Atitude e Conhecimento de Médicos da Estratégia Saúde da Família sobre Prevenção e Rastreamento do Câncer
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2011v57n4.653Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Detecção Precoce de Câncer, Prevenção de Doenças, Médicos de Atenção Primária, Prática ProfissionalResumo
Introdução: A efetividade dos programas de prevenção e rastreamento depende de diversos fatores, mas o papel do médico é um dos principais determinantes de sucesso. Objetivo: Avaliar atitude e conhecimento dos médicos da Estratégia Saúde da Família em Boa Vista (RR) sobre rastreio e medidas preventivas dos cânceres mais incidentes, excluídos os de pele não melanoma. Método: Pesquisa quantitativa de corte transversal. Os dados foram analisados estatisticamente utilizando o software XLSTAT® 2009. Resultados: 46 médicos (90% da população-alvo) responderam ao questionário; 65% eram do sexo feminino; a média de idade foi 36,5 anos. A maioria dos médicos informou ter atitude quanto ao rastreamento dos cânceres do colo uterino, mama, pulmão e próstata, e apenas metade para câncer colorretal. Quanto à adequação dos métodos indicados, os tumores para os quais as condutas informadas revelaram menor conformidade aos consensos selecionados foram mama (10,9%), colorretal (10,9%), e próstata (17,4%). Para os cânceres do colo do útero (95,7%) e pulmão (78,3%), observaram-se maiores índices de conformidade. As causas de não conformidade tenderam a condutas excessivas no rastreio do câncer. Falta de investimento, deficiência de profissionais e falta de interesse da população foram as barreiras indicadas como de maior importância para o efetivo rastreamento do câncer em Boa Vista. Conclusão: Os médicos demonstram interesse e atitude na prevenção do câncer, apesar de algumas não conformidades com o preconizado nos consensos. Médicos tendem ao rastreamento deficitário do câncer colorretal e excessivo dos demais. A capacitação de profissionais da atenção básica é importante para o efetivo controle do câncer.