Metilação de DNA e Câncer
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2010v56n4.698Palavras-chave:
Neoplasias, DNA, Genes, Genética, Inflamação, Metilação de DNAResumo
Introdução: A epigenética é definida como o estudo das modificações do DNA e histonas que são herdáveis e não alteram a sequência de bases do DNA . Entre as modificações que as histonas podem sofrer, estão: metilação, fosforilação e acetilação. Entretanto, na molécula de DNA, ocorre apenas metilação. Esta consiste na adição de um grupamento metil na citosina que geralmente precede a uma guanina (dinucleotídeo CpG), e está presente principalmente em regiões promotoras dos genes. A metilação de DNA participa da transcrição gênica, entre outras funções. Objetivo: O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão da literatura sobre o câncer e sua associação com o padrão alterado de metilação, bem como associação com prognóstico da doença e resultados terapêuticos. Método: Foi realizada revisão integrativa da literatura através de busca eletrônica na base de dados PubMed. O período temporal considerado no estudo foi de 2000 a 2010. Os artigos foram selecionados considerando-se a acessibilidade e excluindo-se revisões e pesquisas com linhagens celulares e animais. Resultados: Os artigos selecionados revelaram que diversos tipos de câncer estão associados a padrões aberrantes de metilação. Em adição, o padrão de metilação pode auxiliar no prognóstico da doença. Outros trabalhos mostram que a metilação pode ser modulada por fatores ambientais, tais como: dieta, hábito de fumar e medicamentos. Conclusão: Com base no fato de que alterações epigenéticas são potencialmente reversíveis, a importância dos estudos epigenéticos não só reside no melhor entendimento do câncer, como também na descoberta de possíveis marcadores de tumores, bem como no desenvolvimento de terapias medicamentosas.