REVISÃO DE LITERATURA
Conhecimento de Mulheres acerca do Exame Papanicolaou
Women’s Knowledge about Papanicolaou Test
El Conocimiento de las Mujeres sobre el examen de Papanicolaou
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2024v70n1.4393
Danielle Etienne de Oliveira Bezerra Lima1; Nayara Silveira Gemaque2; Cleudiane Fialho Negrão3; Tatiane da Silva Marques4
1Universidade do Estado do Pará (Uepa), Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Belém (PA), Brasil. E-mail: enfadaniellebezerra060@gmail.com. Orcid iD: https://orcid.org/0000-0002-8154-0310
2-4Universidade da Amazônia. Ananindeua (PA), Brasil. E-mails: nayaragemake@gmail.com; cleudianefialho@hotmail.com; tatianemarques30@hotmail.com. Orcid iD: https://orcid.org/0000-0002-3334-936X; Orcid iD: https://orcid.org/0009-0000-7869-9542; Orcid iD: https://orcid.org/0009-0003-7418-2011
Endereço para correspondência: Nayara Silveira Gemaque. Passagem Santa Inês, 360 – Atalaia. Ananindeua (PA), Brasil. CEP 67013-560. E-mail nayaragemake@gmail.com
RESUMO
Introdução: O exame preventivo do câncer do colo uterino (PCCU) permite a análise morfológica do tecido do colo do útero para identificação de alterações em células isoladas ou em pequenos grupos. Mediante as dificuldades enfrentadas pelo enfermeiro, a problemática deste trabalho é a baixa procura de mulheres por serviços de saúde para realizar o rastreamento com o exame preventivo. Objetivo: Analisar as produções científicas publicadas no Brasil sobre o conhecimento de mulheres acerca do PCCU. Método: Revisão integrativa da literatura. Para a construção do estudo, buscaram-se publicações científicas indexadas na base de dados LILACS, MEDLINE e BDENF. Os critérios de inclusão definidos para a seleção dos documentos foram artigos originais, nos idiomas português e inglês, disponíveis na íntegra, de acesso gratuito, publicados de 2017 a 2021. Resultados: Foram encontrados 71 artigos e, após serem aplicados os critérios de exclusão, apenas 14 artigos foram incluídos na amostra do estudo categorizados em três eixos temáticos: o primeiro apresenta o conhecimento sobre o PCCU, o segundo, os fatores relacionados à não adesão, e o terceiro, a cobertura para a realização do PCCU na prática da enfermagem. Conclusão: Os baixos níveis de informação e a má comunicação contribuem para a não adesão ao exame. Desse modo, para maximizar a adesão das pacientes, recomenda-se que a equipe de enfermagem modifique a abordagem sobre a realização dos exames preventivos.
Palavras-chave: Teste de Papanicolaou; Saúde da mulher; Revisão; Comportamentos Relacionados com a Saúde; Profissionais de Enfermagem.
ABSTRACT
Introduction: The Papanicolaou test allows the morphological analysis of the tissue to identify changes in isolated cells or in small groups. Given the difficulties faced by nurses, the low demand of women for health services to submit to screening preventive exams is a limitation of the study. Objective: To analyze scientific productions published in Brazil on women's knowledge about cervix cancer screening (CCS). Method: Integrative Literature Review. Scientific publications indexed at the LILACS, MEDLINE and BDENF databases were searched. The inclusion criteria were free, fully available original articles published in Portuguese and English published from 2017 to 2021. Results: 71 articles were found, and after the exclusion criteria were applied, only 14 articles remained categorized into three thematic axes, the first addresses women's knowledge about CCS; the second, factors related to non-adherence and the third, the challenges nursing professionals face regarding the coverage for CCS. Conclusion: Low levels of information and poor communication contribute to non-adherence. Therefore, to maximize patient adherence, nursing professionals should change the approach to CCS.
Key words: Papanicolaou Test; Wom’n's Health; Review; Health Behavior; Nurse Practitioners.
