REVISÃO DE LITERATURA

 

 

Estratégias para Prevenção do Seroma em Pacientes Submetidos ao Tratamento Cirúrgico do Câncer de Mama: Revisão Sistemática da Literatura

Strategies for Preventing Seroma in Patients Undergoing Breast Cancer Surgical Treatment: Systematic Literature Review

Estrategias para la Prevención del Seroma en Pacientes Sometidas a Tratamiento Quirúrgico por Cáncer de Mama: Revisión Sistemática de la Literatura

 

 

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2024v70n2.4616

 

Danielle Vieira de Assis dos Santos1; Erica Alves Nogueira Fabro2; Rejane Medeiros Costa3; Raphaela Nunes de Lucena4; Marilucia Alves da Venda5; Daniele Medeiros Torres6

 

1,5Hospital Central do Exército. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. E-mails: fisio.daniellevieira@gmail.com; mari.alergiahce@gmail.com. Orcid iD: https://orcid.org/0000-0001-6026-3150; Orcid iD: https://orcid.org/0000-0003-3433-7405

2,3,4,6Instituto Nacional de Câncer (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil. E-mails: ericanfabro@gmail.com; rmcosta2@gmail.com; raphalucenaa@gmail.com; danieletorres_@hotmail.com. Orcid iD: https://orcid.org/0000-0003-0959-7678; Orcid iD: https://orcid.org/0000-0002-8195-955X; Orcid iD: https://orcid.org/0000-0003-0093-7453;

Orcid iD: https://orcid.org/0000-0002-8306-6923

 

Endereço para correspondência: Danielle Vieira de Assis dos Santos. Rua Francisco Manuel, 126 – Benfica. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. CEP 20911-270. E-mail: fisio.daniellevieira@gmail.com

 

 

RESUMO

Introdução: O seroma é a complicação cicatricial mais incidente no pós-operatório do câncer de mama que impacta a qualidade de vida dos pacientes, podendo levar à necessidade de punções repetidas, novos procedimentos cirúrgicos e a atrasos no tratamento adjuvante. Objetivo: Revisão sistemática da literatura científica sobre os procedimentos utilizados para prevenção do seroma em pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico do câncer de mama, abordando suas vantagens e desvantagens. Método: Utilizou-se o método da Colaboração Cochrane, sendo incluídos artigos de ensaios clínicos e estudos observacionais. Para identificar estudos relevantes, pesquisaram-se as seguintes bases de dados: MEDLINE via PubMed, PEDro, Cochrane Library e LILACS. A busca foi realizada nos períodos de outubro de 2022 a janeiro de 2023. A qualidade metodológica dos ensaios clínicos foi avaliada pela escala PEDro e a dos estudos observacionais, pela escala de Newcastle-Ottawa. Resultados: Foram identificados 405 artigos e, após avaliação, incluídos 24 para serem analisados. Existem várias abordagens que poderiam minimizar a incidência de seroma, como o uso de dreno, obliteração do espaço morto, os instrumentos utilizados para a dissecação tecidual e as técnicas que poderiam controlar o processo inflamatório. Conclusão: As estratégias de prevenção do seroma utilizadas nos estudos incluídos minimizaram sua incidência, com exceção do talco e do iodo, entretanto, os estudos que tiveram como objetivo a obliteração do espaço morto, seja com sutura quilting ou selante, mostraram resultados estatísticos mais significantes, sugerindo serem promissores para a prevenção do seroma.

Palavras-chave: Neoplasias da Mama/cirurgia; Seroma/prevenção & controle; Revisão.

 

 

ABSTRACT

Introduction: Seroma is the most common scar complication in the postoperative period of breast cancer, which impacts patients' quality of life and can lead to repeated punctures, new surgical procedures and delays in adjuvant treatment. Objective: Systematic review of the scientific literature on the procedures used to prevent seroma in patients undergoing surgical treatment for breast cancer, addressing their advantages and disadvantages. Method: Cochrane Collaboration-based methodology, including articles from clinical trials and observational studies. To identify relevant studies, the following databases were searched: MEDLINE via PubMed, PEDro, Cochrane Library and LILACS. The search was carried out from October 2022 to January 2023. The methodological quality of clinical trials was assessed using the PEDro scale and the Newcastle-Ottawa scale for observational studies. Results: 405 articles were identified and, after evaluation, 24 articles were included for analysis. There are several approaches that could minimize the incidence of seroma, as the use of a drain, obliteration of dead space, instruments used for tissue dissection and techniques that could control the inflammatory process. Conclusion: The seroma prevention strategies used in the studies minimized the incidence of seroma, with the exception of talc and iodine, however, the studies that focused on the obliteration of dead space, whether with quilting suture or sealant, showed more significant statistical results, suggesting that they are promising for seroma prevention.

Key words: Breast Neoplasms/surgery; Seroma/prevention & control; Review.

 

 

RESUMEN

Introducción: El seroma es la complicación cicatricial más común en el posoperatorio del cáncer de mama, lo que impacta la calidad de vida de las pacientes y puede llevar a la necesidad de repetidas punciones, nuevos procedimientos quirúrgicos y retrasos en el tratamiento adyuvante. Objetivo: Revisión sistemática de la literatura científica sobre los procedimientos utilizados para prevenir el seroma en pacientes sometidas a tratamiento quirúrgico por cáncer de mama, abordando sus ventajas y desventajas. Método: Se basó en la Colaboración Cochrane, incluyendo artículos de ensayos clínicos y estudios observacionales. Para identificar estudios relevantes, se realizaron búsquedas en las siguientes bases de datos: MEDLINE vía PubMed, PEDro, Cochrane Library y LILACS. La búsqueda se realizó desde octubre de 2022 hasta enero de 2023. La calidad metodológica de los ensayos clínicos se evaluó mediante la escala PEDro y la de los estudios observacionales, mediante la escala Newcastle-Ottawa. Resultados: Se identificaron 405 artículos y, luego de la evaluación, se incluyeron para el análisis 24 artículos. Existen varios enfoques que podrían minimizar la incidencia del seroma, como el uso de un drenaje, la obliteración del espacio muerto, instrumentos utilizados para la disección de tejidos y técnicas que podrían controlar el proceso inflamatorio. Conclusión: Las estrategias de prevención del seroma utilizadas en los estudios incluidos minimizaron la incidencia de este, con excepción del talco y yodo, sin embargo, los estudios que se centraron en la obliteración del espacio muerto, ya sea con sutura quilting o sellador, mostraron resultados estadísticos más significativos, lo que sugiere que son prometedores para la prevención del seroma.

Palabras clave: Neoplasias de la Mama/cirugía; Seroma/prevención & control; Revisión.

 

INTRODUÇÃO

O câncer de mama é a neoplasia mais incidente no gênero feminino, excluindo os tumores de pele não melanoma, e uma das principais causas de morte entre as mulheres no mundo1,2. No Brasil, estima-se, para cada ano do triênio de 2023-2025, 73.610 novos casos de câncer de mama3. A cirurgia ainda é o principal tratamento com potencial curativo4, que pode envolver uma ressecção com conservação da mama ou mastectomia5, trazendo complicações pós-operatórias como o seroma6.

 

O seroma, definido como acúmulo anormal de líquido seroso que se desenvolve sob retalhos de pele, é uma das complicações mais frequentes após a cirurgia para câncer de mama, ocorrendo em até 96% dos pacientes7. Essa complicação pode impactar na qualidade de vida do paciente, levando à necessidade de punções repetidas, novos procedimentos e atrasos no tratamento adjuvante8,9. Portanto, é evidente a importância da sua prevenção.

 

Embora exista uma variedade de técnicas descritas para reduzir a formação de seroma, a colocação do dreno no intraoperatório é considerada o padrão ouro para evitar essa complicação10. No entanto, isso pode causar dor, aumento do tempo de internação ou redução da qualidade de vida dos pacientes11.

 

Com base nessas considerações, o presente estudo visa revisar a literatura científica acerca dos procedimentos utilizados para prevenção do seroma em pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico do câncer de mama, abordando suas vantagens e desvantagens.

