Paraganglioma não-funcionante de bexiga: relato de caso e revisão da literatura

Autores

  • Ulysses Messias da Silva Médico Residente do segundo ano do Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral do Hospital Regional Alto Vale, Santa Catarina, Brasil.
  • Ricardo Alexandre Manteuffel Médico Residente do segundo ano do Programa de Residência Médica em Cirurgia Geral do Hospital Regional Alto Vale, Santa Catarina, Brasil.
  • Mônica Serapião Médica Patologista do Serviço de Anatomia-Patológica do Hospital Regional Alto Vale, Santa Catarina, Brasil.
  • Roberto Carlos Sedrez Médico Urologista do Serviço de Urologia do Hospital Regional Alto Vale, Santa Catarina, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2004v50n3.2028

Palavras-chave:

Paraganglioma, Neoplasias da bexiga, Feocromocitoma, Tumor vesical

Resumo

Introdução: Os paragangliomas são feocromocitomas de localização extra-adrenal, podendo ser encontrados desde a base do crânio até a bexiga. Representam menos de 0,06% de todos os tumores da bexiga, sendo os primeiros casos publicados por Zimmermann em 1953, e por Rodriguez-Rubio em 1975. Relato do caso: Paciente de 17 anos, masculino, deu entrada no Hospital Regional Alto Vale apresentando hematúria e retenção urinária. Foi investigado sem achados positivos, tendo recebido alta hospitalar para investigação ambulatorial do quadro. Diagnosticado o tumor vesical ambulatorialmente, o paciente foi internado para tratamento cirúrgico eletivo do tumor, cujo exame anátomo-patológico revelou a presença de um paraganglioma, confirmado após imunohistoquímica. Onze meses após a cirurgia o paciente permanece hígido e assintomático. Discussão: A idade de apresentação oscila entre os 11 e os 70 anos. Clinicamente são classificados em funcionantes e não-funcionantes de acordo com a presença de produção catecolaminérgica pela neoplasia. Dez a quinze por cento dos paragangliomas de bexiga são malignos. O diagnóstico é confirmado pela dosagem do Ácido Vanilmandélico e Metanefrinas urinárias, Ultrassonografia, Urografia Excretora, Cistoscopia, Tomografia Computadorizada, Ressonância Nuclear Magnética e a Cintilografia com Iodo 131-Metaiodobenzilguanidina, sendo este último apontado como o mais sensível pela literatura. O tratamento é cirúrgico, e o prognóstico ainda é uma incógnita devido ao ainda pequeno número de casos relatados.

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Publicado

2004-09-30

Como Citar

1.
Silva UM da, Manteuffel RA, Serapião M, Sedrez RC. Paraganglioma não-funcionante de bexiga: relato de caso e revisão da literatura. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 30º de setembro de 2004 [citado 23º de dezembro de 2024];50(3):227-32. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/2028

Edição

Seção

RELATO DE CASO