RESUMEN
Introducción: El examen preventivo del cáncer del cuello uterino (PCCU) permite el análisis morfológico del tejido del cérvix para identificar cambios en células aisladas o en pequeños grupos. Ante las dificultades que enfrentan las enfermeras, el problema de este trabajo es la baja demanda de las mujeres de los servicios de salud para realizar despistajes con exámenes preventivos. Objetivo: Analizar las producciones científicas publicadas en el Brasil sobre el conocimiento de las mujeres sobre el PCCU. Método: Revisión integradora de la literatura. Para construir el estudio se buscaron publicaciones científicas indexadas en las bases de datos LILACS, MEDLINE y BDENF. Los criterios de inclusión definidos para la selección de documentos fueron artículos originales, en portugués e inglés, disponibles en su totalidad, de acceso gratuito, publicados entre 2017 y 2021. Resultados: Se encontraron 71 artículos, y tras aplicar los criterios de exclusión, solamente 14 artículos fueron considerados en la muestra del estudio categorizados en tres ejes temáticos: el primero presenta el conocimiento sobre el PCCU; el segundo, los factores relacionados a la falta de compromiso; y el tercero, la cobertura para la realización del PCCU en la práctica de la enfermería. Conclusión: Los bajos niveles de información y la mala comunicación contribuyen al incumplimiento del examen. Por lo tanto, para maximizar el compromiso de la paciente, se recomienda cambios en la forma en que el equipo de enfermería realiza los exámenes preventivos.
Palabras clave: Prueba de Papanicolaou; La salud de la mujer; Revisión; Conductas Relacveradas con la Salud; Enfermeras Practicantes.
O câncer do colo do útero é o terceiro que mais afeta mulheres no Brasil, levando a uma alta taxa de mortalidade que, em geral, ocorre nas faixas etárias de 30 a 50 anos1. Um dos fatores determinantes para a sua incidência e seu risco elevado é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), grupo viral que reúne mais de 200 tipos do vírus, principalmente os subtipos HPV-16 e HPV-18, ocasionando 70% dos cânceres cervicais2.
A infecção pelo HPV pode acontecer diante do início precoce das relações sexuais, dos múltiplos parceiros sexuais e da não utilização do preservativo. Além destes, outros fatores podem potencializar o risco de infecção e contribuir para o surgimento de lesões precursoras do câncer3: tabagismo, dieta inadequada e uso de anticoncepcionais orais por longos períodos.
O exame preventivo do câncer do colo uterino (PCCU) é essencial para detecção precoce das lesões precursoras e é recomendado como prática regular para mulheres sexualmente ativas, especialmente aquelas com idades entre 25 e 64 anos4. Nessa faixa etária, a realização periódica do exame é prioritária em razão da alta incidência de lesões. Recomenda-se repetir o exame a cada três anos, após dois resultados normais consecutivos com intervalo de um ano. No entanto, diversos fatores sociais, econômicos e comportamentais podem afetar a adesão ao exame, comprometendo a prevenção e reduzindo as chances de sobrevivência quando a enfermidade é detectada em estádios avançados5.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferta a investigação citopatológica como parte da Atenção Primária à Saúde (APS) e das políticas de saúde da mulher, com o intuito de rastrear, detectar e tratar o câncer3.
As Unidades Básicas de Saúde (UBS) possuem um papel fundamental na luta contra o câncer do colo do útero, por meio das equipes multidisciplinares que buscam estratégias para reduzir as dificuldades de acesso aos exames pelas usuárias, realizando campanhas de esclarecimento em relação à enfermidade e maneiras de prevenção, assim como orientações às mulheres diagnosticadas com a doença, trazendo-lhes referências sobre os serviços de alta complexidade para tratamento adequado6.
A qualidade dos serviços prestados pelas UBS desempenha um papel crucial para a adesão das mulheres aos exames, especialmente quando as UBS trabalham em conjunto com a Estratégia Saúde da Família, pois os funcionários desse programa são próximos da população que atendem, o que permite conhecer seus clientes. Um exemplo dessa prática são os enfermeiros que, ao determinarem, por meio de procedimentos padrões, quais mulheres são aptas a fazer o exame, desenvolvem um importante papel. Tais profissionais também se esforçam para entrar em contato com aquelas que não comparecem ao exame, fornecendo assistência e informações relevantes7.
Na APS, o enfermeiro possui um protagonismo, sendo responsável por empreender ações educativas, estimulando a prevenção do câncer cervical. Portanto, tem a capacidade de analisar as dificuldades encontradas pelas mulheres para realizar o preventivo e, assim, busca intervir para sua realização, visto que o enfermeiro deve estabelecer um vínculo com a paciente para orientar e incentivar sobre medidas de prevenção e detecção precoce do câncer8.
