou minimizando as sequelas causadas pelo tratamento oncológico, a especialidade é relativamente nova e pouco conhecida dentro da equipe multiprofissional. Nos cursos de fisioterapia, a formação ainda é generalista, com escassez na oferta dessa disciplina em grande parte das faculdades. Também há reduzidos cursos de capacitação em reabilitação fisioterapêutica relacionados ao paciente com câncer e conhecimento insuficiente quanto às particularidades do cuidado a essa população8.

 

Todavia, nesse contexto, com objetivo de responder às reais necessidades do perfil socioepidemiológico atual e às demandas de saúde da população no Brasil, as residências multiprofissionais em saúde em atenção ao câncer ou em oncologia apresentam-se como uma estratégia de formação de excelência, com o objetivo de formar profissionais especialistas na área e colocar no mercado de trabalho profissionais que garantam uma assistência segura, técnica científica e especializada9. As residências em saúde foram instituídas por meio da Lei n.º 11.129 de 30 de junho de 200510 como modalidade de ensino de pós-graduação lato sensu voltada para a formação em serviço, com carga horária total de 5.760 horas, de no mínimo dois anos, distribuídas em 60 horas semanais, em dedicação exclusiva.

 

Diante da importância da fisioterapia em oncologia e da insuficiência de estudos que abordem o tema, o objetivo da presente pesquisa foi realizar um levantamento nacional dos programas de residência multiprofissional (PRM) em oncologia com vagas para fisioterapeutas e analisar o cenário da especialidade por intermédio da modalidade de residência multiprofissional em saúde, bem como discutir as particularidades da atuação do fisioterapeuta especializado em oncologia.

 

MÉTODO

Trata-se de um estudo exploratório, documental, de caráter descritivo, acerca do panorama atual dos PRM em saúde com ênfase em fisioterapia oncológica no país. A pesquisa foi desenvolvida como produto do trabalho de conclusão de residência (TCR) do PRM em cancerologia da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE).

 

O estudo foi desenvolvido durante o período de março a agosto de 2022, e dividido em duas etapas. Na primeira fase, ocorreu uma busca ativa dos editais de PRM na atenção ao câncer com vagas para fisioterapeutas com ingresso no ano de 2022 no Google e em sites institucionais, utilizando os termos "residência multiprofissional", “fisioterapia”, “oncologia”, “cancerologia”, “atenção ao câncer” e “cuidados paliativos”. Como critérios de inclusão, os programas deveriam ser em modalidade multiprofissional. Os programas de residência sem oferta de vagas para fisioterapeutas foram excluídos. Simultaneamente à busca, houve a solicitação ao Ministério da Educação da relação atual dos PRM em saúde e visita ao site da Associação Brasileira de Fisioterapia em Oncologia (ABFO) para consulta à lista de programas de especializações disponível no site da instituição.

 

Na segunda fase, foi criada uma planilha no Excel contendo as seguintes informações: Região do país e Estado, instituição promotora, título/nomenclatura do programa, e número de vagas para a especialidade em questão. Além da busca ativa dos editais, houve o compartilhamento de um formulário on-line contendo as mesmas informações da planilha em um grupo nacional de coordenadores de residências multiprofissionais em saúde em um aplicativo de mensagens instantâneas.

 

Todos os dados analisados foram com base na busca ativa de editais e não houve resposta do Ministério da Educação quanto aos programas ativos de residência multiprofissional em saúde. Apenas cinco coordenadores responderam ao formulário on-line, correspondendo a editais já encontrados na busca manual, por isso esses dados não foram acrescentados, de maneira a evitar duplicidade de informações. Os dados foram adicionados em uma planilha no programa Microsoft Excel e submetidos à análise descritiva, por meio de frequências absolutas e relativas.

 

Esta pesquisa dispensou a análise de um Comitê de Ética em Pesquisa, por utilizar exclusivamente bases de dados secundárias, sem identificação de indivíduos, em conformidade com as diretrizes da Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) n.º 466, de 12 de dezembro de 201211.

 

RESULTADOS

Foram encontrados 26 editais de PRM em oncologia e/ou subáreas da atenção ao câncer com o ingresso no ano de 2022. O número total de vagas disponíveis para fisioterapeutas, no período de elaboração do estudo, foi de 84 vagas em todo o Brasil. A Região Sudeste do país concentrou o maior número de vagas de programas de residência em fisioterapia oncológica, detendo quase metade das vagas totais do país, reunindo cerca de 41% das vagas (n=35). A Região Norte apresentou o menor quantitativo de vagas (nove), representando 10,74% do total (Tabela 1).