 

MÉTODO

Revisão sistemática baseada na metodologia proposta pela Colaboração Cochrane, submetida na base de registro PROSPERO12 (International Prospective Register of Systematic Reviews), sob o número CRD42024506834.

 

Esta revisão sistemática foi conduzida de acordo com a estratégia PICO. P: pacientes (homens e/ou mulheres) com câncer de mama submetidos à cirurgia; I: estratégias para prevenção do seroma; C: comparação entre diferentes abordagens de prevenção; O: abordagens existentes para prevenção do seroma pós-operatório. A revisão iniciou-se com a formulação das questões norteadoras: “quais procedimentos para a prevenção de seroma são mais utilizados em pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico do câncer de mama?” e “quais são as vantagens e desvantagens associadas a esses procedimentos?”.

 

Para identificar estudos relevantes, pesquisou-se nas seguintes bases de dados: PubMed, Physiotherapy Evidence Database (PEDro), Cochrane Library e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS). O pesquisador principal foi responsável por realizar a busca e seleção dos artigos que foram incluídos na revisão, enquanto outros dois pesquisadores desempenharam o papel de verificar as decisões tomadas. Os casos de divergência entre os pesquisadores foram resolvidos pela avaliação de outro pesquisador. A busca foi realizada nos períodos de outubro de 2022 a janeiro de 2023.

 

As estratégias adotadas no PubMed foram por meio do Medical Subject Headings (MeSH), utilizando o descritor: seroma. Ao realizar a busca, foram selecionados os subtítulos: prevention and control, surgery and therapy, sendo restringida ao tópico principal do MeSH. Essa mesma estratégia foi usada na base de dados da Cochrane Libary, entretanto, foram selecionados apenas os subtítulos prevention & control, pois o subtítulo surgery and therapy não está disponível na base de dados da Cochrane Library. Nas bases de dados PEDro e LILACS, foram realizadas buscas simples, por não ser possível a busca pelo MesH, utilizando os descritores seroma e câncer de mama, aplicando o operador booleano AND.

 

Foram selecionados artigos que atendiam aos critérios de inclusão: ensaios clínicos e estudos de coorte em inglês ou português, publicados entre 2012 e 2022, abordando a prevenção do seroma no câncer de mama. Foram excluídos artigos com modelo animal, sobre tratamento de seroma, seroma em reconstruções e seroma refratário, bem como protocolos, estudos apenas sobre incidência e fatores associados, documentos não disponíveis integralmente, anais de congressos, cartas ao editor, trabalhos de conclusão de curso, revisões de literatura e ensaios clínicos com pontuação ≤ 6 na escala PEDro13.

 

Inicialmente foram avaliados os títulos e resumo, seguido pela leitura integral das publicações potencialmente elegíveis. As principais informações de cada artigo foram inseridas em uma planilha específica para extração de dados, que incluiu referência (autor e ano de publicação), tipo de estudo, tamanho da amostra, tipo de intervenção, tempo de acompanhamento, resultados e conclusões. Após a coleta de informações, a qualidade metodológica dos ensaios clínicos foi analisada usando a escala PEDro, composta por 11 critérios avaliativos. Cada critério satisfatoriamente atendido recebeu 1 ponto, exceto o primeiro item, totalizando 10 pontos13.

 

Para os estudos observacionais, foi utilizada a escala de Newcastle-Ottawa, que avalia três dimensões: seleção dos participantes, comparabilidade entre grupos e desfecho de interesse. Cada dimensão possui itens com opções de respostas, sendo atribuídas estrelas. A seleção dos participantes tem quatro itens, o desfecho tem três, podendo cada um receber uma estrela, enquanto a comparabilidade tem um item, podendo receber até duas estrelas. No entanto, a aplicação dessa escala não implicou em exclusão de artigo, pois é um instrumento desenvolvido para avaliar a qualidade metodológica14.

 

RESULTADOS

Foram identificados 405 artigos, dos quais 245 foram excluídos após a aplicação dos critérios de elegibilidade. Após uma análise minuciosa (Figura 115) e a avaliação qualitativa dos ensaios clínicos (Quadro 116-29), 24 artigos foram incluídos nesta revisão.

 

Figura 1. Fluxograma do processo de seleção dos artigos incluídos na revisão

Fonte: adaptado em PRISMA 202015.

 

 

Quadro 1. Avaliação da qualidade metodológica dos ensaios clínicos após a síntese dos artigos revisados

Autor

1*

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

Escore

Seenivasagam et al.16

S

S

S

S

S

N

N

S

S

S

S

8/10

de Rooij et al.17

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

9/10

Benevento et al.18

S

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

9/10

Kus et al.19

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

10/10

Baker e Piper20

S

N

N

S

N

N

N

S

S

S

N

5/10**

Vasileiadou et al.21

S

S

N

S

N

N

N

S

S

S

S

7/10

Pinero-Madrona et al.22

N

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

10/10

Boeer et al.23

N

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

9/10

Garza-Gangemi et al.24

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

9/10

Myint et al.25

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

10/10

Qvamme et al.26

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

S

10/10

Zhao et al.27

S

S

N

S

N

N

N

S

S

S

S

7/10

Yang et al.28

S

S

S

S

S

N

S

S

S

S

S

9/10

Khan29

S

S

N

S

N

N

N

S

S

S

S

7/10

Legendas: S = Sim; N= Não.

(*) Apesar de ser considerado na avaliação, não foi incluído na pontuação final dos estudos.

(**) Excluído porque a soma dos critérios atingiu pontuação ≤ 6.

 

Após a leitura na íntegra dos estudos observacionais incluídos nesta revisão, foi realizada a avaliação da qualidade metodológica. Todos os 11 artigos foram considerados de boa qualidade metodológica, pois obtiveram pontuações ≥ 7 (Quadro 230-40).

 

 

Quadro 2. Avaliação da qualidade metodológica dos estudos observacionais após a síntese dos artigos revisados

Autor

Seleção

Comparabilidade

Exposição

Escore

ten Wolde et al.30

 

*

*

*

**

*

*

*

8/9

Ouldamer et al.31

 

*

*

*

**

*

*

*

8/9

Mazouni et al.32

 

*

 

*

**

*

*

*

7/9

Selvendran et al.33

 

*

*

*

**

*

*

*

8/9

Kong et al.34

 

*

*

*

**

*

*

*

8/9

Van Bastelaar et al.35

 

*

*

*

**

*

*

*

8/9

Conversano et al.36

 

*

 

*

**

*

*

*

7/9

Van Bastelaar et al.37

 

*

*

*

**

*

*

*

8/9

Huang et al.38

 

*

 

*

**

*

*

*

7/9

Van Zeelst et al.39

 

*

*

*

**

*

*

*

8/9

Gambardella et al.40

 

*

*

*

**

*

*

*

8/9

 

Dos 24 artigos, cinco usaram selante, cinco aplicaram algum medicamento, sete empregaram suturas para fixação de retalho, dois usaram algum instrumento cirúrgico para dissecção tecidual, um estudou bloqueio do nervo paravertebral torácico e quatro compararam múltiplas abordagens (Tabela1).

