Associação do vírus Epstein-Barr (EBV) com tumores sólidos
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2006v52n1.1912Palavras-chave:
Vírus de Epstein-Barr, Tumores sólidos, OncogêneseResumo
O gama-herpes vírus Epstein-Barr (EBV) é um vírus ubíquo, que estabelece infecção persistente em mais de 90% da população mundial adulta. O EBV está associado a várias desordens proliferativas benignas e malignas de origem linfóide, tais como mononucleose infecciosa, linfoma de Burkitt, doença de Hodgkin e doença linfoproliferativa póstransplante, nas quais o seu papel oncogênico tem sido largamente estudado. Em tumores sólidos, a relação do EBV é bem documentada em carcinomas de nasofaringe. Contudo, novos achados têm demonstrado que o EBV apresenta um espectro de infecção celular mais amplo do que se conhecia, sendo detectado em células de outros tipos de tumores sólidos, com evidências que apontam para a sua participação na tumorigênese dessas neoplasias. O presente artigo inicia com uma breve descrição da biologia do EBV e tem como objetivo realizar uma compilação dos achados encontrados na literatura, concernentes à associação do EBV a neoplasias sólidas, apontando as evidências do envolvimento viral e as características das infecções que são encontradas em cada tecido.