Atividade Física e Prevenção de Câncer: Evidências, Reflexões e Apontamentos para o Sistema Único de Saúde
DOI:
https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2020v66n2.886Palavras-chave:
Neoplasias/prevenção & controle, Doença Crônica/prevenção & controle, Políticas Públicas de Saúde, Disparidades nos Níveis de Saúde, Exercício FísicoResumo
Introdução: As doenças crônicas não transmissíveis estão entre as principais causas de morbimortalidade no mundo, especialmente o câncer. Para a sua prevenção, a atividade física figura como uma das estratégias. Objetivo: Apresentar e discutir evidências científicas recentes acerca da atividade física para a prevenção de câncer e expor reflexões e apontamentos sobre as complexidades e iniquidades relacionadas à atividade física no Sistema Único de Saúde. Método: Foram selecionadas referências atuais de instituições de vanguarda na pesquisa sobre atividade física, prevenção de câncer e temas correlatos: a) Sumário do III Relatório de Especialistas sobre Alimentação, Nutrição, Atividade Física e Câncer; b) Relatório Científico do Comitê Consultivo das Diretrizes de Atividade Física dos EUA; c) Mesa-redonda do Colégio Americano de Medicina do Esporte. Sua relevância está na reunião de evidências sistematicamente revisadas por uma ampla comunidade científica de especialistas. Resultado: A atividade física é uma importante ação de saúde para a prevenção do câncer, contudo não foi possível identificar a quantidade específica, já que a comparação é entre níveis mais altos versus mais baixos de atividade física. Conclusão: Há fortes evidências para a relação entre atividade física e prevenção de câncer de mama, cólon, endométrio, esôfago, estômago, rim, bexiga, fígado. Para efetivá-las, é necessário reconhecer que a atividade física é relacionada a diferentes determinantes e condicionantes da saúde e que programas públicos no Sistema Único de Saúde têm grande potencial para a ampliação dessa prática pela população.