Assistência em Mastologia em uma Unidade de Referência do Sistema Único de Saúde no Ceará, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2012v58n4.562Palavras-chave:
Neoplasias da Mama, Epidemiologia, Detecção Precoce de Câncer, Diagnóstico Tardio, Prognóstico, Prevenção & controleResumo
Introdução: O momento do diagnóstico do câncer de mama influencia diretamente na evolução e prognóstico da doença, sendo a precocidade desse diagnóstico diretamente proporcional as chances de cura. Portanto, é importante identificar limitações para esse diagnóstico precoce. Objetivo: Avaliar a assistência prestada às pacientes em uma unidade de referência em mastologia no Ceará, de acordo com sua procedencia. Método: Estudo transversal e quantitativo. Foi aplicado um questionário estruturado para usuárias do ambulatório de mastologia do Instituto de Prevenção do Câncer do Ceará, atendidas durante o ano de 2010. Resultados: Entre as 600 mulheres entrevistadas, 139 (23,2%) tinham diagnóstico de câncer de mama, sendo 50,4% residentes na capital e 49,6% procedentes do interior. A mediana de tempo de espera por uma consulta especializada foi de 15 dias para mulheres residentes na capital e 30 dias para aquelas vindas do interior, sendo duas vezes maior (p=0,0001). Quando o procedimento cirúrgico foi indicado, a média do tempo de espera para residentes na capital foi de 39 dias e, para as procedentes do interior, 63 dias (p=0,046). O tempo para realização das biópsias foi adequado para mais de 90% das mulheres, porém o mesmo não ocorreu quando foi necessário realização de cirurgia. Entre as mulheres, 491 (81,8%) estavam satisfeitas com o atendimento. Conclusão: A demora em realizar a cirurgia pode impactar negativamente na sobrevida das pacientes e reduzir as chances de cura, principalmente para aquelas residentes no interior do Estado.