 

Tabela 1. Distribuição geográfica por Regiões e Estados brasileiros de PRM em oncologia com vagas para fisioterapeutas no Brasil no ano de 2022*

Regiões

e Estados

Editais

%

Vagas

Total de vagas

%

Norte

 

7,70

 

9

10,74

Pará

2

 

9

 

 

Nordeste

 

19,23

 

13

15,47

Bahia

1

 

1

 

 

Ceará

2

 

7

 

 

Pernambuco

2

 

5

 

 

Centro-Oeste

 

15,38

 

13

15,47

Distrito Federal

4

 

13

 

 

Sudeste

 

38,46

 

35

41,66

Espírito Santo

1

 

4

 

 

São Paulo

7

 

24

 

 

Rio de Janeiro

2

 

7

 

 

Sul

 

19,23

 

14

16,66

Paraná

1

 

3

 

 

Rio Grande do Sul

4

 

11

 

 

Total

26

100

 

84

100

(*) informações obtidas por meio de editais.

 

 

Ao total, foram encontradas 26 instituições promotoras de PRM em oncologia com vagas para fisioterapeutas distribuídas pelo país. Destas, 20 (76,94%) ofertaram apenas um programa no respectivo edital, três (11,53%) dois programas, e as outras três (11,53%) três programas. A Fundação Pio XII – Hospital de Amor de Barretos, no Estado de São Paulo, foi a única do país a ofertar o programa de terapia intensiva em oncologia, com uma vaga. A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) apresentou o maior número de oferta de vagas, com um total de oito (9,56%) vagas disponíveis, sendo quatro vagas para o programa de oncologia e quatro para a ênfase de oncologia pediátrica (Tabela 2).

 

Tabela 2. Distribuição do número de editais (n=26) de PRM para fisioterapeutas na atenção ao câncer e quantidade de vagas (n=84) no Brasil no ano de 2022*

Instituição

Programas

%

Vagas

%

A.C. Camargo

1

2,85

4

4,76

Centro Universitário Tabosa de Almeida (Asces/Unita)

 

1

 

2,85

 

2

 

2,38

Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE)

1

2,85

3

3,57

Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs)

 

1

 

2,85

 

4

 

4,76

Fundação Pio XII – Hospital de Amor de Barretos

3

8,58

4

4,76

Fundação Universidade Empresa de Tecnologia e Ciência (Fundatec)

1

2,85

2

2,38

Grupo Hospitalar Conceição (GHC)

1

2,85

1

1,19

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM-USP)

1

2,85

2

2,38

Hospital das Clínicas da Faculdade de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC-FMRP-USP)

1

2,85

2

2,38

 

Hospital Sírio-libanês

1

2,85

2

2,38

Instituto do Câncer do Ceará (ICC)

1

2,85

4

4,76

Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação (ICEPi)

1

2,85

4

4,76

Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IGESDF)

1

2,85

2

2,38

Instituto Nacional de Câncer (INCA)

1

2,85

5

5,95

Liga Paranaense de Combate ao Câncer (LPCC)

1

2,85

3

3,57

Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE)

3

8,58

3

3,57

Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF)

2

5,75

6

7,14

Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab)

1

2,85

1

1,19

Universidade Estadual do Pará (Uepa)

3

8,58

5

5,95

Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA)

2

5,75

4

4,76

Universidade Federal do Pará (UFPA)

1

2,85

4

4,76

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

1

2,85

2

2,38

Universidade de Brasília (UNB)

1

2,85

1

1,19

Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

2

5,75

8

9,56

Universidade de Passo Fundo (UPF)

1

2,85

4

4,76

Universidade de São Paulo (USP)

1

2,85

2

2,38

Total

35

100

84

100

(*) informações obtidas por meio de editais.

 

 

A ênfase com maior número de vagas foi oncologia/atenção ao câncer, com um total de 57 vagas, representando quase 68%. Nacionalmente, as subáreas de atenção ao câncer com menor número de vagas foram, respectivamente: programa de residência em terapia intensiva oncológica (1), oncologia e cuidados paliativos (2), idoso e cuidados paliativos (2) e fisioterapia em onco-hematologia e/ou hemoterapia (5) (Tabela 3).

 

Tabela 3. Classificação dos PRM na atenção ao câncer e número de vagas relacionadas às subáreas da oncologia no Brasil no ano de 2022*

Ênfase

Vagas

%

Oncologia/Cancerologia/Atenção ao câncer

Oncologia e cuidados paliativos

Idoso e cuidados paliativos

Cuidados paliativos

Pediatria oncológica ou câncer infantojuvenil

Onco-hematologia e hemoterapia

Terapia intensiva em oncológica

57

2

2

10

7

5

1

67,85

2,38

2,38

11,90

8,33

5,95

1,21

Total

84

100

(*) informações obtidas por meio de editais.

