Análise da Fadiga Relatada e das Forças Musculares Respiratória e Periférica em indivíduos com Câncer em Tratamento
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2020v66n4.1051Palavras-chave:
Neoplasias, Força Muscular, Fadiga Muscular, Teste respiratórios, ReabilitaçãoResumo
Introdução: Nos últimos anos, o tratamento do câncer evoluiu, possibilitando uma maior sobrevida ao paciente, porém os efeitos colaterais, como a diminuição da imunidade e a fadiga, influenciam o sistema respiratório e muscular. Objetivo: Analisar a fadiga e as forças musculares respiratória e periférica em voluntários com câncer em tratamento e em indivíduos saudáveis. Método: Trata-se de um estudo analítico, observacional, transversal e controlado. Os indivíduos foram distribuídos em dois grupos: um grupo de câncer em quimioterapia e/ou em radioterapia (GCA: n=98; homens=35,72%; mulheres=64,28%; idade=58,13±13,26 anos; índice de massa corporal (IMC=26,23±4,04 kg/m2; tempo de diagnóstico de câncer=27,54±9,61 meses) e um grupo controle (GC: n=86; homens=30,23%; mulheres=69,77; idade=59,24±12,87 anos; IMC=26,76±4,04 kg/m2). Para todos os indivíduos, a fadiga relatada foi avaliada, usando-se a subescala de fadiga do questionário The Functional Assessment of Cancer Therapy-Fatigue (FACT-F). A avaliação das pressões respiratórias máximas foi realizada por meio da manovacuometria e da força de preensão palmar por intermédio da dinamometria manual. Resultados: O GCA apresentou maior índice de fadiga relatada (p<0,001; f2=0,382), valores inferiores para as variáveis respiratórias (PImax: p<0,001; f2=0,441; PEmax: p<0,001; f2=0,361), força de preensão palmar esquerda (p=0,024 f2=0,182), se comparado ao GC. Conclusão: Voluntários com câncer em quimioterapia e/ou em radioterapia apresentaram maiores níveis de fadiga relatada, com reduções da força muscular respiratória e da força de preensão palmar.