Influência de Variáveis Clinicopatológicas sobre a Eficácia da Quimioterapia Neoadjuvante do Câncer de Mama

Autores

  • Hayra de Andrade Vieira Monteiro Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Rio de Janeiro(RJ), Brasil. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
  • Sheyla Maria Torres Goulart-Citrangulo Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Rio de Janeiro(RJ) Brasil. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
  • Marcelo Sobral Leite Universidade Federal do Rio de janeiro (UFRJ). Rio de Janeiro(RJ), Brasil. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
  • Letícia Carlos Giacomin Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
  • Rosane Vianna-Jorge Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Rio de Janeiro (RJ), Brasil. Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2013v59n3.502

Palavras-chave:

Neoplasias da Mama-quimioterapia, Neoplasias da Mama-patologia, Terapia Neoadjuvante, Receptores Estrogênicos

Resumo

Introdução: A quimioterapia neoadjuvante do câncer de mama visa a redução da extensão tumoral e da área cirúrgica, favorecendo a conservação da mama e a sobrevida pós-mastectomia. O grau de resposta patológica, baseado no tamanho do tumor residual e no grau de acometimento linfonodal após ressecção tumoral, tem sido proposto como desfecho primário da eficácia antineoplásica, auxiliando a identificação de causas de falha terapêutica. Objetivo: Avaliar o impacto de fatores clinicopatológicos sobre o grau de resposta à quimioterapia neoadjuvante do câncer de mama. Método: Uma coorte de mulheres com câncer de mama unilateral não metastático, submetidas à quimioterapia neoadjuvante com doxorrubicina e docetaxel, foi avaliada quanto ao grau de resposta patológica. Resultados: Foram avaliadas 227 pacientes com desfecho clínico definido após tratamento quimioterápico neoadjuvante, entre as quais, 4,8% tiveram resposta patológica completa (ausência de remanescentes tumorais na mama e nos linfonodos axilares) e 5,7% apresentaram progressão de doença. As variáveis associadas a maior risco de falha terapêutica foram: comprometimento linfonodal em qualquer grau (OR=15,25; IC95%=2,11-110,01) e positividade para receptor de estrogênio (OR=14,62; IC95%=3,05-70,01). Como consequência, houve melhor perfil de resposta para pacientes com tumores do subtipo molecular HER2 (OR=0,04; IC95%=0,00-0,40) ou triplo-negativo (OR=0,08; IC95%=0,00-0,60) em comparação ao tipo luminal A. Conclusão: A resposta tumoral à quimioterapia neoadjuvante não foi afetada por comorbidades sistêmicas, mas e influenciada pela expressão de receptores de estrogênio.

 

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Publicado

2013-09-30

Como Citar

1.
de Andrade Vieira Monteiro H, Torres Goulart-Citrangulo SM, Sobral Leite M, Carlos Giacomin L, Vianna-Jorge R. Influência de Variáveis Clinicopatológicas sobre a Eficácia da Quimioterapia Neoadjuvante do Câncer de Mama. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 30º de setembro de 2013 [citado 19º de abril de 2024];59(3):369-77. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/502

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL