Extravasamento de Drogas Antineoplásicas: Notificação e Cuidados Prestados
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2001v47n2.2322Palavras-chave:
Enfermagem Oncológica, Avaliação de Processos e Resultados, Avaliação de DesempenhoResumo
Este estudo, desenvolvido no Ambulatório de Quimioterapia de Adultos de um hospital universitário da cidade de São Paulo teve por objetivos: identificar a incidência de extravasamentos de drogas citostáticas em pacientes atendidos nesse Ambulatório no período de 1998 e 1999; verificar os sinais e sintomas apresentados por estes pacientes após a ocorrência do extravasamentos dessas drogas; analisar os cuidados prestados pelo pessoal de enfermagem, visando o tratamento deste evento adverso. Trata-se de uma pesquisa descritiva retrospectiva que utilizou como fonte de dados primários os registros nas fichas de notificação desse evento adverso no biênio 1998/1999. Concluiu-se que nestes anos a incidência de extravasamento foi a de 1,2% e 1,0% respectivamente, proporções estas bem menores do que o limite máximo observado na literatura consultada. Dos 82 pacientes que sofreram extravasamento, 42 (51,2%) apresentaram sinais e sintomas, sendo os principais: ardor, dor e edema. Como efeito indesejável um paciente apresentou escaras no antebraço, cinco dias após o extravasamento da vinblastina, necessitando de tratamento especializado. A indicação e aplicação de compressas quentes no local do extravasamento, foram adequadas aos tipos de drogas infundidas e dentre os 58 pacientes que receberam compressas frias, em dois deveriam ser aplicadas compressas quentes (3,4%), implicando na revisão dos cuidados prestados. Identificou-se também a necessidade de melhoria dos registros para subsidiar o processo avaliativo nesse serviço de saúde.