A radioterapia do colo do útero no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.1998v44n2.2802Palavras-chave:
Radioterapia, Tumor de Colo Uterino, Tratamento de Tumor de Colo UterinoResumo
O câncer do colo do útero tem expressiva significação no Brasil; como é uma patologia cuja radioterapia constitui um dos tratamentos mais importantes, é possível fazer uma análise da radioterapia e dos métodos usados para o seu tratamento utilizando este tumor como instrumento de análise. Os objetivos deste estudo são levantar o número e a forma como os tumores de colo uterino vêm sendo tratados no Brasil e, através desta análise, estudar a possibilidade de um protocolo nacional de tratamento. Foi elaborado um formulário com dados cadastrais e detalhes sobre o número, a maneira e o equipamento usado no tratamento dos tumores ginecológicos, que foi enviado a 117 instituições para serem respondidos, espontaneamente. Foram obtidos 80% de retorno, e a análise mostrou que 89% eram tumores do colo e 1 1 % do corpo do útero. Setenta e cinco por cento das instituições são privadas e apenas 5% são em hospitais-escola. Cinqüenta e oito por cento dos serviços ainda utilizam cálculo manual na braquiterapia e 70% das pacientes receberam tratamento combina do de tele-braquiterapia. Dos 22.750 casos de tumor do colo do útero estimados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), para o ano de 1995, apenas 49% receberam radioterapia a despeito de se esperar uma taxa de 80%. Os autores fazem um ensaio sobre as possíveis causas que levam a discrepância entre estes dados e sugerem um protocolo nacional multi-institucional, coordenado pelo INCA e pelo Colégio Brasileiro de Radioloia (CBR), para o tratamento dos tumores de colo do útero, levando em consideração a realidade nacional.
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