 

Tabela 1. Síntese dos artigos revisados sobre técnicas preventivas do seroma

Autor

Tipo de estudo

Número de participantes

Técnica

Definição de seroma

Metodologia

Resultados

Seenivasagam et al.16

Ensaio clínico

150

Curativo padrão, curativo compressivo e sutura quilting

Palpação

Mulheres - MRM ou cirurgia conservadora

Seis grupos: três grupos principais, cada grupo com dois subgrupos (grupo I - controle - curativo padrão; grupo II - curativo compressivo externo; grupo III - sutura quilting)

Subgrupos A – remoção do dreno após 7 dias

Subgrupos B - remoção do dreno após débito de 20 -30 ml/24h

Incidência de seroma: significantemente menor nos grupos III e II (p = 0,003/p = 0,58). Retirada do dreno: aumentou a incidência de seroma no subgrupo A (28,4%) em comparação ao subgrupo B (21,3%) (p = 0,34)

Produção diária e cumulativa do dreno: reduzida no grupo III

Tempo de drenagem: diminuiu significantemente nos grupos III e II (p = 0,001/p = 0,03)

Complicações da ferida: mais frequentes no grupo II (34% vs. 31,3%; p = 0,27)

ten Wolde et al.30

Coorte

176

Sutura quilting

Aspiração

Pacientes - MA e/ou LA

Dois grupos: sutura convencional e sutura quilting

Grupo quilting: menor incidência de seroma (80,5% vs. 22,5%; p < 0,001), menor número médio de aspirações (4,86±4,28 vs. 2,40±1,98; p = 0,015) e menor volume médio aspirado (1660,90±2322,97 vs. 611,25±754,43; p = 0,050)

ISC: Significantemente menor na coorte de sutura quilting (31,0% vs. 11,2%; p = 0,001)

Mazouni et al.32

Coorte

82

Sutura quilting

Aspiração

Mulheres - MA, com ou sem LA

Dois grupos: sutura convencional e sutura quilting

Remoção do dreno: < 50 ml/24h

Incidência de seroma: Menor no grupo quilting (34,1% vs. 58,5%, p = 0,03), mas sem significância estatística para o número médio de aspirações necessárias (p = 0,07)

Volume médio drenado: menor no grupo quilting no primeiro (107,1 ml vs. 156,5 ml; p = 0,02) e no segundo dia (108,4 ml vs. 162,8 ml; p = 0,01)

ISC: menor no Grupo quilting (14 vs. 24 casos, p = 0,03)

Não houve diferença na incidência da dor pós-operatória

Ouldamer et al.31

Coorte

119

Sutura quilting

Não informado

Mulheres - MA

Dois tipos de fechamento da ferida: convencional + dreno e sutura quilting sem dreno

Remoção do dreno: < 50 ml/24h, não ultrapassando 5 dias de PO

Ocorrência de seroma tipo 2 ou 3 e incidência global de seroma: menores no grupo quilting (21,7% vs. 6,8%; OR = 0,26; IC: 0,08-0,86; p = 0,03) e (17,0% vs. 51,7%; OR = 0,19; IC: 0,08-0,45; p = 0,001)

Aparência tecidual: grupo quilting resultados significantemente melhores (p = 0,003)

van Bastelaar et al.35

Coorte

180

 

Sutura quilting

Palpação e aspiração

Pacientes - MA, MA + BLS ou MRM

Dois grupos: grupo controle histórico - sutura convencional; grupo sutura quilting

Incidência de seroma e a aspiração do seroma: significantemente menor no grupo quilting (35,9% vs. 59,1%, p = 0,002), (14/92 vs. 38/88 pacientes, p < 0,001)

Número de aspirações: Significantemente menor no grupo quilting (p < 0,001)

ISC: Não houve diferença significante (p = 0,33)

Myint et al.25

Ensaio clínico

140

Sutura quilting

Palpação, ultrassonografia e aspiração.

Mulheres - MRM

Dois grupos: sutura quilting + um dreno ou sutura convencional + dois drenos

Remoção do dreno: < 30 ml/24h

Tempo médio de cirurgia: diferença significante entre os grupos (p = 0,0001)

Incidência de seroma (p = 0,041), frequência média de aspirações (p = 0,043) e média de volume aspirado (p = 0,00015): significantemente maior no grupo convencional

Média de drenagem nas primeiras 72 horas (p = 0,731), débito total do dreno (p = 0,941), duração do dreno (p = 0,447) e limitação dos movimentos do ombro no PO (p = 0,3979): sem diferenças significantes entre os grupos

Huang et al.38

Coorte

388

Sutura quilting

Não informado

Mulheres - MA + BLS ou LA

Três grupos: grupo 1: sutura quilting e remoção do dreno entre 5-9 dias do PO; grupo 2: sutura convencional e remoção do dreno entre 13-15 dias do PO; grupo 3: sutura convencional e remoção do dreno entre 20-22 dias do PO

Incidência de seroma: semelhante entre os grupos

ISC (p = 0,251), cicatrização inadequada de feridas (p = 0,580) e tempo de internação hospitalar PO (p = 0,609): sem diferenças significantes entre os grupos. Grupo quilting: menor volume de drenagem em comparação com os grupos convencionais (374,9 vs. 439,1 vs. 461,4 ml; p < 0,001)

18 pacientes dos grupos 2 e 3 com seroma graus 2 e 3 relataram desconforto, desejando prolongar o tempo de drenagem no local para evitar/reduzir a incidência de seroma graus 2 e 3

van Zeelst et al.39

Coorte combinada

255

Sutura quilting

Aspiração

Mulheres - MA e/ou LA

Hospital CWZ: Sutura quilting sem drenagem no PO

Hospital RH: Fechamento convencional + dreno

Duração média da cirurgia: maior na coorte acolchoada

Formação de seroma: menos frequente na coorte acolchoada em ambas as análises, com taxas mais baixas no grupo prospectivo (6,9% vs. 59,3%) e no grupo combinado (12,9% vs. 62,3%)

ISC: significantemente menor na coorte acolchoada (5,0% vs. 14,0%; p = 0,013)

Tendência de aumento em complicações hemorrágicas na coorte não acolchoada no Grupo prospectivo (14,8% vs. 0%/p = 0,031)

Problemas de cicatrização de feridas: menos relatados na coorte acolchoada em ambas as análises

Uso de analgésicos: em ambas as coortes não houve aumento

Benevento et al.18

Ensaio clínico

60

Selante

Ultrassonografia

Mulheres - MRM e QU + LA

Dois grupos: grupo controle – dreno; e grupo intervenção – Selante + dreno

Retirada dos drenos: débito não ultrapassar 30 ml/24h

Quantidade total de fluído drenado: significantemente menor no grupo intervenção (94,3±22,4 vs. 176±24,6 ml, p < 0,001)

Tempo médio para retirada do dreno e a internação PO: significantemente menores no Grupo intervenção (p = 0,002; p = 0,001, respectivamente) Formação de seroma: sem diferença significante entre os grupos

Volume médio aspirado: menor no grupo intervenção (70 ml), resolvido em 5 dias, no grupo controle, o volume foi de 135 ml resolvidos em média em 12 dias

Pinero-Madrona et al.22

Ensaio clínico

94

Selante

Palpação e aspiração

Dois grupos: grupo controle: LA padrão; grupo intervenção: retalhos de esponja de colágeno revestida com fatores de coagulação humana

Remoção do dreno: < 50 ml

Grupo controle - 46,8% dos pacientes desenvolveram seroma, sendo significantemente menor no grupo intervenção (15,9%/p = 0,002)

Não foram observados problemas na funcionalidade do braço ipsilateral à cirurgia, e nenhum evento adverso foi evidenciado. Removido o dreno precocemente no Grupo Intervenção, mas sem diferença significante (p = 0,244)

 

Débito de drenagem global nos primeiros 3 dias: menor no grupo intervenção, mas sem diferença significante (p = 0,253)

Boeer et al.23

Ensaio clínico

14

Selante

Palpação e ultrassonografia.