Mediante as dificuldades enfrentadas pelo enfermeiro, como a baixa procura de mulheres aos serviços de saúde para realizar o rastreamento com o exame PCCU que, em Estados do Norte e Nordeste não alcançam estimativas maiores que 60% de adesão5, fez-se a seguinte pergunta norteadora: “Quais as evidências científicas acerca do conhecimento de mulheres sobre o exame PCCU?” Para responder a essa questão, o objetivo deste estudo é examinar as produções científicas a respeito do conhecimento de mulheres acerca do PCCU. Tal objetivo foi alcançado por meio da estratégia PICO de análise de achados científicos.
O PCCU é um exame importante na detecção precoce de alterações nas células cervicais que podem levar ao câncer do colo do útero. O entendimento das mulheres sobre a importância do exame contribui para a prevenção e para o diagnóstico precoce da doença. Dialogar sobre o PCCU ajuda a promover a saúde feminina e conscientizar as mulheres sobre a necessidade de cuidar de sua saúde reprodutiva, o que contribui para uma abordagem proativa em relação à prevenção de doenças.
Dessa forma, este estudo se faz necessário para organizar o que a literatura recente menciona sobre o conhecimento das mulheres acerca do PCCU, bem como para apresentar as possíveis falhas existentes no atendimento e rastreio das mulheres para a realização do PCCU, além de destacar os motivos que afastam as mulheres da realização regular do exame.
A direção deste estudo sucedeu às condições de uma revisão integrativa da literatura, método utilizado para resumir achados obtidos na investigação de modo sistemático, ordenado e abrangente que envolve as seguintes etapas: elaboração da pergunta norteadora, busca ou amostragem na literatura, coleta de dados, análise crítica dos estudos incluídos, discussão dos resultados e apresentação da revisão9.
Após a definição do tema e da elaboração da pergunta norteadora, buscaram-se publicações científicas indexadas no banco de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) e Base de Dados de Enfermagem (BDENF), com o auxílio dos seguintes Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) em português e seus congêneres em inglês: exame papanicolaou/pap smear; saúde da mulher/women's health; conhecimento/knowledge; adesão/accession; enfermagem/nursing, com a associação entre eles por meio do operador booleano “AND”, garantindo uma pesquisa detalhada dos documentos.
Os requisitos de inclusão determinados para a escolha dos documentos foram: artigos originais, nos idiomas português e inglês, disponíveis na íntegra, de acesso gratuito, divulgados nos anos 2017 a 2021. Os critérios de exclusão foram relatos de experiência, revisões integrativas da literatura, estudos de cunho bibliográfico, como dissertações e teses.
Para determinar o conhecimento dos artigos selecionados, utilizou-se um dispositivo de recolhimento de dados autentificado anteriomente e ajustado da Ursi10 e incluíram-se os seguintes elementos: nome dos autores, título do artigo, ano de publicação, local de realização do estudo, título do periódico, objetivo, método e síntese dos resultados.
A fim de apresentar a amostra nas bases de dados e garantir a representatividade dos artigos, foram utilizados em sequência os elemetos em fases distintas, seguindo a sugestão PRISMA, detalhando o processo de procura e síntese11,12.
O estudo análitico teve início com a categorização, ordenação e sumarização dos resultados. Essa organização ocorreu com o uso do software Microsoft Office Excel 2019, para criar tabelas e destacar as questões relevantes, levando em consideração o instrumento validado pela Ursi10. Essa fase exigiu uma abordagem sistemática para avaliar a qualidade e as características dos estudos. Após compreensão e apanhado dos resultados, os dados foram analisados e discutidos com base na literatura científica.
No que diz respeito aos aspectos éticos, foram respeitadas as ideias e os conceitos originais dos autores pesquisados, conforme as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Como este estudo é de natureza bibliográfica e não envolve diretamente seres humanos ou animais, não foi preciso submetê-lo ao Comitê de Ética em Pesquisa (CEP), conforme estabelecido pela Resolução nº. 466/1213 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) sobre pesquisa envolvendo seres humanos, além de respeitar a Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº. 510/1614.
RESULTADOS
A Tabela 1 apresenta o número de artigos identificados conforme a associação dos descritores utilizados nas bases de dados.
