Evolução Histórica do Conforto no Cuidado de Enfermagem a Pacientes Oncológicos em Fim de Vida: Revisão Integrativa da Literatura
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2024v70n1.4437Palavras-chave:
História da Enfermagem, Teoria de Enfermagem, Cuidados Paliativos na Terminalidade da Vida/históriaResumo
Introdução: O paciente oncológico em fim de vida está propenso a experienciar sinais e sintomas desagradáveis em virtude da progressão da doença. O enfermeiro, ao longo de toda a sua trajetória histórica, direcionou o cuidado para a identificação, o manejo e a avaliação do desconforto. Objetivo: Identificar o impacto da evolução histórica do conforto no cuidado de enfermagem ao paciente oncológico em fim de vida. Método: Revisão integrativa da literatura de carácter exploratório e descritivo utilizando as bases de dados LILACS, MEDLINE e SciELO sem recorte temporal para maior abrangência de resultados. Resultados: Os principais impactos das teorias de enfermagem pautadas no conforto foram a valorização do modelo holístico, o estímulo do vínculo enfermeiro-paciente, o controle de sintomas, a diminuição do sofrimento e as condutas alinhadas aos valores do paciente. Conclusão: O conforto é mencionado no estado da arte em textos históricos, teorias e na prática assistencial da enfermagem. As teorias que abordam o conforto direcionam o cuidado de enfermagem ao paciente oncológico em fim de vida buscando reduzir o desconforto e o sofrimento do paciente.
Downloads
Referências
Worldwide Hospice Palliative Care Alliance. Global atlas of palliative care [Internet]. 2 ed. Londres: WHPCA; 2020 [acesso 2023 out 5]. Disponível em: https://www.thewhpca.org/resources/item/global-atlas-of-palliative-care-2nd-ed-2020
Santos MO, Lima FCS, Martins LFL, et al. Estimativa de incidência de câncer no Brasil, 2023-2025. Rev Bras Cancerol. 2023;69(1):e-213700. doi: https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2023v69n1.3700 DOI: https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2023v69n1.3700
International Association for Hospice & Palliative Car [Internet]. Houston: IAHPC; 2019. Palliative care definition. [acesso 2023 out 6]. Disponível em: https://hospicecare.com/what-we-do/projects/consensus-based-definition-of-palliative-care/definition/
Radbruch L, Lima L, Knaul F, et al. Redefining palliative care a new consensus-based definition. J Pain Symptom Manage. 2020;60(4):754-64. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jpainsymman.2020.04.027
Silva SMA. Os cuidados ao fim da vida no contexto dos cuidados paliativos. Rev Bras Cancerol. 2016;62(3):253-7. DOI: https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2016v62n3.338
Araújo TC. Comfort provided by the music: experiences of people under hospice care [dissertação na Internet]. 2013. Salvador: Universidade Federal da Bahia; 2013. [acesso 2023 out 6]. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/15397/1/Disserta%C3%A7%C3%A3o_Enf_%20%20Taise%20Carneiro%20ara%C3%BAjo.pdf
Burlá C, Py L. Palliative care: science and protection at the end of life. Cad Saude Publica. 2014;30(6):1139-41. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311XPE020614
Bittencourt NCCM, Santos KA, Mesquita MGR, et al. Sinais e sintomas manifestados por pacientes em cuidados paliativos oncológicos na assistência domiciliar: uma revisão integrativa. Esc Anna Nery. 2021;25(4):e20200520. DOI: https://doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2020-0520
Apóstolo JLA. O conforto nas teorias de enfermagem análise do conceito e significados teóricos. rev Referência. 2009;2(9):61-7.
Oliveira LM, Evangelista RA. Sistematização da assistência de enfermagem (SAE): excelência no cuidado. Perquirere. 2010;1(7):83-8.
Silva FS Silva GS, Costa ACM, et al. Care of nursing on oncological patients: integration review. RSD. 2019;8(6):e35861037. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v8i6.1037
Santos CMC, Pimenta CAM, Nobre MRC. The PICO strategy for the research question construction and evidence search. Rev Lat Am Enfermagem. 2007;15(3):508-11. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-11692007000300023
Page MJ, McKenzie JE, Bossuyt PM, et al. The PRISMA 2020 statement: an updated guideline for reporting systematic reviews declaración PRISMA 2020: una guía actualizada para la publicación de revisiones sistemáticas. Rev Panam Salud Publica. 2022;46:e112.