Dois grupos: grupo controle - com drenos; grupo intervenção - selante e sem drenos

Dreno removido: < 30 ml/24h em dois dias consecutivos

O grupo controle teve aproximadamente 12% mais fluido da ferida (578 ml vs. 514 ml, p = 0,779)

100% dos pacientes do grupo intervenção desenvolveram seroma, necessitando de punção aspirativa

63% no grupo controle desenvolveram seroma. Complicações da ferida: 25% no grupo intervenção tiveram complicações, enquanto no grupo controle não houve distúrbios de cicatrização

Duração média da internação: mais curto no Grupo Intervenção (3,5 dias, DP 0,8 vs. 5,2 dias, DP 3,3; p = 0,662) e o número de visitas ambulatoriais não planejadas aumentaram (3,9, DP 3,1 vs. 1,3, DP 1,6, p = 0,121)

Distúrbio do sono e mobilidade do ombro: menor no grupo intervenção

Conversano et al.36

Coorte

149

Selante

Não informado

Mulheres - LA, com ou sem cirurgia conservadora

Dois grupos: o grupo controle: sutura convencional + dreno; grupo intervenção: sutura quilting + selante + compressão externa, sem uso de dreno

Remoção do dreno: <50 ml/24 horas

Média de internação hospitalar: significativamente menor no grupo intervenção (2,6 vs. 4,7; p < 0,001)

Após alta hospitalar, 32,2% dos pacientes foram submetidos à punção de seroma sem diferença significante na incidência de seroma entre os grupos (30,6% vs. 33%/p = 0,77)

Complicações da ferida: 6,1% (intervenção) e 14,0% (controle)/(p = 0,16)

Custo médio da internação: €5.730 (IC = 95%/€5.349 e €6.111) no grupo controle e €3.376 (IC = 95% / €3.111 e €3.642) no grupo intervenção

Vasileiadou et al.21

Ensaio clínico

128

Selante

Não informado

Mulheres - MRM ou QU + LA

Dois grupos: Grupo Controle – somente dreno. Grupo Intervenção - Selante + dreno

Remoção do dreno: 30 ml/dia

Duração (2,51±0,89 dias vs. 3,63±1,62 dias), quantidade da drenagem (155,77±103,35 vs. 457,81±435,51) e a quantidade de seroma aspirado (25,46±27,14 vs. 94,69±109,26): significantemente (p = 0,000) menores no grupo intervenção

van Bastelaar et al.37

Coorte

230

Sutura quilting, selante e dreno

Palpação e aspiração

Mulheres - MA com o sem BLS e MRM

Três grupos: Grupo sutura + dreno; Grupo selante + dreno e Grupo somente dreno

Drenos removidos: < 50 ml/24h. Após 7 dias, todos foram removidos

Comorbidades: significantemente menor no grupo sutura comparada ao grupo selante (2,8 vs. 3,8 (p = 0,007)

Complicações gerais: diferença estatística significante entre o grupo selante (58%) e o Grupo sutura (39%) (p = 0,03). Aspiração de seroma: 15,2% no grupo sutura, 14% no grupo selante e 59,1% no grupo dreno (p < 0,001)

Aspiração de seroma entre o grupo de sutura e o grupo selante sem diferença significante (p = 0,85)

Número de aspirações de seroma por paciente: significantemente reduzido em ambos os grupos de fixação do retalho (p < 0,001)

 ISC: sem diferenças significantes entre os grupos

Aspirações: significantemente reduzidas em pacientes submetidas à MA + BLS (p = 0,001) ou MRM (p = 0,04) e que realizaram a fixação de retalho

de Rooij et al.17

Ensaio clínico

339

Sutura quilting, Selante e dreno

Aspiração

Pacientes - MA ou MRM.

Três grupos: grupo I - fechamento convencional da ferida; grupo II - sutura; grupo III – selante

Remoção do dreno - MRM: < 50 ml/24h ou após no máximo 5 dias

MA: < 50 ml/24h ou após no máximo 48 horas

Comparando o grupo I, menos pacientes foram submetidos à aspiração de seroma quando foi aplicada fixação do retalho com sutura e selante (17,5% vs. 7,3% vs. 10,8%, respectivamente)

Volume total de saída do dreno PO: sem diferença significante entre os grupos (grupo I 316.2±302,9 ml vs. grupo II 246,0±285,1 ml vs. grupo III 256,3±285,6 ml; p = 0,151)

Mais consultas ambulatoriais: pacientes do grupo I compareceram mais comparado aos outros grupos (padrão - 47,3% vs. sutura - 32,1% vs. selante - 36,9%)

Kus et al.19

Ensaio clínico

40

Bloqueio paravertebral torácico

Aspiração

Mulheres – MRM

Dois grupos: grupo intervenção – BPVT; grupo controle – nenhuma intervenção

Redução na incidência do seroma no grupo BPVT. Volume médio do seroma 24 horas após a cirurgia: 112,5±53,3 ml no Grupo Controle e 74,5±47,4 ml no grupo intervenção (p = 0,022)

Escore NRS: semelhante nos dois grupos

Consumo médio de morfina: menor no grupo BPVT

Yang et al.28

Ensaio clínico

111

Medicamento

Ultrassonografia

Mulheres - MRM ou QU + LA

Dois grupos: Grupo intervenção – 100 ml de OK-432 + dreno; Grupo controle – apenas dreno

Remoção do dreno: <80 ml

Volume total médio de drenagem: 325,22±67,23 ml no grupo intervenção e 362,07±75,98 ml no grupo controle (p = 0,008)

Duração da drenagem: significantemente menor no grupo intervenção (p = 0,003)

Punção aspirativa: significantemente menor (p < 0,001) no grupo intervenção

Qvamme et al.26

Ensaio clínico

212

Medicamento

Aspiração

Mulheres - MA + BLS ou MRM

Dois grupos: grupo controle – placebo; grupo intervenção – 80 mg de metilprednisolona Remoção do dreno: grupo intervenção – no primeiro dia de PO, independentemente do volume de drenagem e aplicado o medicamento

Comparando com o grupo placebo, metilprenidsolona reduziu a incidência de seroma na MA + BLS (46% vs. 78% / p < 0,001), mas não teve efeito na MRM (95% vs. 94%/p = 0)

Após MA+ BLS, houve redução da duração da formação de seroma (p = 0,008), número de aspirações (p < 0,001), volume médio de seroma (p < 0,001), volume total cumulativo de seroma (p < 0,001) e volume cumulativo de seroma nos primeiros 10 dias e 30 dias (p < 0,001). Mas na MRM em que utilizaram o medicamento a duração da formação de seroma foi maior em comparação com grupo placebo

Taxas de complicações da ferida: sem diferenças

Kong et al.34

Coorte

80

Medicamento

Não informado

Dois grupos: grupo A - intervenção, 30 ml de OK-432 na ferida por meio do dreno

Grupo B - controle, dreno retirado quando o fluído não ultrapassasse 30 ml/24h

OK-432 poderia reduzir a incidência de seroma (30% vs. 5%; p < 0,01) e o volume de seroma (75,83±36,05 ml vs. 15,00±7,07ml; p = 0,040)

Volume total de drenagem: significantemente menor no grupo intervenção (706,78±343,93 ml vs. 977,65±441,83; p = 0,030)

Duração da drenagem: diferenças estatísticas entre os grupos (p < 0,01)

Diferenças na redução das punções aspirativas (3,75±1,29 vs. 1,50±0,71; p = 0,036) e o tempo de cicatrização (28,00±11,50 dias vs. 16,00±3,00 dias; p <0,01)

Zhao et al.27

Ensaio clínico

224

Medicamento

Ultrassonografia

Três grupos: grupo controle – fechamento convencional; grupo com Sapylin: 100 ml localmente por 30 min; grupo com Avitene: 50 mg aplicados na superfície da ferida axilar

Remoção do dreno: < 30 ml por dois dias consecutivos

Tempo médio da duração da drenagem: grupo Sapylin - 7,97 ± 0,41 dias; grupo Avitene - 8,68 ± 0,39 dias; grupo controle: 11,64 ± 0,65 dias. Foi significantemente menor em ambos os grupos tratados (p < 0,001)

Volume total médio de drenagem: Significantemente menor no grupo Sapylin comparado ao grupo controle (430,49 - 34,42 ml, vs. 602,74 - 48,54ml, respectivamente; p = 0,003)

Não houve diferença significante entre o volume médio de drenagem grupos tratados. Remoção de seroma: Sapylin (5/78) e Avitene (5/68) necessitaram de menos remoção em comparação ao grupo controle (14/78)

Complicação: significantemente menor no grupo Sapylin que no grupo controle (p = 0,043)

