Itinerário Terapêutico de Adolescentes e Adultos Jovens com Osteossarcoma
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2012v58n2.620Palavras-chave:
Osteosarcoma, Autocuidado, Acesso aos Serviços de Saúde, Adolescente, Adulto Jovem, Epidemiologia DescritivaResumo
Introdução: Vários fatores influenciam na demora para que o paciente com diagnóstico de osteossarcoma seja encaminhado para tratamento a um serviço especializado. Objetivo: Conhecer o itinerário terapêutico de pacientes com osteossarcoma desde os primeiros sinais e sintomas ate serem atendidos em um serviço de saúde especializado. O referencial teórico utilizado foi o modelo de cuidado a saúde proposto por Kleinman, que compreende os subsistemas: profissional, familiar e popular. Método: Trata-se de um estudo descritivo, de abordagem mista, realizado no Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP), São Paulo. Resultados: Participaram do estudo 16 pacientes, sendo sete do sexo feminino (43,75%) e nove do masculino (56,25%), com idade entre 12 e 23 anos. Os sinais e sintomas: dor, edema e dificuldade de locomoção, apresentados por 43,75% dos pacientes, foram os principais motivadores da procura por atendimento de saúde. O sistema familiar foi o primeiro acionado na busca de solução do problema. Posteriormente, metade dos pacientes (oito), juntamente com a família, procurou um serviço de saúde e os outros 50% realizaram autotratamento. O tempo médio desde o aparecimento dos sinais e sintomas iniciais até a chegada a um serviço especializado foi de seis meses. Conclusão: Foi observada uma forte influência do subsistema familiar na tomada de decisão sobre a escolha do itinerário terapêutico dos pacientes deste estudo. Entretanto, falhas nos diferentes níveis de atenção à saúde contribuíram para o atraso significativo no estabelecimento do diagnóstico.