Avaliação dos Casos de GIST do Hospital do Câncer do Ceará: Análise de 8 Anos
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2012v58n2.618Palavras-chave:
Tumores do Estroma Gastrointestinal, Prognóstico, Neoplasias Gástricas, Análise de Sobrevida, Estudos de CoortesResumo
Introdução: Os tumores do estroma gastrointestinal (GIST ) representam a maioria dos tumores mesenquimais do tubo digestivo. Objetivo: Descrever os fatores prognósticos e apresentação clínica dos GIST diagnosticados em pacientes atendidos no Hospital do Câncer do Ceará, no período entre 2000 a 2008. Método: Estudo de coorte retrospectivo, através de revisão de prontuários de 45 pacientes com diagnóstico de GIST. O método estatístico utilizado foi a análise estatística descritiva. Resultados: A idade mediana foi 65 anos. O tamanho tumoral variou entre 1 e 27 cm. Dor (73,3%) e massa palpável (51,1%) foram os sintomas mais comuns. Os principais sitios de localização foram estômago e intestino delgado. A ressecção cirúrgica foi o tratamento utilizado em 97,8% dos pacientes, obtendo-se ressecção completa na maioria deles (77,8%). O imatinibe foi utilizado em 57,8% dos pacientes, sendo que, na maioria dos casos (73,1%), foi empregado como tratamento paliativo e, nos demais, como tratamento adjuvante. Entre os pacientes analisados, 80,0% apresentaram tumores com alto risco de malignidade e os principais sítios de recidiva foram fígado (50,0%) e peritônio (31,8%). A sobrevida global em cinco anos foi 60% e a taxa de recorrência global 55,0% (n=22). Dos fatores prognósticos testados, somente o tipo de ressecção exerceu impacto adverso na sobrevida dos pacientes (p=0,05). Conclusão: Neste estudo, o único fator prognóstico que exerceu impacto sobre a sobrevida global foi tipo de ressecção, sendo que os pacientes submetidos à ressecção completa (R0) apresentaram melhor sobrevida quando comparados aqueles submetidos a ressecção R2/3.