Influência do Índice de Massa Corporal na Sobrevida de Mulheres com Diferentes Subtipos de Câncer de Mama: uma Revisão Integrativa
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2019v65n2.373Palavras-chave:
Neoplasias da Mama/classificação, Índice de Massa Corporal, Análise de SobrevidaResumo
Introdução: A obesidade é considerada fator prognóstico negativo para mulheres com câncer de mama; entretanto, sua influência sobre o curso da doença pode ser diferenciada nos subtipos moleculares. Objetivo: Analisar a influência do Índice de Massa Corporal (IMC) na sobrevida de mulheres com câncer de mama segundo o subtipo molecular. Método: Realizada revisão integrativa de literatura utilizando estratégia PICOS para formulação da pesquisa, identificação de palavras-chave e definição dos critérios de elegibilidade. Estudos que analisaram a influência do IMC na sobrevida de mulheres com câncer de mama, por subtipo tumoral, utilizando risco proporcional de COX e/ou Kaplan-Meier, publicados até junho de 2018, foram identificados nas bases PubMed, BVS, Scopus e Web of Science. Resultados: Foram selecionados 23 estudos entre 446 identificados. Mulheres com tumores do tipo triplo-negativo nas maiores categorias de IMC exibiram pior sobrevida em quatro dos 17 estudos incluindo esse subtipo. Nos casos de tumores luminal, IMC elevado foi fator prognóstico negativo em sete entre 11 estudos. Para HER2 (receptor tipo 2 do fator de crescimento epidérmico humano) superexpresso, houve pior sobrevida quando IMC elevado em dois dos seis estudos. Entre os HER2 positivos, independente do status hormonal, observou-se pior sobrevida para mulheres com maiores IMC em dois dos cinco estudos. Conclusão: O efeito do IMC na sobrevida de mulheres com câncer de mama parece ser diferenciado de acordo com o subtipo tumoral, sendo seu efeito, aparentemente, maior naquelas com tumores luminais.