Pesquisa Clínica e Câncer
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2021v67n3.2370Palavras-chave:
Ensaio Clínico, Neoplasias, Oncologia, EditorialResumo
O primeiro ensaio clínico que se tem ciência data de 600 anos antes da Era comum, com registro no velho testamento, caracterizando-se hoje em dia como um estudo-piloto. A Europa é o continente mais conectado em termos de realização de pesquisa clínica no mundo, e a Organização Europeia para Tratamento e Pesquisa do Câncer (EORTC) foi fundada apenas em 1962, sempre com o mesmo objetivo de melhora da qualidade de vida e sobrevida dos pacientes que apresentam neoplasias malignas. Já em 2008, o Grupo Cooperativo Latino-americano de Oncologia (LACOG) foi fundado por oncologistas com uma grande valorização da interdisciplinaridade e inclui em seu quadro pesquisadores com inúmeras especializações na área de saúde, inclusive fora da medicina. Neste contexto, o desafio se faz ainda maior com o objetivo de proporcionar tratamento oncológico de excelência em países de baixa e média rendas. É salutar que se entendam os princípios básicos da pesquisa clínica e sua aplicação em oncologia especialmente com o avanço tecnológico em pesquisa dos últimos tempos. Vale ressaltar que, atualmente, os cuidados dos pacientes oncológicos devem ser redobrados, em decorrência da pandemia pelo Sars-CoV-2, não somente na assistência como em pesquisa clínica. E, em última análise, o constante avanço na pesquisa básica e crescente globalização da pesquisa clínica devem servir de estímulo para que os desafios da pesquisa translacional em câncer se transformem em oportunidades, por meio de ensaios clínicos que permitam o aumento da sobrevida dos pacientes com câncer e com o desenvolvimento de novos tratamentos antineoplásicos que apresentem menos efeitos colaterais.