Khan29

Ensaio clínico

65

Medicamento

Palpação, aspiração e ultrassonografia

Pacientes - MRM

Dois grupos: grupo A - fechamento convencional

Grupo B - 120 mg de Depo-medrol 1 hora antes da cirurgia

 Remoção do dreno: < 30 ml/24 horas

Depo-medrol reduziu a incidência total de seroma no sétimo dia de PO. Diminuição significante do débito sérico no grupo B (755,4±65 vs. 928,3±102,5; p < 0,005)

Duração da drenagem: significantemente menor no grupo B (6,5±1,6 vs. 10,2±2,2/p < 0,005)

Infecção da ferida: ligeiramente maior no grupo B

Garza-Gangemi et al.24

Ensaio clínico

80

Talco, iodo e dreno

Palpação

Mulheres – MRM

Três grupos: grupo A – controle; grupo B – talco; e grupo C – iodo

Remoção do dreno: < 25 ml/24h

Frequência de formação de seroma: 21,2% e sem diferença estatística entre os grupos controle e talco (23,3 vs. 19,4%; p = 0,70)

Número de aspirações: sem diferença entre os grupos (p = 0,87)

Volume drenado por aspiração: menor no grupo talco quando comparado ao grupo controle (88,2 ± 73 vs. 158,3 ± 90,5; p = 0,17)

Grupo iodo utilizou mais analgésicos (74 vs. 60% e 40%), e não houve diferenças entre os grupos talco e controle (p = 0,38). Quantidade total de dias e volume de drenagem peitoral: grupo controle: 8±4,5 dias/388±302,3 ml; talco: 7,5±7 dias/404±528,3 ml e iodo: 10±5 dias/620,3±315,2 ml

Quantidade total de dias e volume de drenagem axilar: grupo controle: 12,5±6,5 dias/847±353,58 ml; talco: 11,3±6,1 dias/640±1.031 ml; iodo: 18,5±5,3 dias/1.421,7±625,4 ml

Selvendran et al.33

Coorte

94

Bisturi harmônico e diatermia convencional

Não informado

Mulheres - submetidas a uma das três intervenções cirúrgicas: MRM, excisão local ampla + LA ou LA apenas se tivessem BLS+

Colocados dois drenos nas pacientes que realizaram MRM; um dreno nas de excisão local ampla com LA. Dreno da parede torácica: removido após 24 horas

Dreno axilar: mantido por 3 e 4 dias ou mais se a produção fosse > 30 e 50 ml/dia

Tempo operatório médio geral: Sem significância estatística entre BH e DC (MRM - p = 0,064; MA - p = 0,887)

Volume médio do seroma em dois dias: BH de 205 ml e DC de 227,5 ml (p = 0,0913)

A duração de mais de 2,5 horas da cirurgia impactou no aumento significante da formação de seroma (p < 0,001) em comparação com 2 horas

Pacientes que realizaram MRM tiveram um aumento do volume de seroma (p <0,05)

Gambardella et al.40

Coorte

100

Bisturi harmônico, LigaSure e Thunderbeat e eletrocautério

Ultrassonografia

Mulheres - MA, QU ou LA

Divididas em quatro grupos: EC, BH, LS e TB

Remoção do dreno: < 30 ml/dia

Tempo do procedimento cirúrgico: menor no grupo EC (137,5 min para MRM, 88 min para QU + LA) comparado aos demais grupos

Diferença estatística significante (p < 0,01) entre o grupo EC e o TB em relação a perda sanguínea intraoperatória

Volume de drenagem: significantemente menor no grupo TB (p = 0,002) em comparação ao grupo EC

Taxa de formação de seroma: menor no grupo TB (16%) em comparação aos demais grupos (EC 64%; BH 24%; LS 44%)

Legendas: MA = mastectomia; MRM = mastectomia radical modificada; LA = linfadenectomia axilar; ISC = infecção do sítio cirúrgico; BLS = biópsia do linfonodo sentinela; CWZ = Canisius Wilhelmina Hospital; RH = Rijnstate Hospital; DP = desvio-padrão; IC = intervalo de confiança; OR= odds ratio; BPVT = bloqueio do paravertebral torácico; NRS = Escala de Avaliação Numérica; EC = eletrocautério ; BH = bisturi harmônico; LS = LigaSure; TB = Thunderbeat; QU = quadrantectomia; DC = diatermia convencional; PO = pós-operatório.


 

DISCUSSÃO

Segundo os estudos analisados, todos os autores, independente da técnica empregada, relataram que pacientes submetidos à linfadenectomia axilar (LA) têm alto risco de desenvolver seroma comparados àqueles que realizaram apenas a biópsia do linfonodo sentinela (BLS). Além disso, fatores como índice de massa corporal (IMC), tamanho do tumor, tempo pós-operatório e número de linfonodos removidos estão associados ao desenvolvimento do seroma. No entanto, é difícil determinar a superioridade de uma técnica sobre outra, pois a incidência do seroma varia de acordo com a definição adotada pelos pesquisadores de cada estudo.

 

Uma estratégia de prevenção para a formação de seroma envolve a obliteração do espaço morto, que pode ser alcançada por meio de abordagens como: compressão externa ou fixação do retalho por meio de suturas. No estudo conduzido por Seenivasagam et al.16, a comparação dessas técnicas com o método convencional revelou uma incidência significantemente menor de seroma no grupo que utilizou suturas com fixação de retalho (quilting). Esses achados foram corroborados por ten Wolde et al.30, Ouldamer et al.31, Mazouni et al.32, Myint et al.25 e van Zeelst et al.39, que também observaram uma redução quando a sutura quilting foi empregada. Contudo, no estudo de Huang et al.38, a incidência de seroma foi semelhante nos três grupos (sutura quilting + remoção do dreno entre 5-9 dias, sutura convencional + remoção do dreno entre 13-15 dias, sutura convencional + remoção do dreno entre 20-22 dias) (9,5% vs. 7,9% vs. 5,3%; p = 0,437/p = 0,780).

 

Ademais, essa técnica contribui para a redução do tempo de drenagem, minimiza a incidência de complicações na ferida, diminui a necessidade de aspirações de fluidos e aparentemente não impacta os movimentos do membro superior homolateral à cirurgia30-32,39. No entanto, vale ressaltar que essa abordagem demanda um tempo adicional de aproximadamente 10 minutos, conforme evidenciado nos estudos de Mazouni et al.32, Myint et al.25 e van Zeelst et al.39 (78 minutos vs. 85 minutos; 111,44±7,048 min vs. 124,5 ± 6,39 min, 77,8 min vs. 68,5 min, respectivamente). Entretanto, Mazouni et al.32 não identificaram significância estatística na duração média do procedimento cirúrgico entre os grupos submetidos à sutura quilting e não quilting (p = 0,12).

 

As preocupações associadas ao uso de suturas quilting incluem aumento da dor e a aparência tecidual. Ouldamer et al.31 demonstraram uma menor taxa de pacientes com dor na coorte de sutura quilting em comparação com a de sutura convencional (61% vs. 30%, p < 0,001). Contudo, Myint et al.25 não observaram diferença na quantidade de analgésicos utilizados entre os grupos (96±12,086 mg na convencional e 94,7±10,996 mg na quilting/p = 0,5067). Esses resultados estão em consonância com o estudo de van Zeelst et al.39, no qual em ambas as coortes não houve aumento no uso de analgésicos (61% vs. 30%, p < 0,001).

 

Em relação à qualidade tecidual, o estudo de Ouldamer et al.31 refutou a hipótese inicial de que a técnica de fechamento da ferida não influenciaria a qualidade tecidual. Os autores encontraram uma melhora significante no grupo quilting, resultando em melhores resultados cosméticos, menos complicações cicatriciais e maior satisfação do paciente. Myint et al.27 também investigaram o aspecto tecidual, observando ondulações na pele por causa dos pontos da sutura, que desapareceram antes do sétimo dia de pós-operatório.

