Estudo epidemiológico do câncer em menores de vinte anos, no estado de Sergipe- Brasil, no período de 1980-1999

Autores

  • Margareth Rose Uchoa Rangel Professora da disciplina de Cirurgia Pediátrica da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e Cirurgiã nos dois Serviços de Oncologia Pediátrica de Sergipe.
  • Rosana Cipolotti Prof. Dra. da disciplina de pediatria da UFS e onco-hematologista do serviço de oncologia do HGJAF.
  • Amaury Lelis dal Fabbro Prof. Dr. da disciplina de epidemiologia da USP de Ribeirão Preto.
  • Anselmo Mariano Fontes Oncologista pediátrico e Chefe do serviço de oncologia do HGJAF.
  • Márcio Botelho Cirurgião Oncológico e Chefe do Serviço de Oncologia da FBHC.

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2002v48n2.2238

Palavras-chave:

Neoplasias, Estudos Epidemiológicos, Criança, Adolescência, Brasil

Resumo

Pouco se conhece sobre a epidemiologia das neoplasias malignas em crianças e adolescentes do estado de Sergipe. No presente trabalho apresentamos um estudo epidemiológico descritivo do câncer, neste estado brasileiro, em menores de 20 anos de idade, no período de 1980 a 1999. Metodologia: foram revisados 1588 prontuários dos Serviços de Oncologia Pediátrica, sendo 233 do Hospital João Alves Filho e 1355 da Fundação de Beneficência Hospital de Cirurgia. Destes, foram selecionados 895 casos confirmados de câncer, com os quais realizamos o trabalho. Resultados e conclusões: o grupo histológico que apresentou maior freqüência foi o dos Linfomas e Neoplasias do Sistema Retículo Endotelial. Quando agrupamos todos os tumores, observamos que predominam os pacientes do sexo masculino (59,2%), os pacientes considerados como não-brancos (66%), que a topografia abdominal foi a mais freqüente (26,7%), que a maioria dos sintomas teve início nos três meses que antecederam ao diagnóstico (69,2%), a presença de uma tumoração foi a queixa inicial em 34,1% dos pacientes, a associação de cirurgia e quimioterapia foi a combinação terapêutica mais utilizada (41,6%), o percentual de óbitos foi de 52,7%, muitos pacientes abandonaram o tratamento (19,4%) e que um pequeno número de pacientes foi considerado curado (12,1%). A dificuldade de acesso aos serviços especializados, associada a fatores sócio-econômicos e a precária estruturação dos Serviços de Oncologia do Estado de Sergipe, colaboram para o diagnóstico tardio, estadiamento avançado e mau prognóstico.

 

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Publicado

2002-06-28

Como Citar

1.
Rangel MRU, Cipolotti R, Fabbro AL dal, Fontes AM, Botelho M. Estudo epidemiológico do câncer em menores de vinte anos, no estado de Sergipe- Brasil, no período de 1980-1999. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 28º de junho de 2002 [citado 24º de abril de 2024];48(2):271-6. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/2238

Edição

Seção

RESUMO DE TESE