Tendência Temporal de Internações por Diagnóstico Oncológico em Crianças e Adolescentes
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2020v66n4.1010Palavras-chave:
Neoplasias/epidemiologia, Hospitalização/tendências, Fatores de Tempo, Criança, AdolescenteResumo
Introdução: O câncer pediátrico é considerado uma patologia rara, porém requer longos períodos de tratamento em centros de especialidade oncológica. Um dos principais desafios das famílias é o distanciamento dos locais de tratamento e de suporte hospitalar para internações em oncologia pediátrica. Objetivo: Analisar a tendência temporal por locais de residência e internação de crianças e adolescentes por diagnósticos oncológicos, entre os anos de 1998 e 2018, no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico documental analítico, com coleta de dados secundários em base de dados de domínio público. O estudo possui caráter de série histórica e de distribuição espaço-geográfica, das internações hospitalares de crianças em tratamento oncológico no Rio Grande do Sul. Resultados: Menores de 4 anos representaram a principal demanda de internação por diagnóstico oncológico infanto-juvenil ao longo dos anos. Em cerca de 80% das regiões em saúde, os pacientes acabam internando, por diagnóstico oncológico, fora das suas regiões de saúde e locais de residência. Nos últimos 20 anos, houve aumento da prevalência nas internações, ainda muito localizadas em centros de especialidade. Conclusão: Há necessidade de intervenção de políticas públicas e descentralização de serviços especializados no tratamento e internação em oncologia pediátrica.