Tabela 1. Apresentação do quantitativo de artigos conforme a busca na base de dados
Base de dados |
Combinação de descritores utilizando o operador ‘AND’ |
Referências obtidas |
Referências selecionadas |
MEDLINE |
Exame Papanicolau/ Pap smear AND Saúde da mulher/ women's health; AND Enfermagem/ nursing |
17 |
5 |
Exame Papanicolau/ Pap smear AND Conhecimento/ knowledge AND Enfermagem/ nursing |
6 |
1 |
|
Exame Papanicolau/ Pap smear AND Adesão/ Accession; AND Enfermagem/ nursing |
10 |
2 |
|
|
|
|
|
LILACS |
Exame Papanicolau/ Pap smear AND Saúde da mulher/ women's health; AND Enfermagem/ nursing |
8 |
2 |
Exame Papanicolau/ Pap smear AND Conhecimento/ knowledge AND Enfermagem/ nursing |
10 |
1 |
|
Exame Papanicolau/ Pap smear AND Adesão/ Accession; AND Enfermagem/ nursing |
12 |
1 |
|
|
|
|
|
BDENF |
Exame Papanicolau/ Pap smear AND Saúde da mulher/ women's health; AND Enfermagem/ nursing |
5 |
1 |
Exame Papanicolau/ Pap smear AND Conhecimento/ knowledge AND Enfermagem/ nursing |
3 |
1 |
|
Exame Papanicolau/ Pap smear AND Adesão/ Accession; AND Enfermagem/ nursing |
0 |
0 |
|
Total |
71 |
14 |
A Figura 1 demonstra o fluxograma no qual foram evidenciados 71 documentos, dos quais 18 foram excluídos por serem revisão da literatura; 18 relatos de experiência e resumos; e nove dissertações e teses. Assim, restaram 26 estudos para a leitura e seleção daqueles que atenderam ao objetivo desta pesquisa, permanecendo 14 materiais para compor esses resultados após a eliminação dos artigos repetidos.
Figura 1. Fluxograma PRISMA – processo de seleção dos estudos
Fonte: Adaptado de PRISMA11.
O Quadro 1, adaptado do modelo Ursi10, apresenta a descrição dos artigos que foram selecionados na pesquisa, constando as seguintes informações: autor(es) e ano de publicação, título, nome da revista, objetivo e tipo de estudo.
Quadro 1. Descrição dos artigos incluídos para análise e discussão
Título |
Autor/Ano |
Revista |
Tipo de estudo |
Objetivos |
Amostra |
País |
Resultados |
Percepção de mulheres acerca do exame de prevenção do câncer cérvico uterino |
Queiroz et al., 201715 |
Temas em saúde |
Descritivo |
Investigar a percepção de mulheres em relação ao exame de detecção do câncer cérvico-uterino |
20 mulheres |
Brasil |
A investigação apontou que as sujeitas percebem o exame de prevenção sob uma ótica curativa, já que a maioria procura o serviço mediante alguma sintomatologia; a vergonha e o medo são os principais sentimentos verbalizados quanto ao exame. Esses fatores podem contribuir para a não adesão ao citopatológico |
Vivenciando o exame Papanicolau: entre o (não) querer e o fazer |
Acosta et al., 201716 |
Revista de enfermagem UFPE online |
Descritivo |
Analisar a visão das usuárias de uma unidade de saúde familiar sobre o exame de prevenção do câncer do colo do útero |
22 mulheres |
Brasil |
A percepção sobre o exame citopatológico é permeada pelo desconhecimento acerca de sua finalidade. Dessa forma, inúmeros são os motivos que as levam a realizá-lo, apresentando baixo foco na prevenção da doença. A vergonha, o medo de sentir dor durante a coleta do exame e o medo do diagnóstico acabam interferindo na sua adesão |
Conhecimento das mulheres e fatores da não adesão acerca do exame Papanicolau |
Dantas et al., 201817 |
Revista de enfermagem UFPE online |
Descritivo |
Verificar o nível de conhecimento das mulheres sobre o procedimento de Papanicolau |
40 mulheres |
Brasil |
Após a análise de 99 questionários respondidos, ficou evidente um nível de conhecimento melhor sobre o exame de Papanicolau das residentes do bairro com melhores condições socioeconômicas e das mulheres mais jovens. Ficou evidente que muitas fazem esse exame sem saber o devido objetivo desse procedimento |
Percepção e adesão das mulheres quanto ao exame citopatológico |
Miranda et al., 201818 |
Revista Nursing |
Descritivo |
Compreender como as mulheres percebem e aderem ao exame citopatológico |
50 mulheres |
Brasil |
Foi evidenciado que a maioria (46%) tem 40 ou mais anos de idade. Quando analisada a variável “realizam o exame anualmente”, 88% responderam sim. Foi observado que a maioria das mulheres entendeu a importância da promoção e prevenção do câncer do colo do útero |
