A radioterapia do colo do útero no Brasil

Autores

  • Paulo Cesar Canary Médico do Serviço de Radioterapia do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Professor Auxiliar de Radioterapia do Departamento de Radiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.
  • Carlos Eduardo de Almeida Pesquisador do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Professor Adjunto Biofísica - Laboratório de Ciências Radiológicas LC-DBB. Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Rio de Janeiro (RJ), Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.1998v44n2.2802

Palavras-chave:

Radioterapia, Tumor de Colo Uterino, Tratamento de Tumor de Colo Uterino

Resumo

O câncer do colo do útero tem expressiva significação no Brasil; como é uma patologia cuja radioterapia constitui um dos tratamentos mais importantes, é possível fazer uma análise da radioterapia e dos métodos usados para o seu tratamento utilizando este tumor como instrumento de análise. Os objetivos deste estudo são levantar o número e a forma como os tumores de colo uterino vêm sendo tratados no Brasil e, através desta análise, estudar a possibilidade de um protocolo nacional de tratamento. Foi elaborado um formulário com dados cadastrais e detalhes sobre o número, a maneira e o equipamento usado no tratamento dos tumores ginecológicos, que foi enviado a 117 instituições para serem respondidos, espontaneamente. Foram obtidos 80% de retorno, e a análise mostrou que 89% eram tumores do colo e 1 1 % do corpo do útero. Setenta e cinco por cento das instituições são privadas e apenas 5% são em hospitais-escola. Cinqüenta e oito por cento dos serviços ainda utilizam cálculo manual na braquiterapia e 70% das pacientes receberam tratamento combina do de tele-braquiterapia. Dos 22.750 casos de tumor do colo do útero estimados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA), para o ano de 1995, apenas 49% receberam radioterapia a despeito de se esperar uma taxa de 80%. Os autores fazem um ensaio sobre as possíveis causas que levam a discrepância entre estes dados e sugerem um protocolo nacional multi-institucional, coordenado pelo INCA e pelo Colégio Brasileiro de Radioloia (CBR), para o tratamento dos tumores de colo do útero, levando em consideração a realidade nacional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Estimativa da incidência e mortalidade por câncer no Brasil. Coordenadoria de Programas de Controle do Câncer, Instituto Nacional de Câncer, Ministério da Saúde. 1996.

Dados do Registro Hospitalar de Câncer das Várias Macrorregiões do Brasil – Instituto Nacional de Câncer. Dados não publicados.

Registro Nacional de Patologia Tumoral - Diagnóstico de Câncer. Ministério da Saúde, 1991.

Mould, R.F. - Cancer Statistics, Bristol, Adam Hilder Ltd., 1983.

Mendonça, G. - O Câncer na População Feminina Brasileira. Revista Saúde Pública. 27(1): 68-75, 1993. DOI: https://doi.org/10.1590/S0034-89101993000100011

Instituto Nacional de Câncer. Dados não publicados.

Souhami, L.; Pinto, L.H.; Canary, P.C., et al. - The treatment of stage III carcinoma of the uterine cervix with telecobalt irradiation. Gynecology Oncology, 28: 262-267, 1987. DOI: https://doi.org/10.1016/0090-8258(87)90171-5

Brumini, R. - Câncer no Brasil – Dados Histopatológicos. MS/CNCC, 1982.

Downloads

Publicado

2022-09-26

Como Citar

1.
Canary PC, Almeida CE de. A radioterapia do colo do útero no Brasil. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 26º de setembro de 2022 [citado 23º de dezembro de 2024];44(2):101-7. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/2802

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)