Câncer da Cabeça e do Pescoço

Autores

  • John J. Conley Pack Medical Group, New Yok

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.1950v3n6.4266

Palavras-chave:

Neoplasias de Cabeça e Pescoço/diagnóstico, Neoplasias Cutâneas, Neoplasias dos Seios Paranasais, Neoplasias Bucais, Neoplasias das Glândulas Salivares, Melanoma, Biópsia/métodos

Resumo

As pesquisas médicas e cientificas sôbre o problema do câncer têm sido muito intensificadas nos úitimos dez anos. Êste terrivel mal mata mais de 200.000 norte-americanos anualmente; sua frequência continua aumentando e hoje é responsabilizado por 13,5 % de tôdas as mortes nos Estados Unidos. Ataca de modo igual os dois sexos em suas respectivas idades, mas é mais frequente nas 4ª 5ª e 6ª décadas da vida humana, órgão algum da economia escapa à sua devastação, si bem que tenha predileção característica pelo aparelho digestivo no homem e pelo genital na mulher. E’ mal traiçoeiro e inexorável que leva milhões de indivíduos à sepultura e deixa milhares outros mutilados e aterrorizados. O câncer da cabeça e do pescoço tem sido de particular importância para nós e cremos que seu estudo será muito oportuno e valioso. Pode ser responsabilizado por cerca de 6 de tôdas as mortes produzidas pelo câncer. Dividiremos nosso trabalho, do ponto de vista prático, nos seguintes itens: 1) Câncer cutâneo da região frontal, das pálpebras, do nariz, região geniana, lábio superior, lábio inferior, pavilhão auricular, conduto auditivo, crânio e pescoço; 2) Câncer dos seios da face; 3) Câncer da cavidade bucal, incluindo os localizados na região palatina, rebordo alveolar, mandibula, mucosa bucal, assoalho da bôca, lingua, amigdalas, lábios, naso-faringe, oro-faringe e hipo-faringe; 4) Câncer das glandulas salivares; 5) Câncer primitivo e metastático do pescoço; 6) Melanomas malignos da face e do pescoço e 7) Linfomas malignos da cabeça e do pescoço, incluindo a doença de Hodggkin e a leucemia. Até hoje se desconhece a verdadeira causa do câncer. Várias formas de irritação crônica e permanente têm sido estudadas como outros tantos fatores capazes de desencadear o câncer. Êstes fatores podem ser internos ou externos. Entre os primeiros citam-se algumas moléstias especificas, moléstias por carência e reações degenerativas. No segundo grupo estudam-se os traumatismos, os agentes químicos e as irradiações. As ulcerações crônicas, as leucoplasias e os papilomas que resultam de irritações crônicas, frequentemente precedem o processo canceroso ou fazem parte integrante do mesmo. Estas grandes forças de irritação e degenerativas existem na clínica diária e devem ser energicamente combatidas. A mortalidade pelo câncer pode ser reduzida de 50 % pelo tratamento sistemático das lesões pré-cancerosas e pela eliminação dos fatores irritativos crônicos. Contudo, nós com isto não atingimos ás forças básicas, intrínsecas, Intra-celulares e bio-químicas que, como resultado de certas alterações em sua estrutura química, produzem a transformação dos tecidos sãos, em tecidos neoplásicos.

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Publicado

1950-10-17

Como Citar

1.
Conley JJ. Câncer da Cabeça e do Pescoço. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 17º de outubro de 1950 [citado 3º de julho de 2024];3(6):61-73. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/4266

Edição

Seção

INFORME