Kolcaba KY, Kolcaba RJ. An analysis of the concept of comfort. J Adv Nurs. 1991;16(11):1301-10. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1365-2648.1991.tb01558.x
Kolcaba KY. The art of comfort care. Image J Nurs Sch. 1995;27(4):287-9. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1547-5069.1995.tb00889.x
McIlveen KH, Morse JM. The role of comfort in nursing care: 1900-1980. Clin Nurs Res. 1995;(2):127-48. DOI: https://doi.org/10.1177/105477389500400202
Kolcaba KY, Fisher EM. A holistic perspective on comfort care as an advance directive. Crit Care Nurs Q. 1996;18(4):66-76. DOI: https://doi.org/10.1097/00002727-199602000-00009
Vendlinski S, Kolcaba KY. Comfort care: a framework for hospice nursing. Am J Hosp Palliat Care. 1997;14(6):271-6. DOI: https://doi.org/10.1177/104990919701400602
White KR, Coyne PJ, Patel UB. Are nurses adequately prepared for end-of-life care? J Nurs Scholarsh. 2001;33(2):147-51. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1547-5069.2001.00147.x
Mussi FC. Conforto e lógica hospitalar: análise a partir da evolução histórica do conceito conforto na enfermagem. Acta paul enferm. 2005;18(1):72-81. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-21002005000100010
Silva CRL. Conceito de conforto na perspectiva de clientes e de enfermeiras em unidades de internação hospitalar [tese na Internet]. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro; 2008. Disponível em: http://objdig.ufrj.br/51/teses/EEAN_D_CarlosRobertoLyraDaSilva.pdf
Hou YF, Zhao AP, Feng YX, et al. Nurses’ knowledge and attitudes on comfort nursing care for hospitalized patients. Int J Nurs Pract. 2014;20(6):573-8. DOI: https://doi.org/10.1111/ijn.12200
Moura LF. A consulta de enfermagem como instrumento de conforto aos clientes assistidos em ambulatórios de oncologia [dissertação]. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; 2015.
Ponte KMA, Silva LF. Comfort as a result of nursing care: an integrative review. Rev Pesqui Cuid é Fundam Online. 2015;7(2):2603-14. DOI: https://doi.org/10.9789/2175-5361.2015.v7i2.2603-2614
Mendes RS, Mendes RS, Cruz AM, et al. Teoria do conforto como subsídio para o cuidado clínico de enfermagem. Ciênc Cuid Saúde. 2016;15(2):390. DOI: https://doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v15i2.27767
Pinto S, Caldeira S, Martins JC, et al. Evolutionary analysis of the concept of comfort. Holist Nurs Pract. 2017;31(4):243-52. DOI: https://doi.org/10.1097/HNP.0000000000000217
Pereira CSCN, Mercês CAMF, Lopes ROP, et al. Análise do conceito de conforto: contribuições para o diagnóstico de disposição para conforto melhorado. Esc Anna Nery. 2019;24(2):e20190205. DOI: https://doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2019-0205
Cardoso RB, Caldas CP, Souza PA. Uso da teoria do conforto de Kolcaba na implementação do processo de enfermagem: revisão integrativa. Rev Enferm Atenção à Saúde. 2019;8(1):118-28. doi: https://doi.org/10.18554/reas.v7i2.2758 DOI: https://doi.org/10.18554/reas.v7i2.2758
Pereira R, Silveira T, Vilelas J, Pontífice-Sou. Conforto ao adulto em fim de vida hospitalizado. Rev Rol enferm. 2020;451-7.
Cardoso RB, Souza PA, Caldas CP, et al. Diagnósticos de enfermagem em idosos hospitalizados á luz da teoria do conforto de Kolcaba. 2020;5(4):e20066. doi: https://doi.org/10.12707/RV20066 DOI: https://doi.org/10.12707/RV20066
Berntzen H, Bjørk IT, Storsveen AM, et al. “Please mind the gap”: a secondary analysis of discomfort and comfort in intensive care. J Clin Nurs. 2020;29(13-14):2441-54. DOI: https://doi.org/10.1111/jocn.15260
Angheluta AA, Gonella S, Sgubin C, et a. When and how clinical nurses adjust nursing care at the end-of-life among patients with cancer: Findings from multiple focus groups. Eur J Oncol Nurs. 2020;49:101856. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ejon.2020.101856
Ministério da Saúde (BR). Secretaria-Executiva. HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2004. [acesso 2023 ago 23]. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/humanizasus_2004.pdf
Pereira PF. Homens na enfermagem : atravessamentos de gênero na escolha, formação e exercício profissional. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul; 2008. [acesso 2023 dez 20]; Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/13069
Angelo M, Forcella HT, Fukuda IMK. Do empirismo à ciência: a evolução do conhecimento de enfermagem. Rev Esc Enferm USP. 1995;29(2):211-23. DOI: https://doi.org/10.1590/0080-6234199502900200211
Foucault M. Incorporación del hospital en la tecnología moderna. Educación médica y salud. 1978;12(1):104.
Silva FR, Prado PF do, Carneiro JA, Costa FM da. Implementação da sistematização da assistência de enfermagem: dificuldades e potencialidades. Rev Univ Vale Rio Verde [Internet]. 2014 [acesso 2023 ago 23];12(2):580-90. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=4901289 DOI: https://doi.org/10.5892/ruvrd.v12i2.1609
Pesut DJ, Herman J. Clinical reasoning: the art and science of critical and creative thinking. Delmar: Cengage Learning; 1999. 244 p.
Castro MCF, Fuly PSC, Santos MLSC, et al. Total pain and comfort theory: implications in the care to patients in oncology palliative care. Rev Gaúcha Enferm. 2021;42:e20200311. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-1447.2021.20200311
Ministério da Saúde (BR). Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS - PNPIC-SUS [Internet]. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2006. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnpic.pdf
Harper FWK, Heath AS, Moore TF, et al. Using music as a tool for distress reduction during cancer chemotherapy treatment. JCO Oncol Pract. 2023;19(12):1133-42. DOI: https://doi.org/10.1200/OP.22.00814
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os direitos morais e intelectuais dos artigos pertencem aos respectivos autores, que concedem à RBC o direito de publicação.
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.