Qualidade de Vida de Mulheres Tratadas de Câncer de Mama: Funcionamento Social

Autores

  • Cibele Alves Chapadeiro Castro Sales Professora adjunta de Psicologia Aplicada da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro (FMTM); Mestrado e Doutorado em Psicologia Experimental pela USP-SP.
  • Luciana Paiva Aluna do Curso de Enfermagem da FMTM.
  • Délcio Scandiuzzi Médico do Serviço de Mastologia do Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia da FMTM; Especialista em Mastologia.
  • Anna Cláudia Y. Anjos Enfermeira do Serviço de Mastologia do Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia da FMTM.

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2001v47n3.2304

Palavras-chave:

Neoplasias Mamárias, Psicologia, Qualidade de Vida, Ajustamento Social, Sobrevivência Livre de Doença

Resumo

A detecção precoce do câncer, o avanço no tratamento, o número crescente de sobreviventes e a maior importância atribuída aos fatores psicossociais têm levado a se dar maior ênfase para a qualidade de vida de pessoas com câncer. Este trabalho teve por objetivos: 1) identificar as mudanças no funcionamento social de mulheres diagnosticadas e tratadas de câncer de mama no Hospital Escola da Faculdade de Medicina do Triângulo Mineiro; 2) identificar as fontes de apoio familiar e social e as formas como elas se manifestam; 3) verificar como as mulheres avaliam a sua Qualidade de Vida e as justificativas dadas. Foram entrevistadas 50 mulheres, entre 32 e 77 anos, de escolaridade baixa, diagnosticadas há menos de um ano até 11 anos. A maioria não relatou mudança nos relacionamentos, mas houve quem considerasse que eles melhoraram, e outras, que pioraram. O tratamento e suas conseqüências foram relacionados à diminuição ou término das atividades de lazer, de atividades domésticas e trabalho remunerado. As mulheres relataram ter recebido apoio familiar e social, embora nem todas tenham se sentido melhores com isso. Embora tenham relatado algumas mudanças, a maioria avaliou sua qualidade de vida como boa. A avaliação negativa foi mais freqüente em pacientes acima dos 50 anos, escolaridade baixa, diagnóstico até dois anos e que realizou radioterapia. Embora a maioria das mulheres avalie positivamente sua qualidade de vida, existem mudanças no funcionamento social, decorrentes mais de dificuldades psicossociais do que físicas, que precisam ser foco do trabalho de equipes multiprofissionais de saúde.

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Publicado

2001-09-28

Como Citar

1.
Sales CACC, Paiva L, Scandiuzzi D, Anjos ACY. Qualidade de Vida de Mulheres Tratadas de Câncer de Mama: Funcionamento Social . Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 28º de setembro de 2001 [citado 21º de novembro de 2024];47(3):263-72. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/2304

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL