Carcinoma epidermóide do pênis: considerações epidemiológicas, histopatológicas, influência viral e tratamento cirúrgico

Autores

  • Adriano Augusto Peclat de Paula Mestrando em Patologia Tropical, Serviço de Urologia Oncológica, Hospital Araújo Jorge da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG), GO
  • Joaquim Caetano Almeida Netto Ph.D, Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública, Universidade Federal de Goiás, GO
  • Aparecido Divino da Cruz Ph.D, Departamento de Biologia, Núcleo de Pesquisas Replicon da Universidade Católica de Goiás, GO
  • Ruffo de Freitas Júnior Ph.D, Serviço de Ginecologia e Mama, Hospital Araújo Jorge da ACCG, GO

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2005v51n3.1952

Palavras-chave:

Neoplasias penianas, Carcinoma de células escamosas, Etiologia, Linfadenectomia, Epidemiologia, Morbidade, Condutas terapêuticas

Resumo

O carcinoma epidermóide do pênis, embora raro em países desenvolvidos, está associado à alta morbidade decorrente da própria doença e/ou de seu tratamento. O perfil social, econômico e cultural dos pacientes com carcinoma peniano dificulta o diagnóstico precoce, o tratamento e o seguimento dos enfermos. Os diferentes sistemas de estadiamento e a falta de padronização de condutas clínicas contribuem para vieses na avaliação individual dos casos e resultam em dificuldades na abordagem terapêutica. Não existem estudos prospectivos, randomizados e com amostragem suficiente que permitam estabelecer a conduta mais adequada nos diversos estádios da enfermidade. Algumas dúvidas referentes ao manejo das regiões inguinais permanecem ainda sem resposta. Neste contexto, merecem maior atenção os pacientes com ausência de linfonodos inguinais suspeitos, porém com tumores profundos e de alto grau histológico, o que caracteriza risco intermediário de doença oculta. Vários pacientes são submetidos à linfadenectomia desnecessariamente, enquanto uma parcela dos casos com doença inguinal oculta é colocada em vigilância, retardando-se o tratamento. Avanços nas técnicas de imunohistoquímica e biologia molecular têm permitido identificar o papel de vírus epiteliotrópicos, como o papilomavírus humano (HPV), na etiologia e prognóstico do carcinoma peniano. Estudos multicêntricos deveriam ser realizados na tentativa de identificar as principais variáveis de prognóstico do carcinoma epidermóide peniano, possibilitando assim uma melhor abordagem clínica destes tumores.

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Publicado

2005-09-30

Como Citar

1.
Paula AAP de, Almeida Netto JC, Cruz AD da, Freitas Júnior R de. Carcinoma epidermóide do pênis: considerações epidemiológicas, histopatológicas, influência viral e tratamento cirúrgico. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 30º de setembro de 2005 [citado 4º de novembro de 2024];51(3):243-52. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/1952

Edição

Seção

REVISÃO DE LITERATURA

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