Câncer colorretal: uma revisão da abordagem terapêutica com bevacizumabe
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2007v53n2.1813Palavras-chave:
Neoplasias colorretais, Bevacizumabe, QuimioterapiaResumo
Objetivo: Analisar criticamente as publicações sobre bevacizumabe utilizado no tratamento do câncer colorretal metastático quanto às seguintes variáveis: protocolo utilizado, performance status Eastern Cooperative Oncology Group (ECOG), sobrevida (SV) mediana, SV livre de progressão mediana, taxa de resposta objetiva, qualidade de vida e eventos adversos (graus 3 e 4). Métodos: Trata-se de um estudo de revisão, cuja coleta de informações ocorreu nas bases de dados LILACS, PUBMED, Journal of Clinical Oncology (J Clin Oncol.) e no index MICROMEDEX. Resultados: Foram identificados 7 artigos, sendo 57,1% publicados no J Clin Oncol. A idade mediana dos pacientes desses estudos variou de 60 a 67 anos, com amostras populacionais de 19 a 411 sujeitos. Os protocolos quimioterápicos mais utilizados em associação com bevacizumabe foram 5-fluorouracil/leucovorin (87,5%) e irinotecano/5fluorouracil/leucovorin - IFL (28,5%) dos artigos. A sobrevida (SV) mediana variou de 6 meses a 21,5 meses e a SV livre de progressão da doença variou de 4 meses a 10,6 meses nos grupos que receberam bevacizumabe. Os eventos adversos (EA) mais graves (graus 3-4) ocorreram em 84,9% do grupo que recebeu bevacizumabe/IFL. Conclusões: Os trabalhos publicados foram poucos e referentes a estudos multicêntricos internacionais. No Brasil, apesar de ser aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, o bevacizumabe não está disponível no mercado, não havendo, portanto, publicações nacionais sobre o seu uso. A despeito dos benefícios da terapia com este agente, há que se considerar a ocorrência de alguns EA que, apesar de raros, podem apresentar relevante impacto terapêutico e econômico.