Infusão Calórica e Proteica versus Prescrição Dietética na Terapia Nutricional Enteral do Paciente Oncológico
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2021v67n3.1275Palavras-chave:
Terapia Nutricional, Nutrição Enteral, NeoplasiasResumo
Introdução: O suporte nutricional no paciente oncológico não se restringe ao cálculo das necessidades nutricionais e à prescrição dietética, é necessário que o volume prescrito seja realmente infundido. Objetivo: Comparar a infusão calórica e proteica com a prescrição dietética em pacientes oncológicos sob terapia nutricional enteral. Método: Estudo retrospectivo, analítico, conduzido em fichas de acompanhamento nutricional de pacientes que estiveram internados durante sete dias no mínimo, exclusivamente sob terapia nutricional enteral por sonda ou ostomia entre janeiro/2009 e dezembro/2012. As fichas que atenderam aos critérios de seleção foram ordenadas alfabeticamente e, aleatoriamente, selecionadas por intervalo de retirada (k=5). Coletaram-se: idade, sexo, localização tumoral, composição nutricional, volume prescrito e aquele infundido da fórmula enteral utilizada. Com estes dois últimos, calculou-se o indicador “prescrição versus infusão”. Os testes t Student, t pareado e qui-quadrado foram aplicados a um nível de significância máximo de 5%. Resultados: Das 120 fichas analisadas, prevaleceram homens (61,7%) com idade média de 58,3±16,8anos. Em 2010, houve maiores médias de diferença entre volume prescrito e infundido (-392,64ml) e calorias prescritas versus infundidas (-528,23cal). Apenas 37,5% dos pacientes receberam um mínimo de 70% do volume prescrito. Conclusão: Houve um inadequado consumo da dieta infundida em relação à prescrita. Sugere-se que intervenções pela equipe multiprofissional em terapia nutricional minimizem as intercorrências encontradas.