 

Outra estratégia para a obliteração do espaço morto envolve o uso de selante, atuando no selamento dos vasos linfáticos e sanguíneos, prevenindo o acúmulo de líquido e a promoção da aderência tecidual, eliminando assim o espaço morto. Nesta revisão, todos os artigos utilizaram selantes distintos, dificultando comparações diretas, no entanto, Benevento et al.18 e Conversano et al.36 utilizaram o mesmo selante. Esse selante é caracterizado por apresentar baixa concentração de trombina em comparação a outros produtos semelhantes, resultando em polimerização de aproximadamente 60 segundos, proporcionando um tempo estendido para manipulação tecidual e aplicação de suturas antes da polimerização.

 

Benevento et al.18 evidenciaram uma diferença estatisticamente significante na quantidade do débito sérico drenado, tempo reduzido para retirada do dreno, menor tempo de internação hospitalar e menor incidência de seroma durante 4 semanas de acompanhamento. Conversano et al.36 reforça quase todos os achados, contudo, trata-se de um estudo observacional com uma maior amostragem, sem evidências que sustentem a redução da formação de seroma com o uso do selante, embora seu emprego tenha sido seguro sem a necessidade de dreno.

 

A abordagem de Pinero-Madrona et al.22 revelou uma menor incidência de seroma no grupo de intervenção. Embora a diferença não tenha sido estatisticamente significativa, os pacientes desse grupo tiveram uma retirada mais precoce do dreno e um débito seroso menor nos primeiros três dias. Os autores sugerem que essa técnica pode ser considerada.

 

Vasileiadou et al.21 investigaram os efeitos do adesivo de Cianoacrilato Glubran, que possui propriedades hemostáticas, selantes e adesivas. O grupo que utilizou o adesivo apresentou redução significativa na quantidade e duração da drenagem, assim como na quantidade total de seroma coletado. Isso é atribuído à rápida polimerização do adesivo, formando uma película elástica com alta resistência à tração e aderência firme ao tecido aplicado. Essa abordagem é considerada segura, de fácil aplicação e eficaz na prevenção da formação de seroma, sendo uma recomendação viável para pacientes com alto risco.

 

O estudo de Boeer et al.23 investigou o uso de um adesivo à base de lisina-uretano sem drenagem associada em relação à técnica de fechamento convencional com dreno. Embora o estudo tenha sido encerrado prematuramente por problemas de amostragem, os achados foram relevantes. Os pacientes que utilizaram dreno relataram mais dor na inserção, afetando o sono e limitando o movimento do membro superior homolateral à cirurgia. Isso destaca o impacto negativo do dreno na qualidade de vida.

 

Van Bastelaar et al.37 demonstraram que o uso de selante teve resultados semelhantes à sutura quilting, sugerindo que ambas as técnicas reduzem o espaço morto ao selar os retalhos cutâneos ao músculo peitoral, possivelmente diminuindo o vazamento linfático e o acúmulo de líquido. Entretanto, o estudo de Rooij et al.17 não evidenciou diferenças significantes entre os grupos (fechamento convencional (CON); sutura (FFS); e selante (FFG)) em relação à saída de líquido do dreno, dor pós-operatória, funcionalidade do membro superior homolateral à cirurgia, aspecto tecidual e infecção pós-operatória. Ao comparar as três técnicas utilizadas, as pacientes submetidas às técnicas de fixação de retalho foram submetidas a menos aspirações (CON 17,5% vs. FFS 7,3% vs. FFG 10,8%; p = 0,057). No entanto, nas técnicas de fixação de retalho, não foram observadas diferenças significantes na aspiração do seroma (p = 0,371). É importante destacar que essa diferença foi significante entre o grupo CON e FSS (p = 0,025).

 

Além disso, no estudo de Rooij et al.17, o grupo CON teve mais pacientes que realizaram visitas hospitalares em comparação àqueles submetidos à sutura ou selante. Embora não tenham atingido significância estatística, esses dados são relevantes, pois pacientes com esse tipo de fechamento podem gerar mais custos hospitalares. Os autores sugerem que a fixação do retalho com sutura é a técnica mais recomendada, pois resulta em menos consultas ambulatoriais adicionais no pós-operatório e requer menos aspirações de seroma comparada ao CON e FFG.

 

Diversas técnicas baseadas em distintas teorias fisiológicas têm sido testadas para minimizar a ocorrência de seroma após a cirurgia para o câncer de mama. Um artigo incluído nesta revisão utilizou o bloqueio do paravertebral torácico (BPVT), enquanto outros cinco artigos testaram algum medicamento.

 

O BPVT pode ser eficaz na redução do seroma, uma vez que, nessa abordagem, os nervos simpáticos também são bloqueados, ocasionando o relaxamento venoso e a redução da resistência pós-capilar, contribuindo potencialmente para a diminuição da ocorrência de seroma. Essa técnica é amplamente reconhecida como padrão ouro para fornecer analgesia em pacientes submetidos à cirurgia para o tratamento do câncer de mama19.

 

Kus et al.19 avaliaram o efeito do BPVT na prevenção de seroma e evidenciaram redução na sua formação em 34,0% em comparação ao grupo controle (p < 0,05). Além disso, também se mostrou eficaz na analgesia pós-operatória em pacientes submetidas à mastectomia radical modificada (MRM). Embora o escore de dor 24 horas após a cirurgia tenha sido semelhante nos dois grupos (p = 0,367), o consumo médio de morfina foi significantemente menor no grupo BPVT (5,6 ± 4 mg no grupo BPVT e 16,6±6,9 mg no grupo controle/ p < 0,001). Entretanto, são necessários mais estudos para avaliar os resultados dessa abordagem a longo prazo.

 

Outra abordagem fundamentada em teorias fisiológicas é a utilização do OK-432 (Sapylin), uma preparação estreptocócica liofilizada de uma cepa de baixa virulência de Streptococcus pyogenes, incubada com penicilina28,27,34. No estudo de Yang et al.28, foi observada menor incidência de seroma palpável quando o OK-432 foi utilizado no intraoperatório (10 vs. 28/p = 0,001). O grupo intervenção teve menos aspiração de seroma em comparação ao grupo controle, e o uso desse medicamento proporcionou uma pequena vantagem na redução da duração média (4,52±1,09 dias vs. 5,16±1,31 dias; p = 0,003) e do volume total de drenagem (67,23 ml vs. 75,98 ml).

 

Esses achados foram corroborados por Kong et al.34. No entanto, apesar de os autores utilizarem o mesmo medicamento, a forma de aplicação foi diferente. Kong et al.36 administraram o medicamento na ferida após três dias por meio do dreno de sucção. Alguns pacientes apresentaram febre como efeito colateral, atribuído à resposta inflamatória local, induzindo a produção de citocinas. Ao mesmo tempo, essas citocinas contribuem na reparação tecidual, levando à esclerose e limitando o vazamento linfático. Ambos os estudos enfatizaram que a utilização do OK-432 é segura, eficaz e uma opção viável para reduzir o seroma.

 

Zhao et al.27 compararam a eficácia e segurança do OK-432 (Sapylin) e do Avitene na redução da formação do seroma. Avitene é um material hemostático absorvível composto principalmente por colágeno fibrilar da derme de vaca, que ao entrar em contato com o sangue, desencadeia a agregação plaquetária, resultando na rápida formação de coágulos. Os autores demonstraram que tanto o Sapylin quanto o Avitene podem reduzir significantemente a duração do uso do dreno. No entanto, em relação à redução do volume total de drenagem, o efeito do Sapylin parece ser superior ao do Avitene (p = 0,285). Vale ressaltar que o Sapylin requer um tempo adicional (30 minutos) de imersão com penicilina, o que pode ser contraindicado para alguns pacientes, tornando-o menos amplamente utilizado que o Avitene na prática clínica.

