Câncer Bucal: Análise Socioespacial de uma Amostra Brasileira
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2020v66n3.1029Palavras-chave:
Neoplasias Bucais, Neoplasias Orofaríngeas, Epidemiologia, Análise Espacial, Fatores SocioeconômicosResumo
Introdução: Medidas socioespaciais são amplamente utilizadas na pesquisa em saúde, mas ainda pouco exploradas em relação ao câncer de boca. Objetivo: Descrever as características sociodemográficas e clínicas do câncer de boca e analisar a distribuição espacial da doença em relação ao status socioeconômico do bairro, incluindo a disponibilidade de centros de saúde. Método: Foram coletados dados sociodemográficos, clínicos e histopatológicos dos pacientes atendidos no período de 2005 a 2015. Foram realizadas análises descritivas dos dados de todas as variáveis. A análise espacial foi realizada por meio do programa R. A distribuição geográfica dos endereços residenciais dos pacientes foi analisada usando a função K de Ripley e mapas de Kernel. A vulnerabilidade socioespacial foi definida pela renda familiar e adequação do domicílio. Resultados: Dos 127 pacientes incluídos, a maioria era do sexo masculino (76,4%), branca ou parda (82,7%), casada (35,4%), com baixa escolaridade (71,6%) e idade média de 59,5 anos. Os casos foram distribuídos em grupos caracterizados por menor renda mediana e condições sanitárias inadequadas. Conclusão: Os casos de câncer oral estão concentrados em regiões de baixa condição econômica. Embora os centros de atenção primária à saúde tenham sido homogeneamente distribuídos por toda a cidade, isso não é suficiente para promover o acesso dos pacientes e o câncer de boca continua sendo diagnosticado tardiamente.
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