Prevalência de Alterações Citológicas Cervicais em Indígenas do Extremo Norte da Amazônia Brasileira

Autores

  • Allex Jardim da Fonseca Universidade do Estado do Amazonas. Manaus (AM), Brasil, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Brasil, Universidade Federal de Roraima (UFRR). Boa Vista (RR), Brasil. https://orcid.org/0000-0002-1715-5469
  • Lucia Dayanny da Costa Amorim Universidade Federal de Roraima (UFRR). Boa Vista (RR), Brasil.
  • Raisa Saron Wanderley Murari Universidade Federal de Roraima (UFRR). Boa Vista (RR), Brasil.
  • Luciana Cabus Arcoverde Universidade Federal de Roraima (UFRR). Boa Vista (RR), Brasil.
  • Luis Carlos de Lima Ferreira Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Brasil, Universidade do Estado do Amazonas. Manaus (AM), Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2014v60n2.473

Palavras-chave:

Serviços de Saúde do Indígena, Índios Sul-Americanos, Neoplasias do Colo do Útero, Sistemas Locais de Saúde, Grupos Étnicos, Saúde de Minorias

Resumo

Introdução: Apesar de a saúde indígena ser apontada como prioritária por organizações de saúde, estudos sobre prevalência de lesões pré-malignas e malignas do colo do útero nas populações nativas do Brasil são escassos. Mais de 15% da população de Roraima é formada por indígenas aldeadas, mas seu risco de câncer do colo do útero é desconhecido. Objetivo: Avaliar a prevalência de lesões citológicas pré-malignas ou malignas do colo do útero de indígenas aldeadas nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) Leste e Yanomami, no extremo Norte da Amazônia Brasileira. Método: Estudo descritivo. Revisão de registros e exames patológicos de mulheres indígenas aldeadas submetidas a exame citopatológico na Casa de Saúde do Índio (RR), entre 2004 e 2012. O estudo foi aprovado pela Comissão Nacional de ética em Pesquisa (CONEP). Resultados: Foram incluídas 2.701 indígenas, 74% de indígenas do DSEI Leste (Macuxi e Wapichana) e 26% de indígenas do DSEI Yanomami. A prevalência de LSIL foi 3,0%, HSIL 4,6% e câncer invasivo 1,1%. Nas indígenas Yanomami, houve maior prevalência da situação nunca antes rastreada (77,9% vs 55,0%) e de citologia sugestiva de câncer (2,0% vs 0,8%), sendo a diferença estatisticamente significativa. Conclusão: Este estudo chama atenção para a elevada prevalência de lesões cervicais pré-malignas e malignas em indígenas Yanomami (mais isoladas geográfica e culturalmente), comparadas com as indígenas do DSEI Leste. Estudos prospectivos avaliando os determinantes epidemiológicos e biológicos da infecção.o por papilomavírus humano (HPV) são necessários para melhor entendimento dessa susceptibilidade.

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Publicado

2014-06-30

Como Citar

1.
Jardim da Fonseca A, da Costa Amorim LD, Saron Wanderley Murari R, Cabus Arcoverde L, de Lima Ferreira LC. Prevalência de Alterações Citológicas Cervicais em Indígenas do Extremo Norte da Amazônia Brasileira. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 30º de junho de 2014 [citado 5º de maio de 2024];60(2):101-8. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/473

Edição

Seção

ARTIGO ORIGINAL