 

O uso de esteroides pode reduzir a formação de seroma ao atenuar a resposta inflamatória pós-trauma cirúrgico. Qvamme et al.26 administraram metilprednisolona no pós-operatório e observaram uma maior incidência de seroma em mulheres submetidas à MRM, confirmando a tendência de maior seroma em cirurgias extensas. Além disso, o medicamento reduziu significantemente (p < 0,001) na formação de seroma em mulheres submetidas a MA + BLS em comparação com o grupo placebo, além de diminuir o volume cumulativo de seroma nos primeiros 10 e 30 dias após a cirurgia (p < 0001). No entanto, esse tratamento não influenciou a formação de seroma após MRM, ao contrário, aumentou a duração de seroma comparada ao grupo placebo (56 vs. 38 dias respectivamente; p = 0,003), sugerindo que o trauma cirúrgico decorrente da MRM pode ser muito extenso para ser efetivamente controlado com apenas uma dose de esteroide.

 

Por outro lado, Khan29 administrou 120 mg do esteroide Depo-medrol e observou uma redução estatisticamente significante na drenagem total do dreno e nos dias de drenagem (p < 0,005). Houve também uma diminuição na incidência total de seroma no sétimo dia de pós-operatório em comparação com o grupo controle (18% vs. 6%). Esses resultados têm o potencial de melhorar a qualidade de vida do paciente, reduzindo o tempo total com o dreno e a necessidade de analgesia. No entanto, é importante destacar que a incidência de infecção foi ligeiramente maior no grupo de intervenção em comparação com o controle (9,0% vs. 3,0%, respectivamente). A administração de antibióticos no pré e pós-operatório pode mitigar esse efeito adverso. Também é relevante considerar que o próprio dreno pode ser uma fonte de infecção.

 

Garza-Gangemi et al.24 avaliaram a segurança e eficácia da utilização do talco (grupo B) e do iodo (grupo C), em comparação com o tratamento padrão (grupo A). A intervenção com iodo teve que ser descontinuada em razão dos efeitos adversos. Em relação à formação de seroma, número de aspirações, uso de analgésicos pós-operatórios, volume e dias de drenagem, não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre os grupos A e B (p = 0,70; p = 0,87; p = 0,38; p = 0,35; p = 0,10, respectivamente). Embora o número de aspirações drenado por paciente tenha sido menor no grupo talco em comparação ao grupo controle, não houve significância estatística (p = 0,17). A aplicação do talco foi considerada segura a curto prazo, mas não houve evidências suficientes para apoiar o seu uso na prevenção de seroma.

 

As técnicas cirúrgicas podem afetar a incidência do seroma, visto que uma das hipóteses para a sua formação seria o dano celular e a destruição incompleta de vasos e ductos linfáticos durante a dissecção41,42. Selvendran et al.33 compararam o bisturi harmônico com a diatermia convencional para minimizar a formação de seroma. Embora o bisturi harmônico possa reduzir o acúmulo de seroma por causa da menor lesão térmica, não houve diferenças estatisticamente significativas em relação ao tempo cirúrgico, volume de seroma e complicações, indicando que o bisturi harmônico não é superior à diatermia convencional.

 

Gambardella et al.40 compararam os bisturis harmônicos, LigaSure e Thunderbeat com o eletrocautério para investigar sua eficácia na formação de seroma e nos resultados cirúrgicos. O eletrocautério é de fácil manejo, mas pode aumentar o risco de seroma em função das altas temperaturas. O LigaSure oferece hemostasia por pressão e energia eletrotérmica, enquanto o Thunderbeat usa energia bipolar ultrassônica para um corte tecidual rápido e vedação de vasos. Os resultados destacaram que o Thunderbeat demonstrou superioridade na redução de perda sanguínea intraoperatória, drenagem pós-operatória e incidência de seroma em comparação com os outros dispositivos (p <0,05; p = 0,004, respectivamente). Segundo Gambardella et al.40, são necessários mais estudos para entender completamente as vantagens desse instrumento.

 

CONCLUSÃO

Diversas técnicas são usadas para prevenir a formação de seroma após cirurgias, mas a extensão do trauma cirúrgico está correlacionada com essa complicação. As estratégias de prevenção do seroma utilizadas nos estudos incluídos minimizaram a incidência do seroma, com exceção do talco e do iodo, entretanto, os estudos que focaram na obliteração do espaço morto, seja com sutura quilting ou selante, mostraram resultados estatísticos mais significantes, sugerindo serem promissores para a prevenção do seroma. No entanto, a falta de um padrão definido para o diagnóstico de seroma entre os estudos dificulta a comparação direta dos métodos, tornando complexa a determinação da eficácia.

 

 

CONTRIBUIÇÕES

Todos os autores contribuíram substancialmente na concepção e no planejamento do estudo; na obtenção, análise e interpretação dos dados; na redação e revisão crítica; e aprovaram a versão final a ser publicada.

 

 

DECLARAÇÃO DE CONFLITO DE INTERESSES

Nada a declarar.

 

 

FONTES DE FINANCIAMENTO

Não há.

 

 

REFERÊNCIAS

1. Torre LA, Siegel RL, Ward EM, et al. Global cancer incidence and mortality rates and trends--an update. Cancer Epidemiol Biomarkers Prev. 2016;25(1):16-27. doi: https://doi.org/10.1158/1055-9965.EPI-15-0578

2. Tarantino P, Viale G, Press MF, et al. ESMO expert consensus statements (ECS) on the definition, diagnosis, and management of HER2-low breast cancer. Ann Oncol. 2023;34(8):645-59. doi: https://doi.org/10.1016/j.annonc.2023.05.008

3. Santos MO, Lima FCS, Martins LFL, et al. Estimativa de incidência de câncer no Brasil, 2023-2025. Rev Bras Cancerol. 2023;69(1):e-213700. doi: https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2023v69n1.3700

4. Gradishar WJ, Moran MS, Abraham J, et al. Breast cancer, version 3.2022, NCCN clinical practice guidelines in oncology. J Natl Compr Canc Netw. 2022;20(6):691-722. doi: https://doi.org/10.6004/jnccn.2022.0030

5. Czajka ML, Pfeifer C. Breast cancer surgery [Internet]. Treasure Island: StatPearls Publishing; 2024. [acesso 2024 jan 12]. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK553076/

6. Al-Hilli Z, Wilkerson A. Breast surgery: management of postoperative complications following operations for breast cancer. Surg Clin North Am. 2021;101(5):845-63. doi: https://doi.org/10.1016/j.suc.2021.06.014

7. Jordan SW, Khavanin N, Kim JYS. Seroma in prosthetic breast reconstruction. Plast Reconstr Surg. 2016;137(4):1104-16. doi: https://doi.org/10.1097/01.prs.0000481102.24444.72

8. Isozaki H, Yamamoto Y, Murakami S, et al. Impact of the surgical modality for axillary lymph node dissection on postoperative drainage and seroma formation after total mastectomy. Patient Saf Surg. 2019;13:20. doi: https://doi.org/10.1186/s13037-019-0199-z

9. Bosman J, Piller N. Lymph taping and seroma formation post breast cancer. J Lymphoedema. 2010;5(2):45-52.

10. Lin W, Yang Y, Zhong W, et al. The effect of low and high vacuum drainage on the postoperative drainage of breast cancer: insights from a prospective, non-inferiority, randomized clinical trial. Cancer Manag Res. 2020;12:12487-96. doi: https://doi.org/10.2147/cmar.s283031

11. Findik UY, Topcu SY, Vatansever O. Effects of drains on pain, comfort and anxiety in patients undergone surgery. Int J Caring Sci. 2013;6(3):412.

