As Cores do Tabagismo: Relação entre Raça e Consumo de Tabaco no Brasil

Autores

  • André Luiz Oliveira da Silva Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Fiocruz/Ensp/Cesteh). Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0003-4768-959X
  • Caroline de Lima Mota Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana. Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-2021-6525
  • Renata Aparecida Pereira Fundação Oswaldo Cruz. Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-9146-2996
  • Simone Mitri Nogueira Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Fiocruz/Ensp/Cesteh). Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0003-2400-333X
  • Josino Costa Moreira Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana (Fiocruz/Ensp/Cesteh). Rio de Janeiro (RJ), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-7457-2920

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2022v68n1.1552

Palavras-chave:

tabagismo, prevenção do hábito de fumar, abandono do hábito de fumar, racismo/etnologia, saúde das minorias étnicas

Resumo

Uma série de fatores sociais, ambientais, psicológicos e genéticos estão associados à dependência da nicotina e às doenças tabaco-relacionadas. A relação entre raça e tabagismo talvez seja um dos tópicos mais inexplorados e menos discutidos no âmbito do controle do tabaco no Brasil. Este trabalho realizou uma análise qualitativa retrospectiva, a fim de verificar os dados disponíveis na literatura sobre a relação entre raça/etnicidade e tabagismo no Brasil. Os resultados encontrados demonstraram que as pessoas de origem africana têm maior risco de se tornarem tabagistas e de desenvolverem doenças tabaco-relacionadas. Apesar desse risco, foi verificado que poucos estudos, a respeito dessa relação, foram publicados no Brasil e se, por um lado, os determinantes sociais podem influenciar tal associação, por outro, estudos apontam também uma possível influência de fatores genéticos no tabagismo. Mais estudos seriam necessários para entender a relação raça e tabagismo e para se pensar políticas mais efetivas contra o tabagismo. Os resultados também apontam que possivelmente, em virtude do racismo estrutural, a população com ancestralidade africana no Brasil se tornou “invisível” para pesquisadores e formuladores de políticas de controle do tabaco.

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Publicado

2022-02-25

Como Citar

1.
Silva ALO da, Mota C de L, Pereira RA, Nogueira SM, Moreira JC. As Cores do Tabagismo: Relação entre Raça e Consumo de Tabaco no Brasil. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 25º de fevereiro de 2022 [citado 3º de dezembro de 2024];68(1):e-151552. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/1552

Edição

Seção

ARTIGOS DE OPINIÃO