O Impacto da Correção dos Dados na Mortalidade Prematura por Câncer de Próstata, Brasil, 1996-2011

Autores

  • Daisy Maria Xavier de Abreu Pesquisadora do Grupo de Pesquisas em Epidemiologia e Avaliação de Serviços de Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Doutora em Saúde Pública. Belo Horizonte (MG), Brasil.
  • Mark Drew Crosland Guimarães Professor-Associado da Faculdade de Medicina da UFMG. Doutor em Epidemiologia. Belo Horizonte (MG), Brasil
  • Glaura da Conceição Franco Professora-Associada do Departamento de Estatística do Instituto de Ciências Exatas da UFMG. Doutora em Engenharia Elétrica. Belo Horizonte (MG), Brasil
  • Gustavo de Carvalho Lana Doutorando em Estatística pela UFMG. Belo Horizonte (MG), Brasil
  • Lenice Harumi Ishitani Pesquisadora do Grupo de Pesquisas em Epidemiologia e Avaliação de Serviços de Saúde da Faculdade de Medicina da UFMG. Doutora em Saúde Pública. Belo Horizonte (MG), Brasil
  • Elizabeth Barboza França Professora-Associada da Faculdade de Medicina da UFMG. Doutora em Infectologia e Medicina Tropical. Belo Horizonte (MG), Brasil

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2016v62n2.170

Palavras-chave:

Neoplasias da Próstata, Mortalidade, Sistemas de Informação em Saúde

Resumo

Introdução: Nas análises de mortalidade, devem ser observados o grau de cobertura e a qualidade das informações para reduzir o risco de apresentar estimativas de mortalidade com viés de sub-registro e/ou registro incorreto da causa de morte. Objetivo: Analisar a mortalidade por câncer de próstata na população masculina entre 30 e 69 anos de idade, no Brasil e regiões, de 1996 a 2011, corrigindo pelo sub-registro de óbitos e redistribuição de causas maldefinidas e inespecíficas. Método: Foram redistribuídos óbitos: de sexo e idade ignorados; causas mal definidas e causas inespecíficas; e corrigido o sub-registro no Sistema de Informações sobre Mortalidade. Para análise das séries de cada região e Brasil, aplicou-se um modelo de regressão linear com erros autorregressivos e o modelo de espaços de estados. Resultados: Após correção do sub-registro, as taxas de mortalidade por câncer de próstata aumentaram em 22,2% (1996) e 6,2% (2011). A redistribuição de causas mal definidas contribuiu em 21,4%, especialmente em 1996. Os códigos inespecíficos apresentaram um impacto muito reduzido no total de óbitos corrigidos. Após a correção, a região Nordeste passou a apresentar a maior taxa de morte por câncer de próstata e a região Sudeste a menor, em 1996 e 2011. Observou-se tendência de redução nos níveis de mortalidade no período analisado e também uma diminuição entre os diferenciais regionais em 2011. Conclusão: A correção dos dados permitiu obter um quadro mais específico da mortalidade por câncer de próstata, de modo a auxiliar no adequado planejamento das ações de saúde pública.

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Publicado

2016-06-30

Como Citar

1.
de Abreu DMX, Guimarães MDC, Franco G da C, Lana G de C, Ishitani LH, França EB. O Impacto da Correção dos Dados na Mortalidade Prematura por Câncer de Próstata, Brasil, 1996-2011. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 30º de junho de 2016 [citado 4º de novembro de 2024];62(2):147-54. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/170

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL