Linfoma não-Hodgkin Primário de Esôfago: Relato de Caso
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2006v52n4.1850Palavras-chave:
Neoplasias gastrointestinais, Neoplasias esofágicas, Linfoma não-HodgkinResumo
O linfoma não-Hodgking primário do esôfago é muito raro, representando menos de 1% de todas as neoplasias do trato gastrointestinal. Relatamos o caso de um paciente de 60 anos com história de disfagia progressiva de dois anos, sem história de imunodeficiência e sem anormalidades laboratoriais ou radiológicas. A endoscopia mostrou uma lesão esofágica vegetante de dois centímetros invadindo a cárdia com limites imprecisos. Três esofagoscopias com biópsias foram realizadas revelando, contudo, resultados inconclusivos. Sem um diagnóstico histopatológico definitivo, o paciente foi submetido a uma esofagectomia trans-hiatal com linfadenectomia e reconstrução, utilizando-se o estômago. A análise histológica do tumor revelou citoplasma eosinofílico e marcante hipercromatismo, e pleiomorfismo nucleares com atividade mitótica aumentada. As células do tumor estavam invadindo a camada muscular. O diagnóstico de linfoma não-Hodgkin foi feito e confirmado pela imunoistoquímica usando dois marcadores: o Ki67 e o CD20. Após a cirurgia, o paciente recebeu três ciclos de quimioterapia. Até o momento, após 49 meses de acompanhamento, ele mantém-se assintomático. Concluímos que, embora o linfoma de esôfago seja muito raro, ele deve ser considerado como um diagnóstico diferencial em situações como esta. Além disso, a análise imunoistoquímica constitui um poderoso instrumento para confirmação diagnóstica.
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