Consumo de Alimentos Ultraprocessados por Mulheres Sobreviventes do Câncer de Mama

Autores

  • Julianne do Nascimento Sales Nutricionista. Residente no Serviço de Nutrição do Hospital Haroldo Juaçaba. Instituto do Câncer do Ceará (ICC). Fortaleza (CE), Brasil. https://orcid.org/0000-0001-8426-5345
  • Manuella Cunha Barbosa Nutricionista. Mestranda do Programa de Pós-graduação em Nutrição e Saúde da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Fortaleza (CE), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-7245-6723
  • Ilana Nogueira Bezerra Nutricionista. Pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Nutrição e Saúde da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Fortaleza (CE), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-2072-0123
  • Sara Maria Moreira Lima Verde Nutricionista. Pesquisadora do Programa de Pós-graduação em Nutrição e Saúde da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Fortaleza (CE), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-7733-0214

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2020v66n3.1092

Palavras-chave:

Consumo de Alimentos, Alimentos Industrializados, Qualidade dos Alimentos, Neoplasias da Mama, Sobrevivência

Resumo

Introdução: A elevada prevalência de câncer de mama no Brasil em paralelo ao aumento no consumo de alimentos ultraprocessados sugere relação estreita entre esses fatores. Objetivo: Avaliar o consumo de alimentos ultraprocessados em mulheres sobreviventes do câncer de mama. Método: Estudo transversal com 100 mulheres com câncer de mama acompanhadas em centro de tratamento oncológico. Utilizando um questionário de frequência alimentar, os itens alimentares consumidos foram agrupados em in natura, processados e ultraprocessados, conforme classificação NOVA. A contribuição energética de cada grupo de alimento deu-se pela razão entre caloria proveniente do grupo e caloria total. As pacientes foram categorizadas em elevado e baixo consumo de ultraprocessados e as diferenças entre os dois grupos (variáveis categóricas) foram testadas por X2 de Pearson. A relação entre a ingestão de calorias provenientes de ultraprocessados e a ingestão de energia e de nutrientes específicos foi baseada em modelos de regressão linear brutos e ajustados por idade, escolaridade e índice de massa corporal. Resultados: Das calorias ingeridas pelas pacientes, 27,1% eram de ultraprocessados. As com alto consumo de ultraprocessados tinham menor ingestão de proteínas (p=0,0372) e fibras (p=0,0458) e maior de gordura poli-insaturada (p=0,0019) e sódio (p=0,0068). O consumo de ultraprocessados implicou em menor ingestão de in natura e maior de sódio, gordura total e de suas frações (p<0,05). Conclusão: Mulheres sobreviventes do câncer de mama tem um terço da sua alimentação composto por ultraprocessados associados a redução no consumo de in natura, proteínas e fibras.

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Publicado

2020-08-26

Como Citar

1.
do Nascimento Sales J, Cunha Barbosa M, Nogueira Bezerra I, Moreira Lima Verde SM. Consumo de Alimentos Ultraprocessados por Mulheres Sobreviventes do Câncer de Mama. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 26º de agosto de 2020 [citado 7º de dezembro de 2024];66(3):e-141092. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/1092

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL