Qualidade de Vida e Estratégias de Enfrentamento em Mulheres com e sem Linfedema Pós-Câncer de Mama
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2010v56n3.1482Palavras-chave:
Qualidade de Vida, Neoplasias da Mama, Linfedema, MulheresResumo
O linfedema, complicação do tratamento de câncer de mama, pode levar às limitações físicas, funcionais, psicológicas e sociais. O objetivo deste estudo foi verificar o impacto do linfedema nos fatores biopsicossociais das portadoras, identificando as estratégias de enfrentamento e avaliando a qualidade de vida de mulheres com e sem linfedema após câncer de mama. Os instrumentos de avaliação foram: questionário de caracterização; questionários de qualidade de vida European Organization for Research and Treatment of Câncer (EORTC) QLQ-30 e BR-23; e Inventário de Estratégias de Coping. Foram entrevistadas 82 mulheres, idade média de 57,4 anos (DV12,3), submetidas ao tratamento de neoplasia mamária. O linfedema apresentou-se em 39,03% e parece não interferir muito na qualidade de vida dessas mulheres, sendo a função social a mais prejudicada. Nas portadoras de linfedema, apenas os sintomas relacionados aos braços foram estatisticamente maiores, e o autocontrole foi a estratégia de enfrentamento estatisticamente mais utilizada. Outras estratégias utilizadas foram: reavaliação, resolução de problemas, fuga, suporte social e autocontrole. Conclui-se que o uso de estratégias ativas e positivas para enfrentar o câncer de mama parece resultar na boa adaptação psicossocial.