Perfil Nutricional de Crianças Portadoras de Tumores Cerebrais com Síndrome Diencefálica ou Síndrome de Russell recebendo Dieta Enteral

Autores

  • Adriana Garófolo Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP). Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc). Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) https://orcid.org/0000-0001-7703-7088
  • Nasjla Saba Silva Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP). Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc). Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) https://orcid.org/0000-0002-7759-9125
  • Sérgio Cavalheiro Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP). Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graacc). Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) https://orcid.org/0000-0002-9750-0508

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2018v64n3.36

Palavras-chave:

Síndrome de Silver-Russell, Neoplasias Encefálicas, Nutrição Enteral, Terapia Nutricional, Criança

Resumo

Introdução: A síndrome diencefálica é uma doença pediátrica rara, decorrente de tumores hipotalâmicos, caracterizada por failure to thrive. Objetivo: Descrever o estado nutricional e a terapia nutricional por meio de sonda nasoenteral de pacientes com tumores cerebrais com a síndrome diencefálica. Método: Sete pacientes foram acompanhados de julho/1999 a abril/2002 e analisados retrospectivamente, usando os escores-z de peso para idade (P/I), peso para estatura (P/E) e estatura para idade (E/I) no diagnóstico da desnutrição. Todos foram avaliados por meio de composição corporal: prega cutânea triciptal (PCT) e circunferências do braço e muscular do braço (CB e CMB) e receberam alimentação por sonda nasoenteral ou gastrostomia após o diagnóstico da neoplasia. Resultados: A idade variou de 2 meses a 13 anos, cinco do sexo masculino. A duração média da nutrição enteral foi de 7 meses (1,1-18,5) após o diagnóstico, sem diferença estatística significante na evolução dos escores-z, apesar do aumento nas médias de P/I (-4,42 para -3,50) e P/E (-3,06 para -1,99), e dos indicadores de composição corporal (PCT: 2,85 para 4,88; CB: 9,81 para 11,84 e CMB: 8,91 para 10,31). Houve redução na média da E/I, caracterizando o atraso no crescimento dessas crianças. Conclusão: A nutrição enteral demonstrou garantir a oferta nutricional e recuperar em parte os indicadores nutricionais de desnutrição aguda; principalmente a gordura corporal, mais do que massa magra. Entretanto, manteve-se o déficit de crescimento, agravado na maioria dos casos. A terapia nutricional deve ser implantada durante o tratamento oncológico, assegurando sua continuidade.

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Publicado

2018-09-28

Como Citar

1.
Garófolo A, Silva NS, Cavalheiro S. Perfil Nutricional de Crianças Portadoras de Tumores Cerebrais com Síndrome Diencefálica ou Síndrome de Russell recebendo Dieta Enteral. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 28º de setembro de 2018 [citado 29º de março de 2024];64(3):357-63. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/36

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL