Glutamina na Prevenção e Tratamento da Mucosite em Pacientes Adultos Oncológicos: uma Revisão Sistemática da Literatura
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2015v61n3.521Palavras-chave:
Neoplasias, Glutamina, Mucosite, Radioterapia, Quimioterapia, RevisãoResumo
Introdução: Atualmente, diversos estudos têm avaliado o impacto do uso da glutamina durante o tratamento antineoplásico, pois sua depleção ao longo do tempo pode estar relacionada ao agravamento da mucosite oral e do trato gastrointestinal. Objetivo: O presente trabalho teve como objetivo realizar uma revisão sistemática sobre os conhecimentos disponíveis acerca da utilização da glutamina na prevenção e tratamento da mucosite em pacientes submetidos à radioterapia e/ou quimioterapia. Método: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura baseada na metodologia do Instituto Cochrane. Foram selecionados ensaios clínicos em indivíduos adultos, publicados entre 2004 e 2014, nas bases de dados da MEDLINE e LILACS por meio do Pubmed, com os seguintes descritores: glutamina e radioterapia, glutamina e câncer e mucosite, glutamina e quimioterapia, glutamina e mucosite. Após análise prévia, seis artigos foram selecionados de acordo com os critérios estabelecidos. Resultados: Com relação à dose, forma química, tempo de administração do aminoácido e classificação da mucosite, os estudos se mostraram heterogêneos. Quatro, dos seis artigos avaliados, encontraram benefícios ao seu uso. Nenhum estudo encontrou efeitos deletérios, mas não houve avaliação quanto à sobrevida e à progressão de doença. Conclusão: A utilização da glutamina no tratamento oncológico pode ser uma opção viável, principalmente com relação à prevenção de graus mais graves de mucosite. Mais ensaios clínicos em humanos são necessários, para que seja estabelecida uma dosagem segura de utilização, bem como estudos que avaliem o impacto na resposta ao tratamento e na sobrevida dos indivíduos.