Paraganglioma de bexiga - Relato de um caso e revisão da literatura

Autores

  • Fauzia de Fátima Naime Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo (HSPE-FMO). São Paulo (SP), Brasil
  • Hélio Begliomini Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo (HSPE-FMO). São Paulo (SP), Brasil
  • Maria Cecilia Araújo Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo (HSPE-FMO). São Paulo (SP), Brasil
  • Maria Custódia dos Santos Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo (HSPE-FMO). São Paulo (SP), Brasil
  • Regina Stela Pozzi Moraes Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo (HSPE-FMO). São Paulo (SP), Brasil
  • Jorge Duarte Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo (HSPE-FMO). São Paulo (SP), Brasil
  • Demerval Mattos Júnior Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo (HSPE-FMO). São Paulo (SP), Brasil

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.1997v43n2.2847

Palavras-chave:

Paraganglioma, Leocroniocitona, Tumor Vesical de Bexiga

Resumo

Um caso raro de paraganglioma da bexiga urinária funcionante, metastático para osso, é apresentado juntamente com unia revisão da literatura médica. Paragangliomas são tumores que surgem das células paragangliônicas dispersas ao longo dos gânglios autônomos e que produzem sintomas por secreção de catecolaminas (tumores funcionantes) ou por expansão tumoral local. Eles podem originar metástase para ossos, pulmões, linfonodos e cérebro, e, ocasionalmente causar compressão da medula espinhal. Paragangliomas vesicais representam cerca de 0,06% de todos os tumores da bexiga, afetando mais comumente a região do trígono ou próximo ao orifício ureteral, seguida por localização na cúpula ou na parede lateral do órgão. A clássica síndrome miccional, que consiste de cefaléia, palpitação, hipertensão paroxística e hematúria é discutida, assim como são sumarizadas as características clínicas e radiológicas desses tumores. Discutem-se ainda os princípios gerais do diagnóstico e do tratamento, considerando-se todos os métodos terapêuticos disponíveis, que compreendem a cirurgia, a radioterapia, a quimioterapia e mais recentemente a meta-iodo-henzilguanidina.

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Publicado

2022-09-27

Como Citar

1.
Naime F de F, Begliomini H, Araújo MC, Santos MC dos, Moraes RSP, Duarte J, Mattos Júnior D. Paraganglioma de bexiga - Relato de um caso e revisão da literatura. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 27º de setembro de 2022 [citado 2º de maio de 2024];43(2):127-32. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/2847

Edição

Seção

RELATO DE CASO