Câncer cérvico-uterino: conhecimento, atitude e prática sobre o exame de prevenção |
Melo et al., 201919 |
Revista Brasileira de Enfermagem |
Descritivo |
Avaliar o conhecimento, atitude e prática das mulheres em relação ao exame de prevenção do câncer cérvico-uterino e investigar a relação desses aspectos com variáveis sociodemográficas |
500 mulheres |
Brasil |
A prevalência de conhecimento, atitude e prática adequados foi de 35,2%, 98% e 70,6%, respectivamente. O conhecimento adequado foi associado a não ter filhos, ter renda familiar de dois salários mínimos e religião espírita/afro-brasileira |
Preditores da não adesão periódica ao exame Papanicolau |
Santos et al., 202020 |
Journal of health connections |
Descritivo |
Identificar os obstáculos que dificultam a adesão regular ao exame de Papanicolau |
150 mulheres |
Brasil |
Diversos fatores foram identificados como preditivos à não adesão do Teste de Papanicolau: baixa renda, escolaridade, faixa etária, falta de conhecimento sobre o teste, não possuir companheiro, uso de tabaco, álcool e outras drogas, entre outros |
Conhecimento e prática de mulheres atendidas na atenção primária à saúde sobre o exame Papanicolaou |
Silva et al., 202121 |
Revista on-line de pesquisa |
Descritivo |
Avaliar o conhecimento e a prática das mulheres atendidas em Unidades Básicas de Saúde em relação ao exame de Papanicolau |
320 mulheres |
Brasil |
Apesar de quase totalidade das mulheres entrevistadas terem ouvido falar do exame Papanicolau, 311 (97,2%), mais da metade delas, apresentaram um conhecimento inadequado 233 (72,8%) |
Exame Papanicolau: olhar de usuárias de uma unidade de saúde da família frente à temática |
Saldanha et al., 202122 |
Brazilian Journal of Health Review |
Descritivo |
Investigar a percepção das mulheres sobre os diferentes aspectos envolvidos no exame de prevenção do câncer do colo do útero |
13 mulheres |
Brasil |
Foram sujeitos da pesquisa 13 usuárias atendidas por essa estratégia, na qual todas participaram de forma efetiva de uma entrevista semiestruturada. A análise compreensiva desvelou que por ser um exame que envolve a sexualidade e a exposição do corpo das mulheres, os sentimentos de vergonha, medo, nervosismo e ansiedade se tornam os mais predominantes |
O respectivo quadro evidencia que todos os estudos são do tipo descritivo e totalizaram uma amostra de 1.963 pacientes entrevistadas e nove enfermeiros consultados para descobrir o conhecimento e a adesão ao PCCU e descrever as barreiras enfrentadas na cobertura das mulheres sobre esse exame.
Em relação aos elementos associados à não adesão, os estudos descrevem quatro principais motivos: dificuldade de acesso ao exame, falta de informação sobre o PCCU, constrangimento/vergonha e demora no recebimento dos resultados (Quadro 2).
Quadro 2. Fatores de não adesão ao PCCU segundo os estudos selecionados
Fatores de não adesão |
Referência |
Queixas |
Dificuldade de acesso |
Silva, M. et al., 2022 Nascimentos et al., 2022 Silva et al., 2021 Saldanha et al., 2021 |
Demora no agendamento; falta de materiais ou profissionais para realizar o exame; falta de tempo para realizar o exame
|
Falta de informação |
Maciel et al., 2021 Dias et al., 2021 Queiroz et al., 2017 Acosta et al., 2017
|
Não entendimento sobre a importância do PCCU; não conhecimento sobre o procedimento do exame |
Vergonha/constrangimento |
Lopes et al., 2021 Teixeira et al., 2021 Queiroz et al., 2017 Acosta et al., 2017
|
Insegurança e medo sobre a realização do exame |
Demora no recebimento dos resultados |
Melo et al., 2019 Santos et al., 2020 Dantas et al., 2018 Miranda et al., 2018 |
Desestímulo em retornar às consultas e realizar o PCCU com regularidade |
Legenda: PCCU = exame preventivo do câncer do colo uterino.
Diante da relevância do PCCU, o profissional de enfermagem enfrenta desafios na cobertura das pacientes. A esse respeito, os estudos eleitos para esses resultados apresentaram dificuldades relacionadas ao PCCU, as quais puderam ser organizadas em três principais barreiras: relacionadas à enfermagem, ao sistema de saúde e às pacientes (Quadro 3).
