Câncer Infantil: Monitoramento da Informação através dos Registros de Câncer de Base Populacional
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2012v58n4.579Palavras-chave:
Epidemiologia, Neoplasias, Saúde da Criança, Brasil, Estados Unidos, AlemanhaResumo
Introdução: Os hábitos e estilo de vida da sociedade contemporânea vem passando por transformações radicais nas últimas décadas. O impacto dessas mudanças poderá repercutir de forma decisiva no perfil de incidência de algumas neoplasias da infância e adolescência. Objetivo: Realizar uma revisão de informações de incidência publicadas na literatura a respeito dos cânceres em crianças e adolescentes do grupo III da Classificação Internacional para Cancer Infantil, divulgados através de Registros de Cânceres dos Estados Unidos, Brasil e Alemanha. Método: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica da incidência de tumores em menores de 20 anos, em três países: Brasil, Estados Unidos e Alemanha. Os tumores pesquisados faziam parte do grupo III da Classificação Internacional para Câncer Infantil. Resultados: A primeira publicação específica sobre câncer em crianças e adolescentes no Brasil foi divulgada em 2008. Nela, observou-se que os mais altos coeficientes de incidência de astrocitomas ocorreram em Goiânia (11,71 por milhão) e em Campinas (11,17 por milhão). Na Alemanha, a incidência e de 16,1 por milhão. As maiores incidências de outros gliomas no Brasil ocorreram em Goiânia (5,99) e Belo Horizonte (3,34). Na Alemanha, essa incidência e de 2,8 por milhão. Nos Estados Unidos, de todos os tumores do Sistema Nervoso Central, os astrocitomas representam 52% e os outros gliomas 15%. Conclusão: Os resultados quanto à incidência seguiram o mesmo padrão nos três países em estudo. Os Registros de Câncer de Base Populacional são importantes instrumentos para o monitoramento dos cânceres com baixa incidência na população.