 

 

DISCUSSÃO

A finalidade do estudo foi realizar um mapeamento nacional dos PRM em oncologia com vagas para fisioterapeutas com o objetivo de conhecer o cenário atual da especialidade por meio da modalidade de residência multiprofissional e abordar as particularidades da atuação do fisioterapeuta oncológico.

 

A partir do estudo, foi possível encontrar 35 PRM na atenção ao câncer, com 84 vagas para fisioterapeutas, distribuídas em todas as Regiões brasileiras, porém com concentração dessas vagas na Região Sudeste.

 

Segundo o plano de atenção oncológica do Estado de São Paulo de 202012, o Estado possui uma Rede de Atenção à Saúde de alta complexidade com mais de 80 serviços de oncologia e, apesar de enfrentar muitos desafios em razão da magnitude da população e suas demandas, busca uma articulação efetiva na tentativa de garantir acesso aos tratamentos oncológicos. Talvez, por tais motivos, a Região concentre o maior número de PRM com vagas para fisioterapeutas oncológicos12.

 

Além disso, o Sudeste concentra mais de 60% da incidência nacional dos casos de câncer. Esses fatores favorecem o incentivo à criação e ofertas de vagas na área da oncologia para o enfrentamento do câncer. Em contrapartida, a Região Nordeste concentra uma incidência de 27,8% dos cânceres no Brasil, representando a segunda Região do país em número de casos de câncer, com especial destaque para o câncer de mama, próstata, colo do útero e estômago. Ainda assim, embora a Região Nordeste apresente grande representatividade nos casos de cânceres no país, há um número limitado de instituições formadoras na área, já que a especialidade ainda é pouco difundida na Região1.

 

Segundo a ABFO13, em lista divulgada no site da instituição, há pelo menos quatro programas de pós-graduação relacionados à oncologia e a cuidados paliativos na Região Nordeste, dois no Estado da Bahia, um em Pernambuco e um no Maranhão. Nenhum desses programas são na modalidade de residência multiprofissional. Na pesquisa, foram encontrados apenas três Estados do Nordeste com PRM em oncologia com vagas para fisioterapeutas, sendo eles Bahia, Ceará e Pernambuco. A existência de apenas três Estados com oferta de PRM na atenção ao câncer na Região brasileira com maior número de Estados e com grande relevância epidemiológica nos casos de câncer pode estar relacionada com o perfil de configuração heterogêneo do país e com as diferenças econômicas14.

 

A área de concentração com maior quantidade de vagas em todas as Regiões do país foi a ênfase de atenção ao câncer ou especificamente PRM em oncologia. É importante esclarecer que, em alguns editais analisados, a nomenclatura encontrada foi “fisioterapia em oncologia", “atenção ao câncer” ou ainda em “cancerologia”, porém, ambas as terminologias representam o mesmo significado. Os PRM em oncologia são uma estratégia do Ministério da Saúde de enfrentamento do câncer, que visa formar profissionais de saúde com um perfil crítico reflexivo e humanizado, habilitando-os para um cuidado integral e que corresponda às demandas específicas do paciente com câncer15.

 

A residência multiprofissional na atenção ao câncer vivencia toda a Rede Oncológica, perpassando desde a atenção primária, com foco na prevenção, promoção e detecção precoce, até os cenários de maior complexidade, que incluem todas as fases do tratamento, seja pré-tratamento, durante ou após, e ainda os cuidados paliativos. A carga horária curricular é dividida em atividades práticas e teórico-práticas (80%) e atividades teórico-conceituais (20%), obedecendo às normas da Comissão Nacional de Residências em Área Profissional da Saúde (CNRMS). Durante a residência, também é necessário escrever um TCR que deve ser defendido ao final do segundo ano do programa para obtenção do diploma15.

 

Embora a formação seja predominantemente com foco na formação em serviço, ou seja, do aprendizado experimentado na prática diária, a maioria dos programas apresenta módulos teóricos com aulas a respeito das bases da oncologia, segurança do paciente oncológico, políticas públicas em oncologia, Rede de Atenção à Saúde, os chamados eixos transversais, e aulas dos eixos específicos, divididos por categorias profissionais (fisioterapia, terapia ocupacional, farmácia, nutrição, enfermagem, serviço social, psicologia, fonoaudiologia, entre outras)9,15.