12. University of York. Centre for Reviews and Dissemination. New York: University of York; 2019. PROSPERO - International prospective register of systematic reviews. 2023. [acesso 2023 ago 31]. Disponível em: https://www.crd.york.ac.uk/PROSPERO/

13. PEDro: Escala PEDro [Internet]. Database Physiotherapy Evidence. Sydney: Universidade de Sydney; IMH; 1999. [acesso 2024 jan 23]. Disponível em: https://pedro.org.au/portuguese/resources/pedro-scale/

14. Wells GA, Shea B, O’Connell DA, et al. The Newcastle-Ottawa Scale (NOS) for assessing the quality of nonrandomised studies in meta-analyses [Internet]. Oxford: The Ottawa Hospital Research Institute; 2000. [acesso 2024 jan 23]. Disponível em: http://www.ohri.ca/programs/clinical_epidemiology/oxford.asp

15. Page MJ, Moher D, Bossuyt PM, et al. Prisma 2020 explanation and elaboration: updated guidance and exemplars for reporting systematic reviews. BMJ. 2021;372:n160. doi: https://doi.org/10.1136/bmj.n160 DOI: https://doi.org/10.1136/bmj.n160

16. Seenivasagam KR, Gupta V, Singh G. Prevention of seroma formation after axillary dissection--a comparative randomized clinical trial of three methods. Breast J. 2013;19(5):478-84. doi: https://doi.org/10.1111/tbj.12164

17. Rooij L, van Kuijk SMJ, Granzier RWY, et al. reducing seroma formation and its sequelae after mastectomy by closure of the dead space: a multi-center, double-blind randomized controlled trial (SAM-Trial). Ann Surg Oncol. 2021;28(5):2599-2608. doi: https://doi.org/10.1245/s10434-020-09225-8

18. Benevento R, Santoriello A, Pellino G, et al. The effects of low-thrombin fibrin sealant on wound serous drainage, seroma formation and length of postoperative stay in patients undergoing axillary node dissection for breast cancer. A randomized controlled trial. Int J Surg. 2014;12(11):1210-5. doi: https://doi.org/10.1016/j.ijsu.2014.10.005

19. Kuş A, Yörükoğlu UH, Aksu C, et al. Efeito do bloqueio paravertebral torácico na redução de seroma em cirurgia de mama – estudo randomizado controlado. Braz J Anesthesiol. 2020;70(3):215-9. doi: https://doi.org/10.1016/j.bjan.2019.12.015

20. Baker E, Piper J. Drainless mastectomy: is it safe and effective? Surgeon. 2017;15(5):267-71. doi: https://doi.org/10.1016/j.surge.2015.12.007

21. Vasileiadou K, Kosmidis C, Anthimidis G, et al. Cyanoacrylate adhesive reduces seroma production after modified radical mastectomy or quadrantectomy with lymph node dissection-a prospective randomized clinical trial. Clin Breast Cancer. 2017;17(8):595-600. doi: https://doi.org/10.1016/j.clbc.2017.04.004

22. Piñero-Madrona A, Castellanos-Escrig G, Abrisqueta-Carrión J, et al. Prospective randomized controlled study to assess the value of a hemostatic and sealing agent for preventing seroma after axillary lymphadenectomy. J Surg Oncol. 2016;114(4):423-7. doi: https://doi.org/10.1002/jso.24344

23. Boeer B, Schneider J, Schoenfisch B, et al. Lysine-urethane-based tissue adhesion for mastectomy-an approach to reducing the seroma rate? Arch Gynecol Obstet. 2021;303(1):181-8. doi: https://doi.org/10.1007/s00404-020-05801-1

24. Garza-Gangemi AM, Barquet-Muñoz SA, Villarreal-Colín SP, et al. Randomized phase II study of talc versus iodopovidone for the prevention of seroma formation following modified radical mastectomy. Rev Invest Clin. 2015;67(6):357-65.

25. Myint ST, Khaing KS, Yee W, et al. Quilting suture versus conventional closure in prevention of seroma after total mastectomy and axillary dissection in breast cancer patients. ANZ J Surg. 2020;90(7-8):1408-13. doi: https://doi.org/10.1111/ans.16091

26. Qvamme G, Axelsson CK, Lanng C, et al. Randomized clinical trial of prevention of seroma formation after mastectomy by local methylprednisolone injection. Br J Surg. 2015;102(10):1195-203. doi: https://doi.org/10.1002/bjs.9874

27. Zhao J, Su F, Hu Y, et al. Prospective comparison of Sapylin and Avitene for reducing hydrops after axillary lymphadenectomy in breast cancer patients. J Surg Res. 2017;210:8-14. doi: https://doi.org/10.1016/j.jss.2016.10.032

28. Yang Y, Gao E, Liu X, et al. Effectiveness of OK-432 (Sapylin) to reduce seroma formation after axillary lymphadenectomy for breast cancer. Ann Surg Oncol. 2013;20(5):1500-4. doi: https://doi.org/10.1245/s10434-012-2728-1

29. Khan MA. Effect of preoperative intravenous steroids on seroma formation after modified radical mastectomy. J Ayub Med Coll Abbottabad. 2017;29(2):207-10.

30. ten Wolde B, van den Wildenberg FJ, Keemers-Gels ME, et al. Quilting prevents seroma formation following breast cancer surgery: closing the dead space by quilting prevents seroma following axillary lymph node dissection and mastectomy. Ann Surg Oncol. 2014;21(3):802-7. doi: https://doi.org/10.1245/s10434-013-3359-x

31. Ouldamer L, Caille A, Giraudeau B, et al. Quilting suture of mastectomy dead space compared with conventional closure with drain. Ann Surg Oncol. 2015;22(13):4233-40. doi: https://doi.org/10.1245/s10434-015-4511-6

32. Mazouni C, Mesnard C, Cloutier AS, et al. Quilting sutures reduces seroma in mastectomy. Clin Breast Cancer. 2015;15(4):289-93. doi: https://doi.org/10.1016/j.clbc.2014.12.014

33. Selvendran S, Cheluvappa R, Tr Ng VK, et al. Efficacy of harmonic focus scalpel in seroma prevention after axillary clearance. Int J Surg. 2016;30:116-20. doi: https://doi.org/10.1016/j.ijsu.2016.04.041

34. Kong D, Liu Y, Li Z, et al. OK-432 (Sapylin) reduces seroma formation after axillary lymphadenectomy in breast cancer. J Invest Surg. 2017;30(1):1-5. doi: https://doi.org/10.1080/08941939.2016.1204386

35. van Bastelaar J, Beckers A, Snoeijs M, et al. Flap fixation reduces seroma in patients undergoing mastectomy: a significant implication for clinical practice. World J Surg Oncol. 2016;14:66. doi: https://doi.org/10.1186/s12957-016-0830-8

36. Conversano A, Mazouni C, Thomin A, et al. Use of low-thrombin fibrin sealant glue after axillary lymphadenectomy for breast cancer to reduce hospital length and seroma. Clin Breast Cancer. 2017;17(4):293-7. doi: https://doi.org/10.1016/j.clbc.2016.12.013

37. van Bastelaar J, Theunissen LLB, Snoeijs MGJ, et al. Flap fixation using tissue glue or sutures appears to reduce seroma aspiration after mastectomy for breast cancer. Clin Breast Cancer. 2017;17(4):316-21. doi: https://doi.org/10.1016/j.clbc.2017.01.005

38. Huang J, Wang S, Wu Y, et al. Conventional suture with prolonged timing of drainage is as good as quilting suture in preventing seroma formation at pectoral area after mastectomy. World J Surg Oncol. 2021;19(1):148. doi: https://doi.org/10.1186/s12957-021-02257-8

39. van Zeelst LJ, Ten Wolde B, van Eekeren RRJP, et al. Quilting following mastectomy reduces seroma, associated complications and health care consumption without impairing patient comfort. J Surg Oncol. 2022;125(3):369-76. doi: https://doi.org/10.1002/jso.26739

40. Gambardella C, Clarizia G, Patrone R, et al. Advanced hemostasis in axillary lymph node dissection for locally advanced breast cancer: new technology devices compared in the prevention of seroma formation. BMC Surg. 2019;18(Suppl 1):125. doi: https://doi.org/10.1186/s12893-018-0454-8

 

 

 

Recebido em 11/3/2024

Aprovado em 23/5/2024

 

Editor-associado: Fernando Lopes Tavares de Lima. Orcid iD: https://orcid.org/0000-0002-8618-7608

Editora-científica: Anke Bergmann. Orcid iD: https://orcid.org/0000-0002-1972-8777

 

 

image001

Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições, desde que o trabalho original seja corretamente citado.