Paciente Oncológico em Fase Terminal: Percepção e Abordagem do Fisioterapeuta
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2011v57n2.708Palavras-chave:
Fisioterapia (Especialidade), Oncologia, Doente Terminal, Relações Profissional-Paciente, Pesquisa Qualitativa, Porto Alegre, RSResumo
Introdução: A Fisioterapia conquista seu espaço cada vez mais na área da oncologia, desenvolvendo um papel importante nos cuidados aos pacientes terminais, sem possibilidades terapêuticas de cura. Objetivo: Compreender a relação interpessoal estabelecida entre o fisioterapeuta e o paciente oncológico em fase terminal. Métodos: O presente estudo caracteriza-se por um paradigma qualitativo, tipo estudo de caso, em que as informações foram colhidas através de uma entrevista semiestruturada. A pesquisa foi composta por 14 colaboradores entre profissionais e acadêmicos de fisioterapia que atendem pacientes oncológicos terminais em um hospital de Porto Alegre. Como metodologia para a análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo. Resultados: Os colaboradores revelam que é difícil não criar um vínculo com os pacientes, pois o tempo de convivência, o toque e a situação auxiliam para que haja uma relação diferenciada e mais afetiva. Conclusão: Constatou-se, através da análise das entrevistas, que a relação estabelecida entre o fisioterapeuta e o paciente oncológico em fase terminal, por mais difícil que seja lidar com esta situação, é de extrema importância para ambos e é evidenciada neste estudo como uma relação de amizade, afetividade e compreensão, necessária para a terapêutica do paciente, a fim deste se sentir importante, querido e não abandonado. Este estudo revela que o papel do fisioterapeuta diante do paciente oncológico terminal vai muito além do seu trabalho técnico e trata muito mais do que a condição física do seu paciente.