Aspectos Estatísticos da Mortalidade por Câncer em Curitiba
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.1948v2n3.4304Palavras-chave:
Neoplasias/mortalidade, Neoplasias/epidemiologia, Estatística como AssuntoResumo
O autor após considerar a mortalidade por câncer em diferentes países, mostra que no Brasil a mortalidade nos últimos dez anos vem aumentando, como por exemplo na capital do estado de São Paulo onde no ano passado o número de mortes por câncer foi de 2.000, o que representa uma percentagem elevada. Quanto à mortalidade por câncer em Curitiba (capital do estado do Paraná) ele diz que em 1939 ocupava o 7º lugar no orbitário geral. No ano seguinte alcançou o 6º lugar e nos últimos 5 anos ocupa o 5º lugar. Ocupando o 6º lugar em mortalidade com 64,2 óbitos por 1.000.000 habitantes, Curitiba apresenta percentual superior a outras cidades com maior população como Salvador, Recife, Niterói, Belém e Fortaleza. Continuando o estudo pode-se verificar que se compararmos a mortalidade por câncer com a tuberculose que ainda é a maior tragédia da população brasileira observaremos um riso apreciável no número de mortes por câncer (e isso tem sido mais ou menos constante) enquanto o número de mortes por tuberculose foi de 95,5. Esses números representam uma taxa mais baixa. Isto pode ser verificado pelo seguinte: em 1939 o índice de câncer em 100.000 habitantes era de 59,1 e em 1946 subiu para 90,1 enquanto na tuberculose era de 955. Os números em polegadas são significativos e permitem ao autor prever que em no futuro, o número de mortes por cancro será superior ao das mortes por tuberculose. Quanto à idade, os gráficos mostram que a maior taxa de mortalidade corresponde a um período de vida entre os 60 e os 64 anos e diminui à medida que a idade aumenta. Dos 30 aos 49 anos as pessoas apresentam maior número de óbitos enquanto a partir daí a maior mortalidade será dos homens. Quanto à localização, o câncer do estômago vem em primeiro lugar. Segue-se o câncer do útero. O câncer de mama é menos frequente e ocupa o 9º lugar em mortalidade. A mortalidade por câncer do aparelho respiratório é grande, enquanto a mortalidade por câncer de pele é pequena. Quanto à nacionalidade verifica-se que o cancro é mais frequente entre os estrangeiros do que entre os nativos. Quanto à cor, o percentual de mortalidade é muito maior entre os brancos do que entre os negros. O autor acredita que pode haver uma certa imunidade entre os negros.
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Referências
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