O Estado da Arte da Imunoterapia no Tratamento do Câncer de Mama Triplo-Negativo: Principais Drogas, Associações, Mecanismos de Ação e Perspectivas Futuras
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2021v67n2.1014Palavras-chave:
Imunoterapia, Neoplasias da Mama/terapia, Neoplasias de Mama Triplo Negativas, BiomarcadoresResumo
Introdução: O câncer de mama e o mais comumente diagnosticado em mulheres e uma das principais causas de morte por câncer em mulheres em todo o mundo. Apesar, ou talvez por causa, de sua natureza agressiva e da falta de tratamentos direcionados atuais, pesquisas clínicas e laboratoriais significativas estão fornecendo opções de tratamento diferenciadas. Historicamente, a quimioterapia tem sido a única opção viável de tratamento sistêmico para doenças precoces e avançadas. No entanto, ensaios clínicos publicados recentemente mostraram que a imunoterapia tem um papel importante no paradigma de tratamento dessa condição devastadora. Objetivo: Demonstrar o estado da arte da imunoterapia no tratamento do câncer de mama triplo-negativo. Método: Revisão integrativa de literatura, entre janeiro/2020 a marco/2020, a partir das bases de dados PubMed, SciELO, International Clinical Trials Registry Platform e LILACS, por meio dos descritores “Imunoterapia”, “Neoplasias da mama” e “Neoplasias de mama triplo negativas” e seus respectivos correspondentes em inglês. Resultados: Foram encontrados 465 artigos; destes, 457 foram excluídos após aplicação dos critérios metodológicos. Assim, restaram oito artigos que atendiam aos critérios de inclusão, demonstrando os principais agentes terapêuticos utilizados, mecanismos de ação e combinações terapêuticas. Encontraram-se 25 ensaios clínicos em andamento na plataforma de registro de ensaios clínicos International Clinical Trials Registry Platform. Conclusão: Embora a imunoterapia seja algo recente, seus resultados com agentes inibidores da PARP, PD-1 e PD-L1 demonstraram resultados satisfatórios. Novos ensaios com subgrupos estratificados de acordo com biomarcadores tumorais específicos são necessários, a fim de avaliar se algum subgrupo tem maior benefício ao tratamento.