TY - JOUR AU - Ferreira da Silva, Noemi Cristina AU - Santos da Hora, Senir AU - Ferreira da Silva Lima, Fernanda PY - 2020/08/18 Y2 - 2024/03/29 TI - O Impacto do Diagnóstico nas Condições Socioeconômicas das Famílias de Crianças e Adolescentes com Tumores Sólidos JF - Revista Brasileira de Cancerologia JA - Rev. Bras. Cancerol. VL - 66 IS - 3 SE - ARTIGO ORIGINAL DO - 10.32635/2176-9745.RBC.2020v66n3.1104 UR - https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/1104 SP - e-131104 AB - <p><strong>Introdução: </strong>O câncer infantojuvenil é a doença que mais mata crianças e adolescentes no Brasil (8% do total) e a segunda causa de óbito nesse grupo etário. Estima-se que esse tipo de câncer represente de 1% a 4% da incidência de todos os tumores malignos na maioria das populações, sendo que aproximadamente 80% dos cânceres pediátricos ocorrem em países com baixo Índice de Desenvolvimento Humano. <strong>Objetivo: </strong>Identificar e refletir sobre as implicações do diagnóstico nas condições socioeconômicas das famílias de crianças e adolescentes com tumores sólidos. Pretende-se compreender as mudanças socioeconômicas que ocorrem na vida das famílias e quais as políticas sociais são acessadas por estas durante o tratamento oncológico pediátrico. <strong>Método: </strong>Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e de coorte longitudinal, do tipo prospectivo, que contemplou dois momentos com os pais/responsáveis de crianças e adolescentes com tumores sólidos matriculados no Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), no período de 1/8/2018 a 31/3/2019; a amostra consistiu em 55 participantes. <strong>Resultados: </strong>Um dos achados da pesquisa demonstra que, após a confirmação diagnóstica, há redução da renda familiar <em>per capita</em>, com 63,6% dos participantes sobrevivendo na extrema pobreza com renda per <em>capita </em>inferior a ¼ do salário mínimo, em comparação com 25% (p-valor&lt;0,004) que sobreviviam nas mesmas condições, no momento da admissão. <strong>Conclusão: </strong>Assim, compreende-se que, mesmo após três meses da confirmação diagnóstica, os usuários não acessam os benefícios assistenciais e/ou previdenciários que são primordiais para garantir melhores condições à realização do tratamento oncológico.</p> ER -