Carcinoma de Células Escamosas da Boca: Concordância Diagnóstica em Exames Realizados no Laboratório de Anatomia Patológica da Universidade Federal de Alfenas
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2012v58n4.568Palavras-chave:
Biópsia, Patologia Bucal, Diagnóstico Clínico, Carcinoma de Células Escamosas, Minas GeraisResumo
Introdução: O câncer da cavidade bucal está entre as dez neoplasias mais frequentes na população brasileira. E diagnosticado na maioria dos casos em estágios avançados, dificultando o tratamento e reduzindo o índice de sobrevida dos pacientes. Objetivo: Aferir a concordância entre os diagnósticos clínicos, histopatológicos das biopsias e das peças cirúrgicas do carcinoma de células escamosas da boca. Método: Realizou-se um estudo retrospectivo entre janeiro de 2000 e dezembro de 2010, utilizando laudos histopatológicos emitidos pelo Laboratorio de Anatomia Patológica da Universidade Federal de Alfenas, Minas Gerais, Brasil e os prontuários hospitalares dos pacientes tratados. Para que fosse determinada a concordância, os diagnósticos clínicos foram confrontados com os histopatológicos da biopsia e estes com o exame das peças cirúrgicas removidas no tratamento. Resultados: A maior incidencia de CCE ocorreu em pacientes brancos, gênero masculino, com idade entre 50 a 60 anos, solteiros, lavradores ou domésticas, cursaram apenas o ensino fundamental, baixo nível socioeconômico, tabagistas e/ou etilistas. Os sítios anatômicos mais comuns das lesoes foram assoalho bucal e língua. O vestíbulo da boca e o palato foram os sítios menos frequentes. A concordância entre os diagnósticos clínico/histopatológico foi de 71,2% e entre o histopatológico e o exame da peça cirúrgica 87,1%. Conclusão: Observou-se expressiva concordância entre o diagnóstico. Entretanto, são necessários novos levantamentos que comparem o resultado dos exames da peça cirúrgica removida no tratamento com as características clínicas.