Primórdios do Uso da Radiação na Medicina Mineira
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2008v54n4.1704Palavras-chave:
História da Medicina, Radioterapia, Indústria farmacêutica, NeoplasiasResumo
O presente artigo descreve ações particulares e públicas para o desenvolvimento de uma infra-estrutura apropriada para a implantação da radioterapia na prática médica na capital de Minas Gerais. Assim, surge o Instituto de Radium em Belo Horizonte, cidade que pretendia ser centro modernizador do estado. A radioterapia e os elementos radioativos ainda eram demasiadamente novos em seu uso medicinal, assim, durante a década de 1920, foram largamente empregados para a cura de um amplo sortimento de doenças: de dermatites aos diversos tipos de câncer. Para ilustrar os primórdios da aplicação das radiações na medicina, foram utilizados como fontes: jornais, revistas médicas e livros de autobiografia. O artigo mostra também o papel da indústria farmacêutica na divulgação de fármacos radioativos e ainda de drogas que pretendiam curar o mal do câncer, o impacto da morte dos médicos-radiologistas, as estatísticas populacionais das principais causas de morte no Estado de Minas Gerais, o desafio da aplicação da radioterapia nos casos de diagnóstico de câncer e os esforços no sentido de aprimorar os conhecimentos médicos na Área da Oncologia, esforços esses que promoveram a visita de Mme. Curie à Capital Mineira, e da doação, pela mesma, de uma agulha radioativa para o Instituto de Radium.