Quadro 3. Barreiras enfrentadas pelo enfermeiro na cobertura da mulher em relação ao PCCU
Tema |
Barreira |
Referência |
Barreiras relacionadas à enfermagem |
1. Falta de pessoal 2. Falta de treinamento 3. Falta de apoio da equipe |
Melo et al., 2019 Santos et al., 2020 Dantas et al., 2018 |
Barreiras relacionadas ao sistema de saúde |
1. Disponibilidade dos serviços 2. Falta de insumos/ equipamentos 3. Tempo de espera da paciente |
Miranda et al., 2018 Lopes et al., 2021 Silva, M. et al., 2022 Nascimentos et al., 2022 Silva et al., 2021 Saldanha et al., 2021
|
Barreiras relacionadas às pacientes |
1. Medo 2. Falta de conhecimento sobre o procedimento 3. Não realização das práticas pré-exame
|
Teixeira et al., 2021 Queiroz et al., 2017 Acosta et al., 2017 Maciel et al., 2021 Dias et al., 2021 |
Os 14 estudos selecionados foram agrupados em três categorias, sendo que a primeira delas apresenta o conhecimento das mulheres sobre o exame PCCU; a segunda aborda os fatores relacionados à não adesão; e a terceira apresenta os desafios dos profissionais de enfermagem na cobertura dessas mulheres com relação ao PCCU.
DISCUSSÃO
CONHECIMENTO DAS MULHERES SOBRE O EXAME PCCU
No que se refere ao conhecimento e à percepção das mulheres sobre PCCU, a literatura apresenta que a maioria das entrevistadas nos estudos afirmou conhecer o exame. Apesar disso, grande parte delas não sabia a definição de câncer do colo do útero e, quando questionadas sobre a relevância do exame, a maioria dos estudos revelou que as mulheres desconheciam a importância e a finalidade desse exame17,20, 24.
Existe também uma relação entre nível de escolaridade e conhecimento sobre o PCCU, pois as mulheres com menor escolaridade e baixa renda possuem menos conhecimento sobre o tema e seus fatores de risco, tornando-as mais suscetíveis à doença24.
Portanto, é necessária a realização de projetos informativos e educacionais que garantam o acesso às informações equitativas, de maneira a atingir todos os níveis de escolaridade, a fim de garantir a disseminação e a compreensão dessas informações. Entretanto, é indispensável que os profissionais de saúde façam parte desses projetos munidos dos seus conhecimentos para transformar as atitudes e os comportamentos das mulheres19,20.
A ênfase na inclusão de todos os níveis de escolaridade é fundamental para alcançar uma audiência ampla e diversificada. Além disso, a menção à necessidade de envolvimento dos profissionais de saúde é crucial. A participação desses profissionais não apenas assegura a precisão e a confiabilidade das informações transmitidas, mas também pode desempenhar um papel fundamental para a transformação de atitudes e comportamentos das mulheres em relação ao cuidado com sua saúde.
Desse modo, pode-se constatar que a falta de conhecimento sobre o PCCU é um dos fatores mais marcantes para a não adesão ao exame. Muitas mulheres não estão cientes da natureza evitável do câncer do colo do útero; do papel da triagem; da necessidade de repetir esfregaços cervicais, bem como da frequência dos testes e demonstram preocupações em relação ao procedimento de esfregaço cervical, como constrangimento, desconforto e violação da privacidade27.
A integração de conhecimentos em saúde nos projetos educacionais não apenas capacita as mulheres com informações precisas, mas também fortalece a confiança nas práticas preventivas. A abordagem integrada proposta, que inclui educação, acessibilidade e a expertise dos profissionais de saúde, é essencial para enfrentar desafios e promover uma mudança positiva na saúde feminina.
As divergências e concordâncias refletem a complexidade das atitudes em relação ao PCCU e destacam a importância de abordagens culturalmente sensíveis, educativas e acessíveis para promover a participação e conscientização. Muitas mulheres concordam que o PCCU faz parte do autocuidado e do empoderamento feminino e compreendem que participar regularmente do exame é uma maneira de assumir o controle da própria saúde e prevenir potenciais problemas16,18,19,20,21.
FATORES RELACIONADOS A NÃO ADESÃO AO EXAME PCCU
Sobre os motivos relacionados à não adesão ao PCCU, o estudo realizado por Maciel25, com alunas de uma determinada escola pública, evidencia que uma porcentagem significativa das entrevistadas tem vidas sexuais ativas (76,1%), no entanto, 92,6% afirmaram nunca ter realizado o PCCU. As pesquisas indicam que, após a campanha educativa, houve um entendimento de que o nível de conhecimento das pesquisadas sobre a prática do exame de Papanicolaou não é disseminado entre as mulheres.
