A influência do silicone na gênese do câncer de mama
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2003v49n1.2118Palavras-chave:
Neoplasias Mamárias, Cirurgia, Implantes de Mama, Silicones, Fatores de RiscoResumo
Embora os implantes de silicone fossem usados nos Estados Unidos da América desde o início dos anos 60 para aumento ou reconstrução das mamas, sua ação carcinogênica foi mais intensamente questionada a partir dos resultados de um estudo experimental em cobaias, realizado em 1987, que os associou ao desenvolvimento de sarcomas. Em 1992, apoiado nas escassas descrições de casos isolados existentes na época, o Food and Drug Administration (FDA) decretou moratória ao uso dessas próteses. Neste artigo, os autores apresentam uma ampla revisão da literatura médica sobre a associação entre o uso de próteses mamárias de silicone e o desenvolvimento de câncer de mama com base em informações científicas consistentes e substanciais provenientes da experiência clínica, de relatos de casos, de estudos epidemiológicos e revisões sistemáticas de textos técnicos e científicos, e concluem que não há evidência científica de que exista associação causal entre implantes mamários de silicone e o risco de desenvolvimento subseqüente de câncer de mama.