Rede de Atenção Oncológica: como a Estratégia Saúde da Família se Percebe na Assistência ao Paciente com Câncer
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2012v58n2.1426Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Estratégia Saúde da Família, Política de Saúde, Oncologia, Pesquisa Qualitativa, BrasilResumo
Introdução: A susceptibilidade genética aliada ao envelhecimento populacional, o estilo de vida, o meio ambiente e o processo de industrialização determinam o risco de adoecimento por câncer, segunda causa de morte na população brasileira. A Politica Nacional de Atenção Oncológica desenvolvida pelo Instituto Nacional de Câncer Jose Alencar Gomes da Silva (INCA) prevê participação em todos os níveis de atenção a saúde e articulação intersetorial (tripartite). Objetivo: Analisar a percepção dos integrantes de equipes da Estratégia Saúde da Família do Município do Rio de Janeiro sobre sua inserção na Rede de Atenção Oncológica, identificando dificuldades e facilidades no processo de trabalho. Método: Estudo qualitativo no qual realizaram-se entrevistas semiestruturadas, seguindo roteiro temático sobre o trabalho dos profissionais do Programa Saúde da Família, da Área Programática 5.2, capacitados pelo projeto Unidos pela Cura, que estimula a detecção precoce do câncer infantojuvenil, baseadas em seu movimento para acompanharem seus pacientes portadores de câncer e suas dificuldades no dia a dia. Resultado: Os participantes referiram descompasso entre a Atenção Básica e o INCA; duvidas quanto ao processo de acompanhamento; e falta de acesso a informação sobre quem contatar. Conclusão: A proposta da Rede requer planejamento de ações estratégicas alinhadas ao principio da integralidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e da linha de cuidado. Para que a Atenção Básica se defina como parte importante da linha do cuidado do câncer, ha necessidade de educação permanente, educação continuada e organização de níveis de atenção articulados com a Rede de Atenção Oncológica.