Imunoterapia em Oncologia em uma Cidade do Interior de Minas Gerais: Análise da Década 2010-2019
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2020v66n4.1074Palavras-chave:
Neoplasias/terapia, Imunoterapia, BrasilResumo
Introdução: Nos últimos anos, a terapia sistêmica em oncologia sofreu mudanças substanciais e a imunoterapia destacou-se como forma de tratamento adjuvante. No Brasil, as diferenças do acesso a essa terapêutica podem ser observadas de maneira relevante e ainda não há amplo conhecimento sobre o seu uso nas diferentes Regiões do país. Objetivo: Analisar o panorama da utilização de imunoterapia no tratamento oncológico em Barbacena-MG na última década. Método: Estudo descritivo de centro único. Os pacientes maiores de 18 anos, diagnosticados com câncer e que utilizaram imunoterápicos no período de 2010 a 2019, foram selecionados por meio de consulta ao Registro Hospitalar de Câncer, e as informações constantes nesse sistema, bem como prontuários, foram utilizadas para obtenção de dados sociodemográficos e clínicos. Resultados: A imunoterapia foi utilizada no tratamento de 90 pacientes (4,9%), totalizando 95 tratamentos. Entre os medicamentos utilizados, destacaram-se o Bacillus Calmette-Guérin (BCG), o trastuzumabe e o imatinibe. Observou-se um aumento na utilização de imunoterápicos ao longo da década, bem como uma maior variedade de tratamentos realizados. O imatinibe e o pazopanibe obtiveram maior porcentagem de óbitos durante o tratamento e 77,9% dos medicamentos utilizados foram custeados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O tempo de tratamento da maioria dos pacientes se manteve próximo a dez meses, sendo menor para aqueles que se trataram com BCG. Conclusão: O uso da imunoterapia em oncologia em Barbacena apresentou um avanço no período de 2010 a 2019, tanto no quantitativo quanto na variedade de tratamentos, com incorporação de novos medicamentos.