Excesso de Peso em Mulheres com Diagnóstico de Câncer de Mama em Hormonioterapia com Tamoxifeno
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2013v59n2.525Palavras-chave:
Neoplasias da Mama, Hormônios, Tamoxifeno, Ganho de Peso, Avaliação NutricionalResumo
Introdução: O ganho de peso excessivo é frequentemente relatado em pacientes com câncer de mama em hormonioterapia com tamoxifeno. Objetivos: Descrever a prevalência de excesso de peso em mulheres submetidas à hormonioterapia com tamoxifeno e fatores associados. Método: Trata-se de estudo descritivo e transversal realizado em mulheres com diagnóstico de câncer de mama submetidas à hormonioterapia com tamoxifeno. Foram coletadas informações referentes ao estado nutricional usando parâmetros antropométricos como Índice de Massa Corporal (IMC), circunferência da cintura e percentual de gordura corporal pela bioimpedanciometria. Características demográficas, socioeconômicas, estilo de vida e variáveis clínicas (peso, estatura, circunferência de cintura, dobras cutâneas e pressão arterial) e dietéticas (recordatório 24 horas) foram coletadas. Resultados: Foram avaliadas 24 pacientes na faixa etária de 36 a 73 anos, com tempo medio de uso do tamoxifeno de 16,6 meses (variando de 4 a 60 meses). Considerando-se a classificação de IMC, 52,4% (n=10) das pacientes foram diagnosticadas com sobrepeso, 45,8% (n=11) com obesidade e 1,8% (n=3) com eutrofia. Quanto ao percentual de gordura corporal, duas (8,3%) possuíam sobrepeso e 22 (91,7%), obesidade. Além disso, 87,5% (n=21) foram classificadas como tendo algum grau de obesidade abdominal. Conclusão: Houve predomínio de sobrepeso e obesidade nas mulheres em hormonioterapia com tamoxifeno avaliadas. Assim, as pacientes, principalmente aquelas que ja apresentam histórico de excesso de peso, devem receber orientações nutricionais, desde o início da hormonioterapia, que promovam a manutenção do peso saudável, e devem ser estimuladas a se engajar em programas de mudanças no estilo de vida.