 

A atuação do fisioterapeuta na oncologia é primordialmente relacionada à manutenção da funcionalidade e da qualidade de vida. Indivíduos diagnosticados com câncer enfrentam um longo tratamento, e o fisioterapeuta com especialização nessa área é responsável por garantir que os efeitos colaterais e as limitações decorrentes dos tratamentos sejam amenizados, principalmente por meio de um programa estruturado e especializado de exercícios, de treinos aeróbicos, uso de técnicas complementares integrativas e orientações em saúde, ferramentas estas que são extremamente importantes para a reabilitação segura e efetiva desses pacientes7,16.

 

Em razão dos avanços nos tratamentos antineoplásicos e das medidas de rastreamento precoce, a sobrevida livre da doença tem aumentado. Atualmente, o câncer pode ser considerado uma doença crônica, já que é cada vez maior o número de pacientes sobreviventes à doença, convivendo com as sequelas tardias do tratamento e da própria doença2,16.

 

Apesar de a fisioterapia em oncologia ser relativamente nova e pouco difundida entre a equipe médica e multiprofissional, a especialidade tem ganhado muito destaque em razão do aumento no número de diagnósticos de câncer e da extrema necessidade de acompanhamento multidisciplinar do paciente oncológico. Os pacientes com câncer enfrentam limitações da funcionalidade, nas atividades cotidianas e laborais, e precisam de profissionais fisioterapeutas que conheçam os tipos de tumores, os tipos de tratamentos e os efeitos colaterais, e as particularidades dos diferentes públicos, desde a criança até o idoso, em todas as fases dos tratamentos8,17.

 

No geral, as áreas de maior conhecimento da fisioterapia entre profissionais de saúde e a própria população são as especialidades de terapia intensiva, reabilitação cardiovascular, traumato-ortopedia e neurorreabilitação. Somente no ano de 2009, a especialidade de fisioterapia em oncologia foi reconhecida pelo Coffito7. E, após sua regulamentação, passou a ganhar mais visibilidade7,18.

 

Na oncologia, há uma divisão em duas categorias principais: os tumores sólidos e as neoplasias hematológicas. No que diz respeito aos tumores hematológicos, eles configuram-se como neoplasias malignas de origem hematopoiética, relacionados à proliferação desordenada de células do tecido linfoide ou mieloide. Os principais cânceres hematológicos são: leucemia, linfoma de Hodgkin e não Hodgkin, e o mieloma múltiplo. O enfoque da fisioterapia em onco-hematologia é, principalmente, na manutenção da qualidade de vida e reabilitação desses pacientes e, em alguns casos, na assistência durante o pré e pós-transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH)19,20.

 

Grande parte dos pacientes onco-hematológicos, quando em tratamento, enfrenta longos períodos de internação, com foco na indução, consolidação e manutenção das terapias antineoplásicas, e tais terapias afetam não só a funcionalidade, mas também a imunidade desses pacientes. A reabilitação fisioterapêutica tem como objetivo minimizar os efeitos cardiotóxicos, neurotóxicos e citotóxicos desses tratamentos, prevenir ou tratar as complicações respiratórias decorrentes de infecções oportunistas e favorecer o condicionamento físico desses pacientes. Dessa forma, fica claro que o fisioterapeuta é extremamente necessário dentro dos setores de hematologia, de forma a garantir que os pacientes enfrentem os mínimos efeitos adversos possíveis, com uma assistência especializada19.

 

Relacionados à área da oncologia, foram encontrados apenas três PRM com vagas para fisioterapeutas na hematologia e hemoterapia em todo o país. Destes, dois programas têm a instituição de origem na Região Sul, no Estado do Rio Grande do Sul, com oferta de três vagas totais, e outro no Pará, na Região Norte, com oferta de duas vagas. Nas demais Regiões, não foram encontrados PRM nessa área, revelando escassez na onco-hematologia e necessidade de incentivos a essa subárea. Observa-se, nesse cenário, que a assistência ao paciente hematológico fica a cargo, na maioria das vezes, de profissionais com formação generalista.

 

No campo da oncologia, outra área de grande destaque são os cuidados paliativos. Durante a pesquisa, foram encontrados sete PRM exclusivamente em cuidados paliativos com vagas para fisioterapeutas, resultando em dez vagas. Apenas na Região Sul do Brasil não foram encontrados editais com oferta de residência multiprofissional especificamente em cuidados paliativos.