Nesse sentido, evidencia-se que algumas mulheres apenas buscam atendimentos clínicos de prevenção em caso de adversidades ginecológicas incômodas para o fim curativo, mas não com o intuito preventivo, tornando visível a falta de conhecimento das mulheres sobre as ações preventivas. Assim, fica evidente os poucos atos de promoção e prevenção, resultando no diagnóstico tardio da doença, de modo a agravá-la pela falta de esclarecimentos sobre a importância do exame PCCU15.
Essas atribuições estão associadas à distância da clínica e à imprevisibilidade; limitação do transporte público, dificuldade de folga no trabalho/estudo, falta de disponibilidade do exame nas unidades de saúde próximas às entrevistas e falta de equipamentos e profissionais também foram pontuadas com a dificuldade no acesso16,20,25.
A falta de comunicação centrada na paciente foi identificada como um problema nos sistemas de APS. Os efeitos disso na triagem cervical são vistos em termos de aceitabilidade reduzida dos serviços e baixa adesão ao processo de triagem. As mulheres podem não entender a necessidade de triagem, o significado de resultados anormais ou as expectativas de acompanhamento. As pacientes precisam saber especificamente por qual motivo devem realizar o rastreamento, quando começar o rastreamento, com que frequência o fazem, quais os riscos para quem não adere e o que os resultados anormais significam18,21,22.
Além disso, as deficiências no rastreamento do câncer do colo do útero são ilustrativas das fragilidades do sistema de APS como um todo em termos de apoio ao acesso, continuidade do cuidado, coordenação do cuidado e integralidade23,28.
Os profissionais de saúde também precisam estar atentos aos mitos e preocupações, por mais triviais que possam parecer, e agir de maneira mais centrada com a paciente, explicar os procedimentos e seu significado específico, adotar uma atitude que incentive as mulheres a fazerem perguntas e manterem um bom relacionamento. Isso se faz necessário para melhorar a utilização dos serviços17,19,25.
Em muitos serviços de saúde brasileiros, o abastecimento de material é controverso. A consequência disso são longas filas, o que desestimula a participação das mulheres no controle do PCCU20,22.
Nesse contexto, programas educacionais devem ser estabelecidos e fortalecidos, assim como as ações preventivas de incentivo ao PCCU, buscando reduzir os indicadores de mortalidade da doença para alcançar índices satisfatórios de qualidade de vida25.
DESAFIOS DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NA COBERTURA DESSAS MULHERES COM RELAÇÃO AO PCCU
Achados do Programa de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Primária à Saúde (PMAQ-AB) apontaram uma cobertura abrangente para toda a Rede Básica de Saúde do país (93,3%). No entanto, o percentual na Região Norte foi de 74%27. A não realização do exame de triagem pode estar relacionada a questões pessoais, como medo e vergonha, mas o desconhecimento sobre a importância do exame e a falta de vontade de realizá-lo têm contribuído para a não realização19.
O sentimento de medo e vergonha ao realizar o exame Papanicolaou, em razão da posição de litotomia, relatado pelas ribeirinhas na pesquisa, é recorrente em diversos outros estudos. Medo do resultado positivo, ausência de sintomas, baixa escolaridade, renda e falta de tempo também foram obstáculos importantes para a procura pelos serviços de saúde20.
Embora a escolaridade, renda, valores morais e afetivos também interfiram na percepção de risco e nas práticas preventivas, a organização dos cuidados de saúde e as ações dos profissionais de saúde são aspectos significativos para a obtenção de resultados satisfatórios28.
Dessa forma, os desafios para a cobertura das mulheres em relação ao PCCU podem ser percebidos em três principais barreiras: relacionadas à enfermagem; ao SUS e às pacientes23.
Dificuldades de acesso à unidade de saúde, negligência dos profissionais no atendimento humanizado, falta de orientações e informações oferecidas a essas mulheres sobre o câncer e a importância do PCCU estão intimamente associadas à não execução do exame Papanicolaou24.
A falta de treinamento da equipe de enfermagem em relação ao acolhimento humanizado das mulheres se destaca como uma das principais barreiras enfrentadas para a adesão eficaz ao PCCU. Condutas pouco empáticas e repasse inadequado de informações podem afastar as mulheres da realização do exame20.
