Melanoma: experiência do Hospital de Clínicas de Porto Alegre - RS, de 1973 a 1990
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.1993v39n1.2997Palavras-chave:
Neoplasia Maligna, Câncer, Tumores de PeleResumo
O melanoma é uma neoplasia cuja incidência está aumentando a uma razão de 4% ao ano. A cirurgia constitui a base do seu tratamento e sua eficácia está associada à profundidade primária e à precocidade da sua instituição. Foram revisados os prontuários de 159 pacientes tratados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com o diagnóstico de melanoma no período de 1973 a 1990. Foram coletados dados levando em consideração: a localização, aspecto macroscópico, presença ou não de ulceração, profundidade da neoplasia primária, prevalência de metástases linfáticas e sistêmicas. Os pacientes foram estadiados segundo os critérios da American Joint Committee on Cancer (AJCC). Na população estudada não houve diferença entre sexos. A raça mais prevalente foi a branca, e a idade média foi de 47,6 anos (± 17,5). Foi identificada uma prevalência elevada de fatores que pioram o prognóstico: 5 1,4% dos pacientes foram classificados em estágio III ou IV, 32,2% apresentavam Clark V, em 68,5% a profundidade da neoplasia primária era maior que 1,5 mm e em 46,5% o aspecto macroscópico era nodular. O local de drenagem linfática foi considerado incerto em 30,8% dos pacientes. Dos pacientes submetidos a linfadenectomia, em 72,6% foi considerada terapêutica e em 27,4%, eletiva. Conclui-se pela prevalência elevada de pacientes com estadiamento avançado e de fatores relacionados a pior prognóstico na população estudada. Isto sugere que devem ser promovidos meios que permitam o diagnóstico precoce da neoplasia, seja através do acesso facilitado ao atendimento médico, seja por conscientização de médicos e pacientes da importância do tema.
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