 

Os cuidados paliativos, segundo a atualização de 2002 da Organização Mundial da Saúde (OMS), consistem no cuidado promovido pela equipe multidisciplinar na presença de uma doença grave e ameaçadora da vida. Essa assistência busca promover alívio dos sofrimentos físicos, psicossociais e espirituais que os pacientes e seus familiares enfrentam, bem como garantir que a dignidade humana seja respeitada, não apressando nem adiando a morte. O fisioterapeuta com residência em oncologia e cuidados paliativos recebe uma formação completa e robusta, na tentativa de habilitar esse profissional para a prevenção de complicações evitáveis, para o alívio e controle da dor e da dispneia, bem como no próprio gerenciamento dos cuidados paliativos21.

 

A incidência do câncer infantojuvenil estimada para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 7.930 casos, com maior taxa no sexo masculino. As neoplasias malignas mais comuns nessa fase são as leucemias, os tumores de sistema nervoso central e os linfomas1. No que diz respeito à área da oncopediatria ou oncologia pediátrica, apenas dois Estados, Rio Grande do Sul e São Paulo, apresentaram o PRM em fisioterapia oncológica em oncopediatria, ofertado pela UFCSPA e pela Unifesp, respectivamente. Foram encontradas apenas sete vagas para todo o país, o que revela que há uma deficiência também dessa subespecialidade.

 

As crianças diagnosticadas com câncer, geralmente, apresentam várias repercussões negativas relacionadas aos tratamentos de quimioterapia, radioterapia e cirurgia oncológica ou a associação de todos eles. Os efeitos colaterais podem acompanhar as crianças não só durante o tratamento como também após o término. Os principais sintomas são náuseas, vômitos, indisposição, diminuição da funcionalidade, infecções respiratórias e o impacto na qualidade de vida. A fisioterapia oncológica pediátrica atua em todas as fases do tratamento e tem como objetivo minimizar os efeitos colaterais dos tratamentos e promover a manutenção da capacidade funcional. Dessa forma, há uma necessidade de ampliação nessa área da oncologia para um cuidado mais especializado a crianças com câncer22,23.

 

Diante do exposto, os dados encontrados revelam que o número de PRM na atenção ao câncer, bem como a oferta de vagas para fisioterapeutas, é ainda insuficiente no país quando se leva em conta a relevância e a necessidade da fisioterapia em oncologia. Constata-se que o estudo reafirmou a importância da fisioterapia oncológica, assim como possibilitou o conhecimento sobre a especialização em modalidade de residência multiprofissional, revelando, contudo, a necessidade da criação e distribuição de mais PRM em oncologia no intuito de suprir as demandas da população oncológica.

 

Como limitações deste estudo, apresenta-se o não acesso à lista oficial e atualizada das residências multiprofissionais no país, solicitada ao Ministério da Educação, o que impossibilita afirmar que todos os programas foram incluídos no mapeamento. Contudo, para minimizar esse viés, construiu-se uma abordagem plurimetodológica, conforme apresentado nos métodos e resultados para obter o máximo de segurança e cobertura dos dados coletados. É importante pontuar que não houve uma análise de editais de PRM em oncologia no país de forma geral para realização de investigação de quantos programas de atenção ao câncer existem no país, independentemente da presença de vagas disponíveis para fisioterapeutas, o que limitou o entendimento do panorama real dos PRM em oncologia no país.

 

CONCLUSÃO

Os resultados do presente estudo evidenciaram a presença de PRM na atenção ao câncer com vagas para fisioterapeutas em todas as Regiões do Brasil, distribuídas, em sua maioria, na Região Sudeste, e, em menor quantidade nas Regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste do país. Foram encontradas ofertas de vagas não apenas na área de atenção ao câncer, mas em diversas subáreas da oncologia, principalmente em cuidados paliativos, oncopediatria e onco-hematologia. O estudo evidenciou a necessidade de mais incentivos à criação de PRM na atenção ao câncer para fisioterapeutas visto a importância da sua atuação e o crescente aumento da incidência dos casos de câncer.

 

 

CONTRIBUIÇÕES

Ambos os autores contribuíram substancialmente na concepção e/ou no planejamento do estudo; na análise e/ou interpretação dos dados; na redação e/ou revisão crítica; e aprovaram a versão final a ser publicada.

 

 

DECLARAÇÃO DE CONFLITO DE INTERESSES

Nada a declarar.

 

 

FONTES DE FINANCIAMENTO

Não há.

 

 

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Recebido em 9/2/2023

Aprovado em 13/4/2023

 

Editora-científica: Anke Bergmann. Orcid iD: https://orcid.org/0000-0002-1972-8777

 

 

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