Acolher é uma prática que consiste em atender, de maneira inclusiva e justa, àqueles que buscam serviços de saúde, com o objetivo de promover a integralidade e equidade no atendimento. Essa abordagem enfatiza a importância da humanização dos serviços de saúde, baseada em princípios éticos e cidadania, facilitando a comunicação e o compartilhamento de informações pelos profissionais de saúde26.
O acolhimento adequado só pode ser realizado se houver organização nos serviços de saúde, para que os profissionais consigam estabelecer uma conexão com a paciente e entregar respostas positivas às suas inseguranças. Desse modo, o acolhimento exige uma mobilização dos sujeitos envolvidos no atendimento, evidenciando o preparo da instituição, bem como a ética profissional. Além disso, a falta de profissionais para o atendimento das mulheres é empecilho nas práticas educativas, uma vez que essa escassez de membros na equipe de enfermagem pode gerar sobrecarga de atendimento para os profissionais disponíveis21,28.
Os obstáculos referentes às pacientes se concentram, principalmente, na falta de conhecimento sobre o exame e sobre o seu método de execução e estimulam crenças errôneas sobre o PCCU25.
No que diz respeito às barreiras relacionadas ao sistema de saúde, pode-se destacar a demora nos atendimentos, como um fator desestimulador a pacientes. Além disso, a escassez de equipamentos adequados é um impeditivo para a realização do exame, restringindo o acesso das pacientes23,24.
Por fim, as precariedades da estrutura e do ambiente das unidades de saúde para a realização do exame Papanicolaou estão associadas ao tempo limitado para agendamento do exame, pouca flexibilidade no agendamento de consultas, demora na entrega de resultados e barreiras de acesso a serviços18.
Todos esses aspectos requerem aprimoramento no planejamento das atividades de prevenção do câncer do colo do útero na Região Norte. Gestores e profissionais de saúde precisam desenvolver estratégias para minimizar os impactos gerados pelos motivos que impedem a realização do exame Papanicolaou e as condições desfavoráveis de disponibilidade e acesso aos serviços de saúde em áreas rurais16.
O presente estudo investigou o conhecimento das mulheres sobre o exame Papanicolaou e apresentou as razões pelas quais algumas mulheres não realizam com regularidade o PCCU, destacando os desafios da equipe de enfermagem na cobertura dessas mulheres.
Os baixos níveis de informação e a má comunicação contribuem para a não adesão ao exame. Isso destaca que, para maximizar a adesão das pacientes, serão necessárias mudanças na maneira como a equipe de enfermagem aborda os cuidados de saúde, para que o profissional da saúde incentive as mulheres fornecendo as devidas informações acerca dos exames de Papanicolaou e desmistifique possíveis medos a respeito dele, uma vez que a maioria das mulheres sente medo ou se sente constrangida por causa da falta de orientação.
O desconhecimento das mulheres sobre a finalidade e as indicações do PCCU sugerem que a informação deve ser fornecida no nível primário de saúde, especialmente porque as mulheres que têm mais preconceitos podem ser aquelas com menor escolaridade e pouco acesso a informações confiáveis.
Percebeu-se como limitação que alguns estudos tiveram limitações metodológicas que poderiam afetar a validade e a generalização dos resultados. Observou-se também que as opiniões sobre o PCCU podem variar significativamente de acordo com o contexto cultural, econômico e geográfico. Uma revisão da literatura pode não capturar completamente essa diversidade.
Por fim, é necessária a qualificação do profissional para a atuação no programa de rastreamento do PCCU com a finalidade de garantir a qualidade do exame e dos resultados. Destaca-se também a relevância da educação em saúde das mulheres para esclarecer as possíveis dúvidas sobre a doença e alertar a importância do rastreio das mulheres para fazer o PCCU.
CONTRIBUIÇÕES
Cleudiane Fialho Negrão, Nayara Silveira Gemaque e Tatiane da Silva Marques contribuíram substancialmente na concepção e/ou no planejamento do estudo; na obtenção, análise e/ou interpretação dos dados; na redação e/ou revisão crítica. Danielle Etienne de Oliveira Bezerra contribuiu na redação e revisão crítica com contribuição intelectual. Todas as autoras aprovaram a versão final a ser publicada.
DECLARAÇÃO DE CONFLITO DE INTERESSES
Nada a declarar.
FONTES DE FINANCIAMENTO
Não há.
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Recebido em 6/9/2023
Aprovado em 31/1/2024
Editor-associado: Fernando Lopes Tavares de Lima. Orcid iD: https://orcid.org/0000-0002-8618-7608
Editora-científica: Anke Bergmann. Orcid iD: https://orcid.org/0000-0002-1972-8777
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