Crianças e Adolescentes em Tratamento Oncológico: uma Análise sobre a Visão do Adiamento do Início ou Interrupção da Educação Escolar
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2018v64n3.27Palavras-chave:
Criança, Adolescente, Oncologia, Inclusão Educacional, Enfermagem PediátricaResumo
Introdução: A longa durabilidade do processo terapêutico oncológico leva a mudanças na rotina da criança e do adolescente com perda social relevante, impossibilitando-os de frequentar a escola formal durante o período terapêutico. Objetivo: Analisar, na visão de crianças e adolescentes em tratamento oncológico em um hospital especializado da cidade de Salvador - BA, as implicações e elementos envolvidos no adiamento do início da educação escolar ou na sua interrupção. Método: Estudo descritivo com abordagem qualitativa realizada na Oncopediatria do Hospital Aristides Maltez, por meio de entrevistas realizadas individualmente com crianças e adolescentes em tratamento oncológico. Resultados: Foram entrevistadas crianças e adolescentes, sete do sexo masculino e cinco do feminino, com idades entre 8 e 17 anos. Desses, dois nunca estudaram, enquanto os demais puderam frequentar a escola formal. Conclusão: O recebimento do diagnóstico repercute de maneiras distintas entre as crianças e adolescentes. Foram verbalizadas dificuldades de ordens clínica e psicológica, tais como efeitos colaterais do tratamento clínico, mudança de rotina e impossibilidade de frequentar a escola formal. Para os adolescentes, lidar com a necessidade do abandono escolar é difícil, uma vez que estão mais próximos de avançar para o ensino superior ou mercado de trabalho.