Características dos Pacientes com Leucemia Infantil no Âmbito Hospitalar e a Contribuição da Fisioterapia: um Estudo Retrospectivo
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2021v67n1.1177Palavras-chave:
Leucemia, Modalidades de Fisioterapia, Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde, Oncologia, CriançasResumo
Introdução: As leucemias são caracterizadas pela presença de células imaturas na corrente sanguínea, provenientes das células tumorais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas saudáveis. Em crianças com leucemia, é possível visualizar alterações fisicomotoras e respiratórias, como fraqueza muscular, fadiga e redução da função pulmonar. A fisioterapia previne as complicações oriundas do câncer, com uma abordagem biopsicossocial prevista na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Objetivo: Avaliar as características de crianças com diagnóstico de leucemia, a contribuição da fisioterapia e investigar o uso da CIF. Método: Trata-se de um levantamento descritivo retrospectivo de prontuários de 76 crianças com diagnóstico de leucemia linfoide aguda (LLA) e/ou leucemia mieloide aguda (LMA), em Hospital Terciário de Curitiba, com diagnóstico entre 2015 e 2018. Resultados: A média de idade dos pacientes foi de 6,75 ± 4,17 anos; 89,5% (n=68) dos diagnósticos eram LLA, 5,3% (n=4), LMA e 5,3% (n=4), de ambas. A maioria, 67,1% (n=51), residia em Curitiba-PR e Região Metropolitana; 63,2% (n=48) utilizaram o sistema de saúde pública como meio de acesso ao hospital e 36,8% (n=28) usaram outros. Dos 76 prontuários analisados, apenas 14,4% (n=11) registraram atendimento fisioterapêutico e o modelo biopsicossocial proposto pela CIF esteve ausente. Conclusão: Apesar da disponibilidade do serviço de fisioterapia no hospital, não foi identificado um padrão de avaliação, diagnóstico e prescrição fisioterapêutica, assim como os principais acometimentos neuropsicomotores de crianças com leucemia.